Quinta-feira, 31 de Março de 2011

"Melro Madrugador"

(Ao renascer da Primavera, paira no ar a alegria de toda a natureza. Os melros

são aqueles que se sobressaiem mais, por causa dos seus trinados estriden-

tes e melodiosos. Os assobios e gemidos dos machos fazem-se ouvir a grandes

distâncias)

 

 

      "Melro madrugador"

 

Acordei a meio da madrugada e ouvi

ainda estremunhado!...

como quem fica encantado e senti ....

 

Levantei-me devagarinho e fui à janela

espreitei com curiosidade e de perto o vi ....

 

Encantei-me com aquela melodia tão bela

que até parecia chamar por mim.

 

À quanto tempo o não ouvia

numa manhã tão fria ....

 

Tão melodiosa entoada

extasiado e cheio de nostalgia ....

ficando minha alma encantada.

 

Era um melro negro de bico amarelo

gracioso e muito divertido!...

que por magia parecia tão belo

declamava um poema tão sentido.

 

Quem diria que tem tanto talento

para tão divertida canção ....

cantiga lançada ao vento

penetra no meu coração.

 

Ai o melro!... esse vadio

é negro e muito divertido....

como é generoso e amigo

interrompe a cantiga com um assobio....

naquela manhã de frio

soltando de vês em quando um gemido.

 

    ArtCar

 

 

Poema de minha autoria escrito em louvor do alegre melro.

 

publicado por Artur Cardoso às 22:34
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Sábado, 26 de Março de 2011

"Desejo ardente ao luar"

 

 

     Desejo ardente ao luar

 

 

 

Olhamos à noite o céu

a lua majestosa nos acaricia

com seu romântico luar,

ó... quanto desejo amor meu

desnudar teu corpo por magia

e cegamente poder-te amar.

 

 

Nossos lábios tocam-se levemente

e nasce um ardente desejo

põe nossos corações a palpitar,

é apenas um simples beijo

não tem mal é inocente

só tenho o desejo de te amar.

 

 

E deitados na areia da praia

lado a lado ofegantes

um arrepio evasivo por vezes,

transforma o desejo de dois amantes

numa alcofa de fina cambraia

ao fim de nove meses.

 

 

Agora o desejo e os beijos

já não são o mesmo de então .....

os beijos são repartidos,

o desejo é para os ensejos;

os beijos dão-se com o coração

e os amores são divididos.

 

   ArtCar

 

 

Poema de minha autoria, escrito com muito amor para todos os amantes que se desejam com o coração.

publicado por Artur Cardoso às 00:27
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Terça-feira, 22 de Março de 2011

"Torta de espargos selvagens"

Após alguma poesia e para não me tornar maçador, hoje trouxe um prato tradicional da minha terra. Uma torta de espargos selvagens ou do monte. Para se confecionar, bastam apenas espargos, azeite, sal e ovos. Poderá comer-se simples, ou para acompanhamento, o que a imaginação de cada um assim o quiser. Eu por exemplo: como sou um conservador tradicionalista de gastronomia regional portuguesa, posso dar como sugestão um acompanhamento de peixe ou carne.

- Peixe: solha fresca frita e salada de alface.

- Carne: entrecosto assado na brasa, chouriça ou alheira também assadas na brasa.

Em qualquer um dos pratos, não diz nada mal um arroz de cenoura.

Quero apenas salientar, para quem não conhece esta espécie de espargos; nascem espontaneamente nos montes. Rebentam frequentemente nas primeiras chuvas de cada estação do ano, sobretudo na primavera e no verão.

Para os apanhar, é preciso uma perícia especial, pois a ramagem é muito espinhosa, ainda mais espessa do que a das silvas. Os rebentos (espargos), nascem pelo meio o que dificulta a sua apanha.

 

                                     "Torta de espargos selvagens"

 

- 1 molho de espargos tenros selvagens

- 5 ovos

- bom azeite

- sal q.b.

 

Partem-se os espargos aos pedacinhos de três ou quatro centímetros e apenas se aproveitam as partes mais tenras. Lavam-se muito bem e colocam-se dentro de uma panela com água. Adiciona-se um dente de alho, um fio de bom azeite e sal a gosto.

Quando estiverem bem cozidos, escorrem-se e faz-se uma omeleta normal como uma outra qualquer.

 

    ArtCar

 

 

Recomendo vivamente mas com uma certa moderação, um bom vinho tinto regional do Douro.

publicado por Artur Cardoso às 19:48
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Segunda-feira, 21 de Março de 2011

"Gargalhada"

       (Hoje; é o "Dia Mundial da Poesia". Não quis deixar de o assinalar com uma

boa gargalhada alegre e franca. Com este meu pequeno contributo, quero aqui

agradecer ao Jornal Correio da Manhã, o favor de ter salientado o meu comentá

rio à notícia, Poesia portuguesa em modo stand-up)

 

 

 

Soltam risos e gargalhadas

os que têm sentido de humor

riem por tudo e de pequenos nadas

são felizes e não sentem pudor.

 

O que interessa o amanhã

se o que conta é só o presente

tanto dá ser de manhã

como à tarde, é indiferente.

 

Ser risonho é não chorar

por uma ou por outra razão

o que importa é animar

para bem do seu coração.

 

Dizem que rir faz muito bem

ao ego, à saúde e a tudo

pois, eu quero rir também

senão fico triste e sisudo.

 

As risadas são uma terapia

para os que não pensam em nada

não interessa a tristeza ou alegria

é preciso dar uma boa gargalhada.

 

    ArtCar

 

 

 

Poema de minha autoria, dedicado especialmente ao "Dia Mundial da Poesia".

 

 

publicado por Artur Cardoso às 05:35
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Domingo, 20 de Março de 2011

"Primavera"

       (Dia vinte e um de Março entra a primavera. Com o aparecimento da

        lua cheia perigeu, este ano chega mais bela e radiosa)

 

 

 

Radiosa, espontânea é ela

que alegria ao vela chegar

és tu ó primavera

bem vinda para ficar.

 

Duras pouco, pois então

é o teu ciclo de vida

teu sucessor é o verão

mas hoje, és bem recebida.

 

Trazes de volta a alegria

aos campos, à natureza

tudo enches de harmonia

com tua rara beleza.

 

O canto dos pássaros, as flores

o rebentar do arvoredo

repões com mil amores

à vida....

o que ela esconde em segredo.

 

És cúmplice dos namorados

afastas o frio invernal

à Páscoa trazes recados

ainda ontem foi natal.

 

Passas ligeira em comunhão

à triteza dás alegria

primavera do meu coração

és sempre bela, dia após dia.

 

   ArtCar

 

 

 

Poema de minha autoria, que dedico ao desabrochar desta tão linda estação do ano "Primavera".

 

 

 

publicado por Artur Cardoso às 22:07
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Quinta-feira, 17 de Março de 2011

"Dia do Pai"

 

Hoje o dia é só teu

é para ti este presente

Pai, tu és só meu

hoje vamos estar só tu e eu...

estou tão contente.

 

Sabe tão bem ouvir pronunciar

a palavra "Pai".... 

a quem se dá o ser

quanto mais amor se tem para dar

mais vontade se tem de viver.

 

Desde a nascença até à eternidade

todos os dias são dia do pai,

desde que aos filhos...

se dê amor de verdade

este....

é aquele que mais sobressai.

 

Ser pai....

é sentir dentro do peito

a força de uma justa razão

é dormir feliz em seu leito

e ter seus filhos no coração.

 

Desejo-te felicidades e alegria

por mim....

serás sempre lembrado

é tão lindo este dia

meu querido, meu amado.

 

    ArtCar

 

Poema de minha autoria, escrito com muito amor para todos os pais do mundo.

 

publicado por Artur Cardoso às 19:08
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Quarta-feira, 16 de Março de 2011

"A minha chata"

         (chata: -pequena embarcação de fundo chato e pequeno calado)

 

Sem querer ser maçador neste meu episódio, à cerca de quatro anos atrás aconteceu-me uma coisa inesperada. Este barquinho que se vê na imagem é de dimensões pequenas (dois metros e sessenta de comprimento por um metro e meio de largura) é o que me transporta para o meu barco de recreio de pesca desportiva que dá pelo nome ArtCar.

Esta pequena chatinha, faço-a mover através de um vai e vem com uma roldana e uma corda direta ao barco.

Uma tarde quente de verão, cheguei da pesca, entusiasmado com o pescado que trazia do mar e depois de tudo muito organizado, salto para a chata, mas, fui mal sucedido. Escorreguei e fui ao malagueiro, este termo (malagueiro), para quem não sabe, é usado quando se cai à água.

Sem colete, vestido e calçado em correntes fortes, não é muito fácil nadar. Mas, sorte a minha; agarrei-me ao meu barco.

Pedi socorro a um amigo e, ou por alguém que me ouvisse. Logo de imediato fui abeirado pela embarcação desse amigo, que dum salto se pôs no meu barco e um outro que num instante apareceu com uma chata igual à minha. Estava seguro. Depois de recuperar forças, pedi ao meu amigo que estava no meu barco, que me largasse e assim foi, nadei para a margem e aqui estou a narrar a história.

Quero aqui agradecer publicamente no meu blog, que estou grato por toda a minha vida a estes dois amigos, como também a outros que tentaram com o mesmo espírito, fazer o mesmo.

O meu muito obrigado.

 

 

           A minha chata

 

Vai e vem é a sua função

leva-me ao ArtCar quando quero

se para ela não tiver mão

vou ao malagueiro....

quando menos espero.

 

Digo isto por experiência

um dia já me aconteceu

caí à água, paciência

o prejuízo foi só meu.

 

Ouve alguém que me ouviu

apelar por emergência

de repente um amigo surgiu

e o resgate foi por excelência.

 

A esse amigo quero agradecer

não sei como, mas enfim

se semelhante lhe acontecer

pode bem alto chamar por mim.

 

Nestas coisas de navegar

cautela e caldos de galinha

sempre que vou para o ArtCar

seguro vou na minha chatinha.

 

ArtCar

 

 

Poema de minha autoria, que dedico a estes dois amigos e a todos os que também o são.

 

publicado por Artur Cardoso às 03:59
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