"O amor do poeta é maior que o de nenhum homem; porque é imenso, como o ideal, que ele compreende, eterno, como o seu nome, que nunca perece" (Alexandre Herculano).
Uma lágrima rolou do rosto de alguém, caiu no chão e sumiu-se. Essa lágrima deu origem ao nascimento duma lágrima gigante e dessa lágrima formou-se um gigantesco oceano. Um oceano de um só peixe, que vive solitário dentro do seu aquário. Desse oceano, sai a água para regar as mais lindas flores expostas numa jarra. É a lágrima do ciclo dessa água pura e cristalina. É a fonte da vida de alguém que precisa dessa água.
(Este poema de minha autoria, dedico-o carinhosamente aqueles que são mais velhos e têm amor à vida).
A lágrima
Uma lágrima cristalina rolou
naquele rosto já carcomido e engelhado
é aquele, de quem já muito amou
o seu amor que Deus lhe levou
ou talvez, o condão do seu passado.
Aquela pequena lágrima caiu,
ao de leve no colo do seu regaço
que por magia num instante se sumiu
escondia a luz cintilante que não se viu
esvaziando o lugar do seu espaço.
Uma lágrima serve de desculpa
a quem, nada de seu tem
a uma vida dedicada e de luta
que cai do rosto de alguém.
Some-se, esconde o que lhe convém
saudades, memórias e o seu passado
tristemente parte para o além
e esvoaça sem deixar recado.
Entre as mãos, na ponta dos seus dedos
treme sem graça toda a desgraça
oculta todos os seus segredos
dúvidas constantes, também medos
só uma lágrima nua, disfarça.
Muito perto, já caminha sem ilusão
passos lentos, aonde já está inscrito
surge mais uma lágrima que cai no chão
indica a última morada na escuridão
além, lá longe, algures no infinito.
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