Hoje é quarta-feira, apetecem-me fanecas fritas com arroz de tomate malandrinho e por conseguinte não resisto à tentação. Acho oportuno logo ao jantar fazer este prato que tanto aprecio.
É preparado à minha maneira, com muito amor e dedicação.
Parece simples? mas na realidade não é assim tão simples.
É um prato que na sua confecção, requer alguma paciência.
Não vou perder mais tempo com palavreado e de imediato passo à receita.
"FANECAS PEQUENAS FRITAS"
- depois de amanhadas e muito bem lavadas, colocam-se num alguidar
- temperam-se de sal, alho, uma pitada de pimenta e o sumo de meio limão
- vão para o frigorífico, aonde repousam cerca de duas horas e meia
- retiram-se do frigorífico e escorrem-se
- à parte, põe-se num prato farinha de trigo
- deitamos óleo de boa qualidade numa frigideira que depois de bem quente, está pronto para fritar as fanecas
- uma a uma, vão-se envolvendo na farinha,vão-se colocando na frigideira até aloirar
- sempre que são retiradas da frigideira, vão-se dispondo sobre toalhetes de papel para secarem do óleo
- numa travessa, colocam-se as fanecas alinhadas
"ARROZ DE TOMATE"
ingredientes:
- dois tomates grandes muito maduros ou três se forem mais pequenos
- uma cebola
- sal q.b.
- pimenta branca (uma pitada)
- colorau (uma pitada)
- cinco ou seis colheres de sopa de muito bom azeite
Num tacho nº. 20 (por exemplo), miga-se a cebola muito fininha (quase a desfazer-se). Sobre a cebola, migam-se os tomates sem a pele e deitamos uma pitada de pimenta e uma pitada de colorau. Rega-se tudo com o azeite e um pouco de sal.
Leva-se o tacho a lume alto durante o tempo necessário até ficar uma massa homogénea.
Deita-se água quente no tacho, (a necessária para cozer o arroz).
É muito importante:
deita-se o arroz devagar no centro do tacho até se começar a ver a brancura do arroz.
Mexe-se com a colher de pau por duas vezes (num espaço de um minuto entre elas).
Quando o arroz estiver cozido e com muito molho mas sem abrir, serve-se imediatamente.
- sugiro umas azeitonas pretas oxidadas e um moderado vinho tinto
Um pobre velhinho que estava sentado num manhoso banco entre a porta da sua humilde casa, a bengala entre as pernas magras e de mãos trémulas, narrou-me a triste realidade da sua própria vida cheia de trabalho árduo e sem encantos.
De quando em vez, soletrava as palavras com voz trémula e olhar distante.
Não pude deixar de ficar indiferente a tão debilitada história, cheia de dificuldades e de tormentos.
Este meu poema, é dedicado a todas as pessoas velhinhas desamparadas, solitárias e sem recursos financeiros.
Velhinho
Já o coração me bate devagar!...
dentro desta carcaça definhada,
quem andou...não tem para andar,
está próximo o fim da caminhada.
Caminho com lentidão na rua !...
tão devagar...que enfim,
destroçado de alma nua...
o vigor...já não é para mim.
Por mim...passa o tempo a correr !...
como o vento agreste desenfreado,
já sem alegria de viver...
vivo recordações do passado.
Passado da minha infância !...
que nunca...jamais voltará,
já ninguém dá importância...
ao velhinho ao Deus dará.
Tantas mágoas...da vida, já vivida !...
noutros tempos de outrora,
como uma flor esmorecida...
é isso que sou agora.
Nada mais valho !...
dizem-me os mais novos a sorrir,
para trás...ficou uma vida de trabalho...
no bolso...uns cêntimos para gerir.
Já estão a acabar os tormentos !...
o mundo acaba também,
foram cruéis tantos momentos...
desde o ventre de minha mãe.
Poema de minha autoria e publicado em, 28 de Setembro de 2010.-
Na Foz do Douro, o pôr do sol no horizonte sobre o mar, o cheiro inconfundível a maresia, a tonalidade das cores, é um quadro de rara beleza, memorial e inesquecível.
Dedico este meu poema a todos os portuenses, amigos da natureza e em particular a todos os pescadores, desportivos e profissionais.
Foz do Douro !...
melancólica
nostálgica ...
não sei como a defini.
É o mais lindo recanto
de maior encanto
que alguma vez já vi.
Misturam-se as cores com harmonia
tão bem enquadradas ...
cheias de melancolia
como um poema escrito para ti.
As palmeiras exuberantes
guardam segredos, enfim ...
dão guarida aos amantes
que param por ali.
Meia-laranja, molhes !...
cais velho e farol,
são lugares encantadores
de manhã ao por do sol
é abrigo de pescadores.
Com certa graça e advertidamente
chamo-lhe eu ... sala de estar
com piada !... como é evidente,
acolhedora e franca para conversar.
À noite !... depois do jantar
outros pescadores se reúnem
conversam sob um feiticeiro luar
e esperam o peixe em cardume.
Foz do Douro, quem a não conhece !...
entre o nascer ao por do sol
sonhando ali quem adormece
dentro do carro em seu prol.
Entre o jardim do passeio alegre
e as finas areias do cabedelo
não há ninguém que se não entregue
aquele recanto tão belo.
Poema de minha autoria e publicado em: -25 de Setembro de 2010
ArtCar
Ontem o meu amigo PAULO MOREIRA, seguidor das minhas notícias no meu blog e que também tem o prazer da mesa tal como eu, telefonou-me a lembrar-me que já algum tempo atrás com mais quatro amigos, fizemos uma patuscada, que o prato principal era um cabrito de pastos naturais e de tenra idade (5 kgs aproximadamente). Disse-me que ainda guarda na boca o paladar tão apetitoso de tal pitéu. Foi assado no forno a lenha de um amigo nosso do qual é proprietário e também de um restaurante especializado em peixe grelhado. Mas, a partir desse dia o cabrito assado no forno a lenha, é solicitado pelos seus clientes. Eu e os meus amigos, ficamos satisfeitos por tal facto.
Bom, vamos de novo ao cabrito: -foi confeccionado por mim, apaladado com os respectivos ingredientes e acompanhado com batatas também assadas juntamente com o cabrito.
É verdade!... mas que cabrito!... bem regado com um bom tinto transmontano, pois ... foi de comer e chorar por mais.
A seu tempo lá iremos.
Agora, a receita que me leva a publicar hoje; são umas lulinhas frescas e muito bem recheadas. Um recheio que consta basicamente de enchidos, bacon e os tentáculos das mesmas lulas. (Chouriça caseira de Vinhais por exemplo, bacon e os tentáculos).
Passamos então à cozinha:
- lulas médias frescas amanhadas
- uma chouriça
- uma tira de bacon
- os tentáculos das lulas
- uma cebola pequena
- 1 dente de alho
- 1 raminho de salsa
- 1 folha de loureiro (que depois será retirada)
- 1 ovo
- pão ralado
- uma pitada de pimenta
- uma pitada de colorau
- bom azeite q.b.
Modo de preparar: -conforme o número de pessoas e a quantidade que se queira cozinhar
-faz-se um picado normal da chouriça e do bacon na picadora 1,2,3 e cortam-se os tentáculos aos pedacinhos (em cru)
- numa caçarola faz-se o refogado normal com os ingredientes referenciados
- quando a cebola estiver bem aloirada, junta-se o picado, deixa-se apurar e em seguida mistura-se o ovo batido,retira-se a folha de loureiro
- enchem-se os sacos das lulas com o recheio e cosem-se muito bem com uma agulha e linha para não perderem o molho
- à parte, numa panela com água e sal a ferver, mergulham-se as lulas e escaldam-se (cerca de 1 minuto)
- retiram-se da panela e enxugam-se
- envolvem-se em ovo batido e em seguida em pão ralado
- vão a frigir
- servem-se com salada mista e azeitonas
Recomendo vivamente um vinho verde branco bem gelado
(receita à minha maneira, muito apreciada pela minha família e meus amigos)
PS: o tempo que normalmente leva a confeccionar este prato: -vai de 3 a 4 horas.
ArtCar
Estou um pouco descontraído e com alguma disponibilidade nesta tão linda tarde de início de Outono. Vou falar um pouco da minha faceta de pescador desportivo como já referi inicialmente:
nasci e passei toda a minha adolescência, perto de um rio que por sinal é muito rico em peixe.
Retrocedendo no tempo a cerca de cinquenta anos atrás, ainda se bebia a água tépida e cristalina daquele rio, aonde eu, mais os meus companheiros de escola, ao aproximar-se o verão, fugíamos às nossas mães desobedecendo às suas ordens. "eram outros tempos". Deliciávamo-nos a nadar e mergulhar em nosso tão belo prazer.
Eu, porém ficava alguns minutos a observar aquelas pessoas mais velhas (pescadores) sentadas à sombra das oliveiras, com uma cana de bambú entre as mãos e na água boiava um pequeno peão de cortiça aparado e aperfeiçoado por eles, com o auxílio de uma navalha. De vez em quando puxavam a cana para cima e na extremidade da linha surgia um peixe.
Ficava como que encantado ao ver aqueles gestos calmos e firmes, que para mim, na minha inocência de petiz, era como um acto encenado de magia.
Assim sendo, também um dia eu quis ser pescador. Não tardou nada. Tudo era perfeito, tudo me corria à feição para o conseguir. Constava basicamente em três ou quatro coisinhas: dois ou três metros de linha de pesca, uma cana de bambu, uma rolha de cortiça, dois ou três anzóis e uma caixinha com meia dúzia de minhocas da terra. Pois muito bem !... já era um pescador. Como qualquer criança inquieta e traquina, só me faltava uma coisa ainda: "Paciência", a paciência é fundamental para a prática deste desporto.
Os pescadores daquele tempo, outrora também meninos, sabem muito bem do que estou a falar.
Principiei-me, como já referi, era ainda muito menino e até agora nunca mais parei. Ao longo de toda a minha vida, nos meus momentos vagos, pouco a pouco fui apurando as minhas técnicas desta tão nobre actividade desportiva. Acompanhado e vigiado por amigos mais velhos e muito conhecedores da matéria, a quem desde já muito lhes agradeço (uns que ainda vivem e outros que já partiram) o meu muito obrigado.
Hoje, penso ter já alguns conhecimentos graças a eles, várias técnicas e artes de pesca desportiva de mar.
Tenho tido sempre o apoio da minha família, mulher e filho, ao ponto de me encorajarem a comprar um barco de pesca, desportivo.
Escusado será dizer, que em minha casa tem havido até a data sempre peixe muito fresco, "acabado de sair do mar" como eu costumo dizer.
Peixes da nossa costa Atlântica, excelentes para a confecção de vários pratos, nomeadamente: de robalos, douradas, sargos, fanecas, etc.
Agora vou ficar por aqui.
Brevemente publicarei algumas das receitas do meu cardápio.
Saudações cordiais a todos aqueles que dedicaram estes breves minutos, a ler as minhas singelas palavras.
ArtCar
Tal como tinha prometido inicialmente no meu blog, cá estou para começar a divulgar alguns dos meus poemas.
Este, o primeiro, é alusivo a todos os amigos, porque sem eles é impossível viver.
Os amigos são aqueles
que junto deles
nós nos sentimos bem !...
com eles trocamos conversas
confidências diversas
e os nossos problemas também.
Um amigo vale ouro
pois ele é um tesouro
quando ele é verdadeiro !...
ouve os nossos lamentos
partilha dos nossos sentimentos
e nas aflições é o primeiro.
Com eles crescemos
convivemos ...
ajudam-nos a defender !...
sentimo-nos amparados
são nossos aliados
e ajudam-nos a viver.
A vida tem duas vertentes
com amigos, ou independentes
são o resultado do nosso ser !...
Tenho amigos de verdade
usando de toda a sinceridade
e também de pureza !...
nunca falseio ninguém
e na certeza porém
sou amigo de certeza.
Também faço amigos em instantes
ricos, pobres, letrados ou ignorantes
são para mim todos iguais !...
selecciono-os e sou prudente
para mim são todos gente
sigo a educação dos meus pais.
Apuro toda a realidade
que, francamente de verdade
são todos e não são nenhuns !...
humanamente falando
conviver, só de vez em quando
porque verdadeiros, só são alguns.
- poema de minha autoria (ArtCar), publicado em 21-09-2010
Depois de alguns anos de reflexão, finalmente resolvi criar um blog na internet. Como já me pesa sobre os ombros alguma idade e por tal facto achei que as novas tecnologias são de facto o futuro.
Sem querer ser maçador, quero falar de algumas das minhas facetas:
para começar; apenas três irei revelar:
- sou um incondicional amante de pesca desportiva
- escrevo poesia (brevemente, publicarei alguns dos meus poemas)
- tenho por costume cozinhar (faço questão do prazer da mesa, por isso confecciono as minhas próprias refeições, para a família e meus amigos.
Bom, vou ficar por aqui.
Saudações a todos aqueles que quiserem ter a paciência de ler este meu blog.
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