Estou um pouco descontraído e com alguma disponibilidade nesta tão linda tarde de início de Outono. Vou falar um pouco da minha faceta de pescador desportivo como já referi inicialmente:
nasci e passei toda a minha adolescência, perto de um rio que por sinal é muito rico em peixe.
Retrocedendo no tempo a cerca de cinquenta anos atrás, ainda se bebia a água tépida e cristalina daquele rio, aonde eu, mais os meus companheiros de escola, ao aproximar-se o verão, fugíamos às nossas mães desobedecendo às suas ordens. "eram outros tempos". Deliciávamo-nos a nadar e mergulhar em nosso tão belo prazer.
Eu, porém ficava alguns minutos a observar aquelas pessoas mais velhas (pescadores) sentadas à sombra das oliveiras, com uma cana de bambú entre as mãos e na água boiava um pequeno peão de cortiça aparado e aperfeiçoado por eles, com o auxílio de uma navalha. De vez em quando puxavam a cana para cima e na extremidade da linha surgia um peixe.
Ficava como que encantado ao ver aqueles gestos calmos e firmes, que para mim, na minha inocência de petiz, era como um acto encenado de magia.
Assim sendo, também um dia eu quis ser pescador. Não tardou nada. Tudo era perfeito, tudo me corria à feição para o conseguir. Constava basicamente em três ou quatro coisinhas: dois ou três metros de linha de pesca, uma cana de bambu, uma rolha de cortiça, dois ou três anzóis e uma caixinha com meia dúzia de minhocas da terra. Pois muito bem !... já era um pescador. Como qualquer criança inquieta e traquina, só me faltava uma coisa ainda: "Paciência", a paciência é fundamental para a prática deste desporto.
Os pescadores daquele tempo, outrora também meninos, sabem muito bem do que estou a falar.
Principiei-me, como já referi, era ainda muito menino e até agora nunca mais parei. Ao longo de toda a minha vida, nos meus momentos vagos, pouco a pouco fui apurando as minhas técnicas desta tão nobre actividade desportiva. Acompanhado e vigiado por amigos mais velhos e muito conhecedores da matéria, a quem desde já muito lhes agradeço (uns que ainda vivem e outros que já partiram) o meu muito obrigado.
Hoje, penso ter já alguns conhecimentos graças a eles, várias técnicas e artes de pesca desportiva de mar.
Tenho tido sempre o apoio da minha família, mulher e filho, ao ponto de me encorajarem a comprar um barco de pesca, desportivo.
Escusado será dizer, que em minha casa tem havido até a data sempre peixe muito fresco, "acabado de sair do mar" como eu costumo dizer.
Peixes da nossa costa Atlântica, excelentes para a confecção de vários pratos, nomeadamente: de robalos, douradas, sargos, fanecas, etc.
Agora vou ficar por aqui.
Brevemente publicarei algumas das receitas do meu cardápio.
Saudações cordiais a todos aqueles que dedicaram estes breves minutos, a ler as minhas singelas palavras.
ArtCar
. Como os poetas que cantam...
. Recordando... Inocentes s...
. A Poesia e a Alma do Poet...