(Ao renascer da Primavera, paira no ar a alegria de toda a natureza. Os melros
são aqueles que se sobressaiem mais, por causa dos seus trinados estriden-
tes e melodiosos. Os assobios e gemidos dos machos fazem-se ouvir a grandes
distâncias)
"Melro madrugador"
Acordei a meio da madrugada e ouvi
ainda estremunhado!...
como quem fica encantado e senti ....
Levantei-me devagarinho e fui à janela
espreitei com curiosidade e de perto o vi ....
Encantei-me com aquela melodia tão bela
que até parecia chamar por mim.
À quanto tempo o não ouvia
numa manhã tão fria ....
Tão melodiosa entoada
extasiado e cheio de nostalgia ....
ficando minha alma encantada.
Era um melro negro de bico amarelo
gracioso e muito divertido!...
que por magia parecia tão belo
declamava um poema tão sentido.
Quem diria que tem tanto talento
para tão divertida canção ....
cantiga lançada ao vento
penetra no meu coração.
Ai o melro!... esse vadio
é negro e muito divertido....
como é generoso e amigo
interrompe a cantiga com um assobio....
naquela manhã de frio
soltando de vês em quando um gemido.
ArtCar
Poema de minha autoria escrito em louvor do alegre melro.
Desejo ardente ao luar
Olhamos à noite o céu
a lua majestosa nos acaricia
com seu romântico luar,
ó... quanto desejo amor meu
desnudar teu corpo por magia
e cegamente poder-te amar.
Nossos lábios tocam-se levemente
e nasce um ardente desejo
põe nossos corações a palpitar,
é apenas um simples beijo
não tem mal é inocente
só tenho o desejo de te amar.
E deitados na areia da praia
lado a lado ofegantes
um arrepio evasivo por vezes,
transforma o desejo de dois amantes
numa alcofa de fina cambraia
ao fim de nove meses.
Agora o desejo e os beijos
já não são o mesmo de então .....
os beijos são repartidos,
o desejo é para os ensejos;
os beijos dão-se com o coração
e os amores são divididos.
ArtCar
Poema de minha autoria, escrito com muito amor para todos os amantes que se desejam com o coração.
Após alguma poesia e para não me tornar maçador, hoje trouxe um prato tradicional da minha terra. Uma torta de espargos selvagens ou do monte. Para se confecionar, bastam apenas espargos, azeite, sal e ovos. Poderá comer-se simples, ou para acompanhamento, o que a imaginação de cada um assim o quiser. Eu por exemplo: como sou um conservador tradicionalista de gastronomia regional portuguesa, posso dar como sugestão um acompanhamento de peixe ou carne.
- Peixe: solha fresca frita e salada de alface.
- Carne: entrecosto assado na brasa, chouriça ou alheira também assadas na brasa.
Em qualquer um dos pratos, não diz nada mal um arroz de cenoura.
Quero apenas salientar, para quem não conhece esta espécie de espargos; nascem espontaneamente nos montes. Rebentam frequentemente nas primeiras chuvas de cada estação do ano, sobretudo na primavera e no verão.
Para os apanhar, é preciso uma perícia especial, pois a ramagem é muito espinhosa, ainda mais espessa do que a das silvas. Os rebentos (espargos), nascem pelo meio o que dificulta a sua apanha.
"Torta de espargos selvagens"
- 1 molho de espargos tenros selvagens
- 5 ovos
- bom azeite
- sal q.b.
Partem-se os espargos aos pedacinhos de três ou quatro centímetros e apenas se aproveitam as partes mais tenras. Lavam-se muito bem e colocam-se dentro de uma panela com água. Adiciona-se um dente de alho, um fio de bom azeite e sal a gosto.
Quando estiverem bem cozidos, escorrem-se e faz-se uma omeleta normal como uma outra qualquer.
ArtCar
Recomendo vivamente mas com uma certa moderação, um bom vinho tinto regional do Douro.
(Hoje; é o "Dia Mundial da Poesia". Não quis deixar de o assinalar com uma
boa gargalhada alegre e franca. Com este meu pequeno contributo, quero aqui
agradecer ao Jornal Correio da Manhã, o favor de ter salientado o meu comentá
rio à notícia, Poesia portuguesa em modo stand-up)
Soltam risos e gargalhadas
os que têm sentido de humor
riem por tudo e de pequenos nadas
são felizes e não sentem pudor.
O que interessa o amanhã
se o que conta é só o presente
tanto dá ser de manhã
como à tarde, é indiferente.
Ser risonho é não chorar
por uma ou por outra razão
o que importa é animar
para bem do seu coração.
Dizem que rir faz muito bem
ao ego, à saúde e a tudo
pois, eu quero rir também
senão fico triste e sisudo.
As risadas são uma terapia
para os que não pensam em nada
não interessa a tristeza ou alegria
é preciso dar uma boa gargalhada.
ArtCar
Poema de minha autoria, dedicado especialmente ao "Dia Mundial da Poesia".
(Dia vinte e um de Março entra a primavera. Com o aparecimento da
lua cheia perigeu, este ano chega mais bela e radiosa)
Radiosa, espontânea é ela
que alegria ao vela chegar
és tu ó primavera
bem vinda para ficar.
Duras pouco, pois então
é o teu ciclo de vida
teu sucessor é o verão
mas hoje, és bem recebida.
Trazes de volta a alegria
aos campos, à natureza
tudo enches de harmonia
com tua rara beleza.
O canto dos pássaros, as flores
o rebentar do arvoredo
repões com mil amores
à vida....
o que ela esconde em segredo.
És cúmplice dos namorados
afastas o frio invernal
à Páscoa trazes recados
ainda ontem foi natal.
Passas ligeira em comunhão
à triteza dás alegria
primavera do meu coração
és sempre bela, dia após dia.
ArtCar
Poema de minha autoria, que dedico ao desabrochar desta tão linda estação do ano "Primavera".
Hoje o dia é só teu
é para ti este presente
Pai, tu és só meu
hoje vamos estar só tu e eu...
estou tão contente.
Sabe tão bem ouvir pronunciar
a palavra "Pai"....
a quem se dá o ser
quanto mais amor se tem para dar
mais vontade se tem de viver.
Desde a nascença até à eternidade
todos os dias são dia do pai,
desde que aos filhos...
se dê amor de verdade
este....
é aquele que mais sobressai.
Ser pai....
é sentir dentro do peito
a força de uma justa razão
é dormir feliz em seu leito
e ter seus filhos no coração.
Desejo-te felicidades e alegria
por mim....
serás sempre lembrado
é tão lindo este dia
meu querido, meu amado.
ArtCar
Poema de minha autoria, escrito com muito amor para todos os pais do mundo.
(chata: -pequena embarcação de fundo chato e pequeno calado)
Sem querer ser maçador neste meu episódio, à cerca de quatro anos atrás aconteceu-me uma coisa inesperada. Este barquinho que se vê na imagem é de dimensões pequenas (dois metros e sessenta de comprimento por um metro e meio de largura) é o que me transporta para o meu barco de recreio de pesca desportiva que dá pelo nome ArtCar.
Esta pequena chatinha, faço-a mover através de um vai e vem com uma roldana e uma corda direta ao barco.
Uma tarde quente de verão, cheguei da pesca, entusiasmado com o pescado que trazia do mar e depois de tudo muito organizado, salto para a chata, mas, fui mal sucedido. Escorreguei e fui ao malagueiro, este termo (malagueiro), para quem não sabe, é usado quando se cai à água.
Sem colete, vestido e calçado em correntes fortes, não é muito fácil nadar. Mas, sorte a minha; agarrei-me ao meu barco.
Pedi socorro a um amigo e, ou por alguém que me ouvisse. Logo de imediato fui abeirado pela embarcação desse amigo, que dum salto se pôs no meu barco e um outro que num instante apareceu com uma chata igual à minha. Estava seguro. Depois de recuperar forças, pedi ao meu amigo que estava no meu barco, que me largasse e assim foi, nadei para a margem e aqui estou a narrar a história.
Quero aqui agradecer publicamente no meu blog, que estou grato por toda a minha vida a estes dois amigos, como também a outros que tentaram com o mesmo espírito, fazer o mesmo.
O meu muito obrigado.
A minha chata
Vai e vem é a sua função
leva-me ao ArtCar quando quero
se para ela não tiver mão
vou ao malagueiro....
quando menos espero.
Digo isto por experiência
um dia já me aconteceu
caí à água, paciência
o prejuízo foi só meu.
Ouve alguém que me ouviu
apelar por emergência
de repente um amigo surgiu
e o resgate foi por excelência.
A esse amigo quero agradecer
não sei como, mas enfim
se semelhante lhe acontecer
pode bem alto chamar por mim.
Nestas coisas de navegar
cautela e caldos de galinha
sempre que vou para o ArtCar
seguro vou na minha chatinha.
ArtCar
Poema de minha autoria, que dedico a estes dois amigos e a todos os que também o são.
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