Quinta-feira, 25 de Novembro de 2010

Sono

O sono é um bem essencial à vida. Sem ele é impossível viver.

Para mim, esta noite, é uma noite de insónias. Dei voltas na minha cama, mais voltas e mais voltas, vira para um lado para o outro, mas dormir!.. nada.

O remédio foi levantar-me silenciosamente para não acordar a família e vir para o meu escritório. Salta-me à ideia escrever sobre o sono e pronto; assim foi.

Abri a janela do meu escritório, olho para o firmamento e qual foi o meu espanto: vejo a lua cheia, linda brilhante, toda iluminada e rodeada de estrelas. Peguei na máquina fotográfica, tirei esta fotografia e comparei a enorme distância da lua com a ausência do sono.

 

 

               Sono

 

Porque demoras tanto?

aonde estás; volta com urgência

nem o conforto do meu leito,

acalma esta minha impaciência

desconfortável fico em pranto

algo sufoca dentro do meu peito.

 

Estou habituado à tua companhia

quando não estás, não durmo

dou voltas, mais voltas sem parar

não durmo; nem à noite nem de dia

quer seja ao sol ou ao luar

não durmo, nem ao de leve nem profundo.

 

Anseio o momento de estares a vir

cansado por tanto esperar

se não vens... fico louco,

sem ti é impossível dormir

muito menos consigo acordar

se nem sequer dormi um pouco.

 

Para a vida, chama a luta

outro dia vai nascer

e o sono, já sem dono,

perdido à noite numa disputa

paciência... que eu hei-de fazer

pois não vens!.. adeus sono.

 

ArtCar

 

Este meu poema de minha autoria e escrito na hora, dedico-o a todas aquelas pessoas que por umas razões ou por outras, têm ausência de sono.

 

 

 

 

 

 

publicado por Artur Cardoso às 03:38
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Domingo, 21 de Novembro de 2010

Meia desfeita com pencas salteadas

 

 Passaram-se muitos anos quando eu aprendi a fazer este prato com a minha querida mãe. Hoje, a minha mulher resolveu lembrar-me que deveríamos confecciona-lo. Pois já algum tempo que não comemos este delicioso manjar, que é tão apetitoso e de fácil preparação.

Por acaso hoje foi a minha mulher que o confeccionou. Também é uma excelente cozinheira, até porque quando me surgem dúvidas é a ela que eu recorro.

Bem, então vamos lá passar à cozinha e prepara-lo.

 

 

 

        ingredientes:

 

- duas boas postas de bacalhau do lombo

- 3 batatas pequenas

- 1 penca de talos largos

- 2 ovos

- 1/2 kg de grão de bico

- 1 raminho de salsa

- 2 dentes de alho

- 1 pitada de pimenta branca

- bom azeite

- bom vinagre

- Sal q.b.

 

        modo de preparar:

 

Demolham-se duas postas de bacalhau do lombo, juntamente com 1/2 kg de grão de bico.

Numa panela cozem-se as duas postas de bacalhau, o grão de bico, os ovos e as batatas cortadas a meio. À medida que as coisas vão cozendo,  prova-se de sal e vão-se retirando da panela, consoante a sua cozedura. O grão de bico como é mais rijo, é a última coisa a ser retirada. À parte, numa travessa, vão-se dispondo e em primeiro lugar as batatas, depois o grão de bico, o bacalhau às lascas depois de se lhe retirar a pele e as espinhas, em seguida cortam-se os ovos às rodelas e vão-se dispondo espalhando por toda a travessa. Miga-se a salsa e também se espalha por cima e enfeita-se com algumas azeitonas. Por fim espalha-se uma pitada de pimenta branca, (também fica muito bom sem pimenta, é facultativo).

Rega-se a gosto com o azeite e o vinagre. (Também se pode temperar no prato).

 

À parte:

numa panela, coze-se a penca depois de lavada e cortada aos bocados que se tempera de sal. Depois de cozida, escorre-se e fica à parte até se fazer um refogado de alho e azeite.

Num tacho, cobre-se o fundo com azeite e deitam-se os dois dentes de alho esmagados que vai ao lume. Deixa-se aloirar o alho e em seguida deita-se a penca escorrida mexendo sempre até ficar tudo muito bem envolvido. Retira-se a penca e junta-se a um cantinho da travessa.

 

Com este prato, recomendo um bom vinho a gosto.

 

       ArtCar

 

 

publicado por Artur Cardoso às 21:11
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Sábado, 20 de Novembro de 2010

Um recado para o Além...

 

Neste mundo, o mais precioso e valioso tesouro que se pode ter connosco, é sem sombra de dúvidas aquela que nos deu à luz. A nossa MÃE.

Eu já fiquei sem a minha, que Deus ma quis levar quando chegou a sua hora. Já passaram mais de vinte anos e à medida que o tempo vai passando, mais me vou lembrando da sua imagem. Quando faleceu era uma velhinha de oitenta e quatro anos, que durante toda a sua vida passada por este mundo com todos os seu males que lhe ajudaram a arrebatar a sua própria vida, foi sempre aquela que bem alto sempre pude chamar de minha MÃE. Hoje, nem o espaço real que era só dela já existe. Existe sim, apenas a saudade.

Acabei de elaborar este meu poema precisamente neste momento e sem analisar melhor o seu conteúdo resolvi publica-lo agora.

Dedico-o com muito amor e carinho a todas as mães deste mundo e a todas aquelas que já partiram.

 

    

        Um recado para o Além...

 

Procuro pela vida fora incessantemente

neste profundo labirinto inconstante

entre os escombros da incompreensão

procuro aquela que foi minha confidente

triste, não a encontro como é evidente

só consigo encontrar o vazio da desilusão.

 

Batem muito fundo lá nas profundezas

as badaladas que ecoam na minha alma

e essa vil e triste desilusão continua

nem algumas esperanças nem certezas

nem um ponto de claridade mais alva

me ilumina esta esperança minha e tua.

 

Partiste, procuro mas nunca mais te vi

apenas ouço baixinho ecos vindos do além

repetidamente em constante turbilhão

és a mais preciosa mãe que eu já perdi

aquela... a mais linda mulher, minha mãe

que guardo na memória e no meu coração.

 

Minha mãe, pelo vento mando-te um recado

esta curta passagem não é de ninguém

neste desalentado mundo nada maior existe

do que o amor de um filho bem amado

que procura em vão descontente e triste

que de volta, quer aquela que é sua mãe.

 

 

 

poema de minha autoria, escrito e publicado nesta madrugada de 20 de Novembro de 2010

 

       ArtCar

 

 

publicado por Artur Cardoso às 02:35
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Quinta-feira, 18 de Novembro de 2010

Os peixes do meu aquário

 

 

Em regra geral, as crianças gostam de ver os peixinhos a nadar dentro dum aquário e se possível terem também um em casa.

Este singelo poema escrito com dedicação e amor aos mais pequeninos, dirijo-o integralmente a todas as crianças do mundo.

 

   Os peixes do meu aquário

 

Os peixes do meu aquário

são três e vermelhinhos

em cima dum armário

são engraçados e espertinhos.

 

Com eles eu vou ter

pela manhã ao acordar

ficam contentes por me ver

porque de comer lhes vou dar.

 

Vêm logo ter comigo

dentro de água a nadar

ignorá-los eu não consigo

parece que me querem falar.

 

Quando o dia está triste

ficam parados aninhadinhos

até parece que nada existe

muito infelizes coitadinhos.

 

Quando o sol pela janela penetra

brincam, nadam e vão ao fundo

para eles é dia de festa

dentro do seu próprio mundo.

 

 

      ArtCar

 

poema de minha autoria e publicado em 18 de novembro de 2010.-

 

 

 

publicado por Artur Cardoso às 20:48
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Terça-feira, 16 de Novembro de 2010

Mais um ponto para aumentar o conto

 

Esta é uma história muito divertida e verdadeira que fez sucesso entre os pescadores desportivos, já a alguns anos atrás. Foi passada na foz do rio Douro (palmeiras), no ano de 1994. O pescador como tem fama de aldrabão, ainda se torna mais divertida pelo facto de ser muito verdadeira.  A afirmação desta história foi contada no acto da captura desta enguia.

"Um conto nunca está completo, sem aumentar mais um ponto".

 

Como já referi. O pescador tem fama de aldrabão. Verdade seja dita; da fama não se livra.

Eu, porém, direi que neste caso é um aldrabão verdadeiro. E porquê? passo a explicar o meu ponto de vista. Como constantemente à sua volta se geram as mais diabólicas mentiras, o pobre pescador tem que passar a acreditar, sobretudo naquelas que se contam repetitivamente e nas mais variadíssimas versões.

Então, hora aí está: alimenta a peta com toda a sua convicção.

Esta história, de enredo franco, torna-se numa aldrabice a todo o tamanho. Famosa no ceio do grupo de pescadores aonde eu também estava inserido, não poderia deixar de a contar.

Foi passada em pleno verão, talvêz no ano de mil novecentos e noventa e quatro, isto é; se a minha memória não me atraiçoa. Como era habitual, depois das horas de trabalho, ao fim da tarde, juntávamo-nos todos os amigos para mais uma sessão de pesca à mistura do nosso alegre convívio. Estava uma tarde quente, mas já um pouco avançada pelas horas e a sombra já nos convidava a sentarmo-nos debaixo da copa das palmeiras.

Eu, mais o meu querido amigo João Paulo, fomos os primeiros a marcar presença. Montamos os tripés, canas e todo o material necessário. Fizemos os primeiros lançamentos, puxámos das nossas cadeiras e sentamo-nos comodamente. Estando numa agradável conversa, eis que a minha cana dá sinal de peixe. Levantei-me calmamente, corriquei também com toda a calma como é meu hábito e surge uma enguia de dimensões e peso consideráveis.(Por volta de um quilo ou talvez um pouco mais). Com a ajuda do meu amigo, metia dentro dum saco.

Entre nós os dois, existe uma sólida amizade, sempre nutrimos uma grande admiração um pelo outro, como ainda hoje nos consideramos e respeitamos mutuamente. Bem, o tempo ia passando e passada meia hora pouco mais ou menos, aparece mais um dos elementos do grupo. Como é costume perguntar: disse... já deu alguma coisa? o amigo João Paulo, entusiasmado, e, porque tinha sido eu a pescar a enguia não esteve com meias medidas: abre os braços e muito categoricamente responde: o sr. Cardoso, tirou uma enguia alto lá!.. cuidado com ela. Aumenta-lhe uns bons centímetros. Eu, disse cá para os meus botões; não está mal. No entretanto passados mais alguns minutos chegou outro amigo. A mesma pergunta e o João Paulo volta a responder: é pá... o sr Cardoso tirou uma enguia!.. nem queira saber, che... abre de novo os braços e aumenta mais um bom tamanho.

Gerou-se a expectativa. Bolas, deve ser cá uma enguia!.. se calhar é algum congro? Surge ainda outro amigo e lá está... mais um ponto para aumentar o conto. Virei-me para o meu amigo João Paulo e nestes termos disse-lhe assim: oh!.. caramba!.. daqui a pouco a enguia é do tamanho do cais. Rimo-nos todos em grande, passando o resto do serão bem à pescador.

Foi muito divertido e sendo assim, ficou para a história dos pescadores. Mais uma simples e sadia brincadeira, que não prejudica ninguém, dando origem a ser contada às nossas famílias e amigos, presentes e futuros.

 

         ArtCar

 

 

publicado por Artur Cardoso às 18:12
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Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010

Ecos do Além

 

O amor é um conjunto de emoções que se transforma numa só palavra. "AMOR"

 

      

          Ecos do Além

 

O teu olhar está triste...

as tuas mãos estão a tremer,

os teus suspiros não mentem.

O que te entristece... o que viste,

nos teus olhos acabo de ver

os ecos que nos meus se reflectem.

 

No além, vejo nuvens que por magia...

moldadas pelo vento que passa,

são ecos reflectidos na penumbra do mar.

Numa manhã, chuvosa e fria

a tua sina, o teu caminho traça,

o amor que tens para me dar.

 

Vejo-te tão pálida e ausente...

será da brisa gélida do dia,

ou dos ecos que te estão a baralhar.

O teu coração nunca mente

eu, porém apaixonado assim te diria

serás minha para sempre.

 

 

     Artcar

 

Este poema de minha autoria, foi escrito neste momento e que será um eco bem sonante ao amor.

 

publicado em 15 de Novembro de 2010

 

 

publicado por Artur Cardoso às 22:32
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As Crianças

As crianças são o bem mais precioso que o mundo pode comportar. São o futuro, a esperança, o encanto da luz dos nossos olhos. São... também o espelho das nossas almas e do renascimento de um mundo novo.

São a essência da vida.

 

 

 

 

           As Crianças

 

Elas são tão pequeninas,

frágeis!.. tão angelicais,

são como meigas pombinhas

tão amorosas, fruto de seus pais.

 

As crianças são o rejubilar,

dedicação!.. afecto e paixão,

como ternas pombas a voar

radiosas, a alegria do meu coração.

 

Como pombinhas eu as vejo,

junto a nós, quando se chamam

são a razão de um desejo,

entre seres... que se amam.

 

Sinto-as dentro do meu peito...

juntinhas ao meu coração,

gritarias... brincadeiras, tal como elas são

são crianças, esperança e gratidão.

 

São o mais belo que o mundo tem.

Palavras, não chegam para as definir.

São o futuro... o amanhã,

são tudo o que está para vir.

 

 

             ArtCar

 

 

 

poema de minha autoria, publicado em 15 de Novembro de 2010

 

 

 

 

  

 

 

publicado por Artur Cardoso às 19:10
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