Sábado, 30 de Abril de 2011

"Mãe"

(dia 1 de Maio, dia da mais linda mulher que nos deu o ser).

O que mais se poderá dizer sobre aquela que com amor nos deu o ser? tudo. Já está tudo dito ao longo dos séculos; desde os grandes poetas clássicos, pensadores, até ao mais humilde mortal.

Mãe é vida é amor.

Nunca é demais falar sobre a mais pura mulher que manifesta vida.

Em minha modesta opinião, quanto mais se pronuncia a palavra Mãe, mais se realça e mais se relembra a cada instante.

 

 

 

          "Mãe"

 

 

Mãe, é doçura

transporta desde o ventre

aos filhos a quem dá,

meiguice, ternura

amor permanente

outro igual não há.

 

Feliz de quem tem

tão grande amor

único e terno,

só o amor de mãe

na certeza porém

é eterno.

 

Mãe, é sentir no coração

o aconchego de seus filhos

a preocupação de os amar,

viver uma intensa paixão

e por eles,

a sua vida dar.

 

     ArtCar

 

(poema de minha autoria pensado e escrito com todo o amor, para todas as mães do mundo)

 

 

 

publicado por Artur Cardoso às 21:42
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"O trabalho do poeta"

                              (Dia 1 de Maio, dia do trabalhador)

 

 

 

          "O Trabalho do Poeta"

 

 

Vacilam as forças do meu coração

parece que bate mais devagar

passa desenfreada a mocidade,

tenho as ideias num turbilhão

lentamente vai-se apagar

a luz cintilante da idade.

 

Ficam para trás páginas viradas

dum livro já acabado

escrito de casos e memórias,

são como pétalas desmaiadas

coloridas dum passado

que lembram certas histórias.

 

Não julguem o sonho do poeta

pela ideia ou pela escrita

ou apenas pela moral,

uma coisa é bem certa

ao expor-se também arrisca

sua reputação e ideal.

 

Julgar só por divindade

do trabalho o que escreve

depende do seu bom tom,

a apreciação da humanidade

da escrita só o que lhe serve

porque escrever é um dom.

 

    ArtCar

 

 

(poema de minha autoria, que dedico a todos os trabalhadores do mundo)

 

 

 

publicado por Artur Cardoso às 21:16
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Quarta-feira, 27 de Abril de 2011

"O meu paraíso"

(É neste banco do meu jardim que escrevo grande parte dos meus poemas, sobretudo na primavera e verão em geral ao cair da tarde, depois de regar as árvores, as flores, os morangos e o cultivo de cozinha)

 

           

            "O meu paraíso"

 

Sentado no banco do meu jardim

inalo o perfume das rosas

entre cravos e manjericão,

com amor plantadas por mim

de coloridas pétalas viçosas

cuidadas pela minha mão.

 

O meu cão deitado a meu lado

atento a movimentos estranhos

meu dedicado e fiel companheiro,

com seu faro bem apurado

olhos vivaços castanhos

e feliz, meu amigo verdadeiro.

 

É um quadro enternecedor

este recanto harmonioso

do limoeiro às laranjeiras,

meu paraíso de sonhador

canta um pássaro melodioso

entre os ramos das videiras.

 

Busca o melro entre a sementeira

larvas, insetos para seus filhos

uma abelha no polém dum narciso,

canta o cerzino na palmeira

cuidam bem dos seus ninhos

deste meu paraíso.

 

   ArtCar

 

 

Poema de minha autoria, que escrevo e dedico a todos os que amam a natureza.

publicado por Artur Cardoso às 20:23
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Sábado, 23 de Abril de 2011

"Folar da Páscoa"

 

A Páscoa sem folar, para mim não é Páscoa.

O almoço de domingo de Páscoa em minha casa, consta essencialmente no borrego assado nas brasas, bem como o folar que se vê na imagem. Poderá dar-se outras formas como por exemplo: redondo, quadrado, ovalizado ect... em tabuleiro de alumínio, ferro, barro, consoante a imaginação de cada um. O que é necessário é não faltar com os ingredientes especialmente caseiros.

Este é à moda de Trás-os-Montes, como aprendi com a minha mãe.

As guloseimas, são as tradicionais da mesma região, preparadas e confecionadas em casa.

Na segunda feira de Páscoa, comem-se as iguarias sobrantes que são generosamente em abundância, tanto na qualidade como na quantidade. É Páscoa; é uma quadra propícia a abusos gastronómicos. São degustadas com o mesmo prazer e preferencialmente ao ar livre com a família. Eu porém tenho a sorte de ter um jardim de cozinha, pois não preciso de sair de casa. Caso não tenha jardim, é muito fácil, procure um parque de merendas e delicie-se. Sabe tão bem estar em companhia da família e amigos. Se chover, o remédio é ficar em casa e almoçar como o habitual.

Quero apenas salientar que este folar deverá ser acompanhado com um bom vinho tinto maduro servido à temperatura ambiente.

 

       

     "Folar"

 

 

Ingredientes:

 

- 1 kg de farinha trigo

- 12 ovos

- 100 grs de fermento de padeiro

- 1/4 de azeite de muito boa qualidade

- 250 grs de vaqueiro

- sal q.b. (atenção que as carnes já têm sal)

- 1 chouriça caseira

- 1 salpicão caseiro

- 2 ou 3 fêveras de porco

- 1 bocado de presunto de boa qualidade

 

 

Modo de preparar:

 

Num alguidar de esmalte batem-se os ovos muito bem. Em seguida junta-se a farinha envolvendo tudo com a colher de pau. Bater até ficar muito bem misturado.

Derrete-se a manteiga num copo de alumínio, em seguida desfaz-se o fermento com um pouco de leite muito quente e junta-se à massa. Junta-se também o azeite morno e deita-se o sal batendo de novo até envolver tudo muito bem, obtendo uma massa homogénea.

Deixa-se levedar a massa no alguidar embrulhando-o com um pano próprio de lã, durante duas ou três horas em temperatura de pelo menos 20º. Se não tiver um pano de lã próprio para esse efeito, tape o alguidar com uma toalha e cubra-o com um cobertor.

O tabuleiro é untado com um pouco de vaqueiro e polvilhado com farinha que se sacode em seguida.

Após a massa ter levedado, coloca-se metade no tabuleiro e distribuem-se as carnes cortadas. Por cima destas (enchidos às rodelas, presunto e fêveras às tiras), cobrem-se tapando-as muito bem com o resto da massa. Alisasse e coloca-se um ovo cru no meio, por cima. Bate-se a gema de um ovo e pincela-se toda a superfície.

Vai ao forno à temperatura de 175º e coze durante meia hora aproximadamente.

 

   ArtCar

publicado por Artur Cardoso às 23:14
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Quinta-feira, 21 de Abril de 2011

"Páscoa"

                                     22 de Abril, é o dia mundial da terra

                                            (A água é a fonte da vida)

 

Hoje, o dia é triste e de muita reflexão sobretudo para quem é crente e esteja ligado à igreja católica. Sexta-feira Santa, é o dia da morte de Jesus Cristo. Aquele que foi crucificado, dando a sua vida por nós!... para a nossa salvação.

O seu sofrimento e sua dor que suportou até ao último segundo, transmitiu-nos o quanto Ele nos amou.

Será que a humanidade não saberá reconhecer tal ato de paixão?

Porquê guerrear-se em constantes lutas e combates, de raivas e ódios, fazendo pagar severamente os inocentes que de nada têm culpa.

Os grandes senhores da terra em vez de gastarem tanto dinheiro em armamentos e coisas tão desnecessárias, porque não dividi-lo por aqueles que mais necessitam aliviando os seus sofrimentos e matando-lhes a fome.

O querer estaria em suas mãos, visto que Deus deixou o seu testemunho, bem como valores espirituais para que a humanidade concentrasse os seus olhares em seu Filho crucificado na cruz, dando-O como exemplo para a nossa salvação.

 

                       

                  Páscoa

 

Vamos todos dar as mãos

em nome de Jesus crucificado

nesta quadra Pascal,

sejamos todos como irmãos

renegando a raiva e o pecado

e repudiar todo o mal.

 

Páscoa é vida, é amor

ajudar quem necessita

praticar uma boa ação,

a Jesus em seu louvor

uma migalha bendita

dada com o coração.

 

Aos que têm não faz falta

as iguarias da sua mesa

se as repartirem pelos pobres,

numa refeição lauta

dar umas migalhas de certeza

que são sentimentos nobres.

 

Se assim procedermos

veremos a vida prosperar

e sentir os nossos corações sãos,

dividirmos o que comemos

é uma maneira de amar

aqueles que são nossos irmãos.

 

Unidos em reflexão

nesta linda quadra Pascal

juntos iremos rezar,

com amor, em comunhão

boa Páscoa quero desejar

a todos em especial.

 

    ArtCar

 

(Poema de minha autoria que dedico com muito amor, desejando uma Santa e Feliz Páscoa para todos. Sobretudo aqueles que tenham os seus corações abertos para ajudarem os que mais precisarem) 

publicado por Artur Cardoso às 23:59
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Domingo, 10 de Abril de 2011

"Generosa sopa de Páscoa"

                      "Generosa sopa de Páscoa"

 

 

Estávamos nós no ano de mil novecentos e setenta e dois, quando eu servia o Exército Português em Angola, cidade de Nova Lisboa, enquanto tirava a especialidade de transmissões de engenharia. Abeirava-se a quadra da Páscoa e eu não tinha ninguém com quem ir consoar. Era uma cidade para mim desconhecida, sem família e sem amigos, resolvi que a melhor ideia seria consoar dentro do quartel, como tantos outros meus camaradas.

           

Habituado no aconchego do lar em casa dos meus pais em Portugal (Metrópole) como assim era chamada na altura. Pois, lá estava eu naquelas terras longínquas de além mar.

           

Que triste eu andava naqueles dias ao pensar na minha família e amigos.

 

Finalmente chegou o dia de Páscoa, estava na parada do quartel a pensar nos meus queridos pais e amigos.

           

Ao cair da noite, ainda me invadiu mais a tristeza; mas que profunda saudade. Sozinho, sentei-me num degrau de umas escadas de pedra e ali permaneci algum tempo agarrado à minha solidão.

           

Nunca tal coisa me tinha acontecido na minha vida.

 

No entanto, um camarada meu que tinha acabado o seu turno de serviço e ia consoar com a sua família, abeirou-se de mim e com toda a sua simplicidade perguntou-me o que ali estava eu a fazer. Penso nos meus pais que estão muito longe e não posso consoar com eles, respondi-lhe eu. Ele, porém, de coração aberto e generosamente perguntou-me se queria ir consoar com ele e seus pais, lá em casa. À partida, foi-me avisando que os seus pais eram muito pobrezinhos e sem o mínimo de recursos financeiros.

 

Eu,  que estava naquele momento emocionalmente muito fragilizado; agradecido e sem preconceito algum, resolvi aceitar o seu convite.

           

Dum pulo fui à caserna trocar de roupa, vesti-me à civil e imediatamente nós os dois, transpusemos as portas de armas do quartel.

           

Pelo caminho, pedi ao meu amigo (digo amigo) porque a partir daquele momento já era um dos meus amigos. Que me esperasse um pouco.

 

Estávamos em frente de uma confeitaria. Entrei, comprei um bolo familiar da Páscoa e uma garrafa de vinho espumante muito fresco e seguidamente prosseguimos o caminho rumo à sua morada.

           

Era na realidade uma casa muito pobre, o que mais se assemelhava a um abrigo para animais.

           

Em frente à sua porta apareceram seus pais, duas figuras com um certo ar de tristeza e marcadas pela vida.

 

Eram realmente duas figuras de rugas bem vincadas, que se via nitidamente que eram provocadas pelas agruras da vida.

 

Pois, fui tão bem recebido por eles que nem sequer sabiam o que me haviam de fazer, pedindo-me repetidamente desculpa pela pobreza que os invadia.

 

Entramos. Num dos compartimentos de fronte à porta de entrada da rua, num canto, estava uma fogueira a crepitar. Ao centro, uma mesa tosca com quatro cadeiras muito coçadas pelo seu uso, comportava uma toalha lavada e três pratos expostos para a ceia da família. Num instantinho logo apareceu mais um prato, um copo e seu devido talher sobre a mesa. Sentamo-nos os três homens, menos a senhora dona da casa. As perguntas eram de uma tal naturalidade e simplicidade, que a conversa era mais do ceio familiar do que propriamente direccionada a um estranho.

 

A senhora no entanto, vai à panela que estava ao lume e meteu-me entre as mãos uma tigela de sopa fumegante de um aroma e paladar impares.

 

Ainda hoje guardo o paladar daquela sopa que me foi oferecida com tanto carinho e amor. Por fim serviu-nos o segundo prato a todos, incluindo-se a si própria. Constava de batatas guisadas com um pedacinho de cabrito. Eu, digo um pedacinho de cabrito porque era na realidade um pedacinho, mas que para mim, naquele momento era a ceia mais abastada e divinal que algum dia pude ter saboreado em toda a minha vida.

Não pude conter as lágrimas e jurei a mim mesmo que um daqueles dias, iria ter com eles levando-lhes um presente como recompensa.

 

Assim foi.

 

Nunca esquecerei aquela generosa família, tão simples, mas com um coração do tamanho do mundo.

 

Também nunca contei a ninguém esta lindíssima história, que tão religiosamente eu guardei ao longo destes anos todos.

 

Verídica, cheia de uma rara sensibilidade e de um amor tão profundo pelo próximo, não resisti em partilha-la com todos aqueles que quiserem fazer o favor de a ler.

           

        ArtCar

 

 

 

publicado por Artur Cardoso às 18:54
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Quinta-feira, 7 de Abril de 2011

"Dia Mundial da Saúde"

 

                           Hoje, 7 de Abril é o "Dia Mundial da Saúde"

 

Há tantas coisas que causam efeitos maléficos, que se fosse a enumera-las talvez até me tornasse maçador.

Por exemplo o tabaco, é um dos produtos que mais contribui para a debilidade da saúde do ser humano.

Com estas minhas humildes palavras, sem querer apontar o dedo a quem quer que seja, quero apenas salientar o dia com este meu poema.

 

       "Dia Mundial da Saúde"

 

 

Num dia fumo um maço de cigarros

dá-me náuseas, faz-me tossir

fico a arfar, provoca-me escarros

não consigo dormir.

 

Cansado quando me deito

dou voltas e voltas sem parar

sinto dores no peito

que não me deixam descansar.

 

Levanto-me mal disposto

mal encarado, resmungão

pareço um vivo morto

com apertos no coração.

 

Que culpa têm os outros

inalarem o fumo sem querer

destruir os pulmões aos poucos

sem parar até morrer.

 

Vou deixar de fumar

e vou cumprir a promessa

se mais tempo quero durar

tenho que parar depressa.

 

Que a minha ideia não mude

se não ficar em estado febril

é Dia Mundial da Saúde

hoje, sete de Abril.

 

   ArtCar

 

Poema de minha autoria que dedico a todos os não fumadores e aos corajosos que deixem de fumar.

publicado por Artur Cardoso às 00:35
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