"Ano novo vida nova"
Após as doze badaladas do dia de hoje, começa um novo ano.
Um certo dia, algures na América Latina, um velho índio disse as seguintes palavras a um explorador que por ali passou:
"A terra não é do homem, o homem é que pertence à terra".
Ora!.. o explorador; como pensador, imediatamente pôs a sua inteligência à prova pondo em prática as sábias palavras do velho índio.
- Pois se assim é; não se pode perder tempo, vamos arregaçar as mangas e procurar o que ainda nos resta.
Segundo a mitologia grega, Pandora abriu a sua pequena caixinha dos segredos e todos os males começaram a sair: a mentira, doenças, inveja, velhice, guerra e morte e outros mais. Então Pandora, ficou muito assustada e logo imediatamente resolveu fechar a dita caixa; que por sinal ainda ficou lá dentro um segredo guardado: "A ESPERANÇA".
Uns, procuram-na e nunca a encontram. Outros,por obra do espírito santo tudo lhes vem ter à mão.
Pela parte que me toca, já alguns anos que tento alcançar esse mítico segredo que tão bem guardado está dentro dessa inviolável caixinha.
Pego na minha lanterna e na minha lupa e lá vou eu calcurriando os quatro caminhas da vida à procura de uma agulha num palheiro.
Na certeza porém, só todos juntos de mãos dadas uns aos outros e de coração aberto é que conseguiremos alcançar o tão desejado segredo. "A ESPERANÇA".
Para todos, faço votos de um Bom Ano de 2011, cheio de Felicidade, Páz, Amor e que nunca nos falte o pão sobre as nossas mesas.
Um abraço de esperança,
ArtCar
Sempre que me lembro da minha infância, o epírito natalício de menino ressalta-me vivamente à memória.
A saudade dos meus natais passados à lareira, em festa familiar, os amigos de infância, o frio cortante que nesta época é típico do inverno na província. Enfim!.. são tempos idos que nunca, jamais voltam. Tento seguir a tradição e os costumes dos meus antepassados, sobretudo como era em casa dos meus pais.
É de facto no Natal que se revive o passado com mais intensidade, talvêz por ser uma festa religiosa e de família.
As singelas prendas oferecidas com tanto amor pelos meus pais e querendo-me fazer acreditar que tinham sido oferecidas pelo Menino Jesus que descia pela chaminé até ao meu sapatinho.
Queria apenas salientar neste meu post, que em tempos modernos, também se pode viver o Natal com a mesma intensidade, mas de forma diferente. Dar e receber prendas, é tão bom e salutar, mormente por ser a quadra que é. Embora já me pesem uns bons anos sobre os ombros, mas o que interessa é o espíto que lhe queiramos atribuir.
Este ano, além do tradicional ritual desta tão lindíssima quadra natalícia, resolvi, eu mais a minha mulher e meu filho trocarmos de prendas depois da ceia. Então eu, antes de iniciarmos a ceia, a título gracioso, ponho ao lado do fogão de sala uma das minhas botas de uso corrente. Chegadas as doze badaladas, dirigi-me ao meu escritório que é no andar de cima, para a distribuição das respectivas prendas. Desço as escadas, virei-me para a minha mulher e meu filho e entreguei a cada um deles o respectivo presente. Nem sequer me lembrei da bota que estava ao lado do fogão. Bem!.. de costas voltadas para a minha bota, lá estava eu, de pé, à espera dos meus presentes. A minha mulher e filho agradeceram-me abrindo de imediato os presentes deles. Por momentos, achei que uma brincadeira natalícia iria acontecer para ser diferente dos outros anos. Mandaram-me virar para a minha bota e qual foi o meu espanto; lá estavam os meus presentes.
O meu Menino Jesus mandou o seu mensageiro "Pai Natal", colocar os presentes na minha bota. O que mais se salientou foi este lindo computador, presente do meu filho. Pois achou que o meu PC, por sinal uma grande máquina,que tenho no meu escritório não era suficiente cómodo para o poder transportar de lado para lado.
Mais uma vêz, o meu muito obrigado meu filho.
Já agora quero aqui também referir o presente de minha mulher: uma linda camisa e umas calças.
Para ti, minha esposa; o meu muito obrigado mais uma vêz.
ArtCar
NATAL!.. NATAL!.. NATAL!..
Como o próprio nome indica, o Natal significa nascimento.
Pelos meados do século IV d.c., começou a igreja católica a comemorar o nascimento de Jesus Cristo, o "Menino Jesus", no dia vinte e cinco de Dezembro de cada ano.
Até hoje, em todo o mundo tem sido a maior festa religiosa: " O Natal".
Já tudo foi dito sobre o Natal: nos registos dos livros, os contos, as tradições: mas, nunca é demais falar sobre esta tão importante data do nascimento do Menino Jesus, aquele que deu a Sua vida por nós.
NATAL
Cintilam pontos brilhantes no além
num imenso firmamento celestial
um estábulo abandonado em Belém
iluminado por uma estrela espiritual.
Sentada em cima de um jumento
Maria, grávida por vontade do Criador
José, seu marido num tormento
abriga-a nessa cabana por amor.
Pobrezinho, ali nasceu Jesus
numa manjedoura sobre palhinhas
foi ali que Maria deu à luz
um Menino desprovido de roupinhas.
Visitam-no, vindos de todos os lados
por ter nascido naquela localidade
são pastores, doutores, até reis Magos
é o Redentor da humanidade.
Perseguidos em Jerusalém
por um rei muito poderoso
teve que nascer em Belém
por ser injusto e impiedoso.
Cantam os anjos em seu louvor
num salmo festivo e celestial
em harmonia e com muito amor
só porque é, NATAL.
ArtCar
Este meu poema de minha autoria e escrito por mim com muito amor, é um presente de Natal a todos aqueles que o lerem, desejando-lhes um Santo e Feliz Natal de 2010,-
Como toda a gente sabe, o Natal, para quem acredita no nascimento de Jesus, é uma festa religiosa em que se comemora o Seu nascimento. Simboliza Paz e Amor entre os Homens de boa vontade. Também simboliza luz para toda a humanidade.
Os natais da minha infância eram fisicamente pobres, mas de uma riqueza incalculável sobretudo em amor. Passavam-se como tantos outros. Em família.
Quando criança esperava com ansiedade pelo tão desejado dia vinte e cinco de Dezembro de cada ano, rezando e pedindo fervorosamente ao menino Jesus, um presente. Não era assim tão fácil obtê-lo, pois tinha os seus requisitos. Por vezes as dificuldades financeiras dos meus pais, nem sempre eram as mais desejadas embora vivessem com um certo desafogamento num meio rural, aonde a terra era o seu sustento e da qual o trabalho árduo do meu pai, que era proprietário de pequenos prédios rústicos e da minha mãe, uma exímia dona de casa. Esse tão singelo pedido de criança ao menino Jesus, também dependia muito do meu comportamento durante o ano.
Recordo-me duma estratégia inteligente e sábia de minha mãe, que para me portar bem, perguntava-me repetidamente o que queria que o menino Jesus me desse para o Natal. Ora claro!.. era sem sombra de dúvida, aquele brinquedo que já tinha planeado a algum tempo atrás e enquanto me lembrasse daquelas palavras sábias de minha mãe, o meu comportamento de menino era o mais perfeito possível.
A noite de Natal aproximava-se e o presente era o resultado do meu comportamento. Era tradição, todas as crianças daquela época, colocarem o sapatinho debaixo da chaminé. Eu, porém, também não fugia à regra: lá ia eu antes de adormecer, lembrando a minha mãe que o meu sapatinho já lá estava.
Ao outro dia, logo pela manhãzinha, nem precisava que ninguém me acordasse, levantava-me dum pulo e lá ia eu todo lampeiro ver o presente que o menino Jesus me tinha posto no meu sapatinho. Se o meu pedido não me tinha sido satisfeito, ficava muito triste como que se já ninguém gostasse de mim.
Porém, havia sempre uma compensação.
A minha mãe; para eu fazer face ao frio que se fazia sentir na invernia gélida da altura do ano, prendava-me com uma camisola, um par de calças, uns sapatos, etc., assim também não deixava de ser uma prenda do menino Jesus.
A casa aonde nasci, era muito grande e proporcionava-me as mais variadas brincadeiras com aqueles meninos que eram mais meus amigos.
Na véspera do Natal, todo aquele casarão, entrava em plena azáfama de constantes e diversas tarefas, pois era o meu pai a acender grandes lumes na lareira, a minha mãe a tratar da confecção dos alimentos, a minha segunda mãe ajudava também naquilo que era preciso, aquela que foi minha ama e uma extraordinária empregada, surda muda, que me ajudou com primor a crescer até à idade de eu ter que partir da casa dos meus pais.
Matava-se o perú e o maior galo criados na nossa capoeira,confeccionavam-se as mais variadas iguarias alusivas à ceia de Natal, aonde não faltava o célebre bacalhau cozido com batatas e couves tronchudas, também o polvo de meia cura e as guloseimas tradicionais.
Há hora da ceia, toda a família se reunia de volta da mesa, saboreando todas aquelas iguarias cozinhadas à lareira. Conversavam e matavam saudades, sobretudo aqueles que estavam ausentes e vinham propositadamente passar o Natal connosco. Pela imposição das horas, a noite ia avançando e os nossos corações estavam cada vez mais iluminados pelo terno amor que nos unia. Ao soar da meia noite, toda a família se encaminhava para a igreja matriz da terra que me viu nascer. (Freixo de Espada à Cinta). Naquela missa, diferente de todas as outras, entoavam-se cânticos louvando o menino Jesus e por fim ia-se beijar a sua imagem.
De regresso a casa, reuníamo-nos de novo, em volta do lume a crepitar, cujo melhor tronco seria queimado naquela noite tão especial.
Os mais velhos, contavam histórias e contos, que me faziam sonhar deitado no colo da minha mãe.
E eram assim os meus natais de menino
ArtCar
Hoje, achei que uma receita de choquinhos era oportuna para esta altura do ano. Ao avizinhar-se o Natal, puxa a comidas mais apaladadas. É uma quadra festiva em que se abusa um pouco mais de certas variedades de alimentos, não só pelo frio que se faz sentir, mas também pelo aconchego convidativo do lar.
Uma feijoada de chocos bem apuradinha, tal como eu gosto, é também um dos meus pratos favoritos, não só pelo prazer de o confeccionar mas também pelo belo prazer de o degustar.
Esta receita já é muito antiga; tem apenas uns toques muito à minha maneira e ao meu paladar.
Ingredientes:
- 1 kg de choquinhos miúdos
- 0,5 kg de feijão branco cozido
- 5 rodelas de chouriça de carne (boa qualidade)
- 1 cebola pequena
- 2 dentes de alho
- 1 tomate maduro sem pele
- bom azeite q.b.
- 1 raminho de salsa
- 1 folha de loureiro
- 1 copo de vinho branco
- 1 malagueta ou piripíri
- 1 colher de chá de colorau
- 1 pitada de pimenta branca
- sal q.b.
- água da cozedura do feijão (caso seja preciso)
Modo de preparar:
Coze-se o feijão numa panela com água, um dente de alho descascado esmagado e um fio de azeite.
Reserva-se a água da cozedura do feijão.
Cobre-se o fundo dum tacho com azeite, migam-se a cebola, os alhos, o tomate sem pele. Em seguida juntam-se os chocos e as rodelas de chouriça.Por cima, miga-se um raminho de salsa, junta-se a folha de loureiro, uma colher de chá de colorau, uma pitada de pimenta branca e uma malagueta.
Vai a lume brando até levantar fervura e em seguida envolve-se tudo muito bem com a colher de pau.
Quando os chocos estiverem meio cozidos, junta-se um copo de vinho branco maduro. Deixa-se de novo levantar fervura, sempre em lume brando até cozerem os chocos.
Quando estes (chocos) estiverem cozidos, junta-se o feijão branco cozido e tempera-se de sal envolvendo tudo muito bem com a colher de pau.
Se for preciso deite um pouco da água da fervura do feijão.
Deixa-se apurar e desliga-se o fogão. Repousa durante cinco a dez minutos e serve-se com arroz branco solto.
Para acompanhar, recomendo um vinho branco maduro preferencialmente leve e com uma temperatura de 12º a 17º graus.
ArtCar
. Como os poetas que cantam...
. Recordando... Inocentes s...
. A Poesia e a Alma do Poet...