Terça-feira, 24 de Setembro de 2013

"A história dum vagabundo pedante"

 

 

 

“A história dum vagabundo pedante”

 

 

 

Caminha nas ruas da cidade deserta

repara num qualquer bar; quer entrar!

tem fome como a dum cão errante,

não tem lar nem morada certa

nem tampouco onde se abrigar

e tem vastos conhecimentos de pedante.

 

 

Anda sem descanso por aí a vagabundear

desprotegido, infeliz e sem abrigo

nas horas mortas e avançadas da noite,

não encontra lugar para ficar

sinto revolta, peço-lhe para vir comigo!

mas não tem força moral que o afoite.

 

 

Então eu entro imediatamente no tal bar

compro uma cerveja e um pão com queijo

dou-lhe para matar a sua fome,

ele agradece com os olhos a marejar

sacia a sua fome com tanto desejo

e diz-me que à dois dias que não come.

 

 

Agora! pergunto eu onde está a caridade?

onde estão os corações caridosos e benevolentes?

duma sociedade super carregada de insolência,

porquê, um destrambelhado pedante sem felicidade?

será por causa duma sociedade descrente,

ou será; por não haver grande abundância.

 

 

Estas são as minhas perguntas de indignado

é um caso existente e carecido tão profundo

dum pobre pedante sem juízo e entristecido,

é uma história comovente dum desgraçado

que anda errante e faminto no mundo

porque o mundo, pare-me já estar perdido.

 

 

Pobre de quem tanto precisa e não tem pão

pobre dos sem juízo que caem nas teias da miséria

sem um tecto, sem um abrigo, sem alimento!

o mundo está oco e já não tem coração

são tantos os mendigos já em demasia

que nada têm; nem dinheiro, nem sustento.

 

        ArtCar

 

(Poema de minha autoria que dedico muito carinhosamente a todos os "pedantes" do mundo).

 

publicado por Artur Cardoso às 18:11
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