Segunda-feira, 27 de Junho de 2011

"A morte do velho professor"

 

Reza a velha lenda que os animais necrófagos quando rondam por perto dos seres humanos, sobretudo em estado moribundo, é morte pela certa.

Diz-se das aves de mau agoiro, como por exemplo: as corujas, os abutres, os corvos, etc.., são animais que se alimentam geralmente de carne em decomposição.

Antigamente nos meios rurais; e não só, quando estas aves apareciam aos pares a voar em círculos sobre uma casa, ou piando constantemente pela sua passagem, significava que um elemento da família iria morrer.

São velhas histórias contadas pelos nossos antepassados em forma de espíritos, que nos levavam a crer que era única e simplesmente uma realidade.

Talvêz seja verdade. Esse assunto deixo-o para quem sabe e estuda essa matéria.

 

 

  "A morte do velho professor"

 

 

Vai-se o sol ao entardecer

e a noite cai sorrateira

silenciosa e sem o brilho da lua,

uma visão faz-me surpreender

é uma ave passageira

que agoira na minha rua.

 

É ela a mensageira da morte

de alguém que está a agonizar

diz um velho sábio e astuto,

ou é da velhice ou da má sorte

narra uma lenda popular

ave agoirenta à noite; trás luto.

 

São aves nocturnas enfadonhas

que batem asas e executam rufos

além dos misteriosos abutres,

anunciam notícias medonhas

mochos, corujas e também bufos

bem como feiticeiros futres.

 

O dia nasce pela madrugada

ouve-se alguém a comentar

coitado do meu velho amigo,

aquela vós triste e magoada

olhos rasos de água a chorar

diz; morreu sereno e tranquilo.

 

Era então o velho professor

que dava aulas no liceu

homem honesto e cumpridoiro,

deixa saudades de dor

aquele que esta noite morreu

escolhido pelas aves de mau agoiro.

 

Piam infelizes lá na igreja

as corujas de mau presságio

a morte ronda por perto,

o feitiço do mal da inveja

que o homem põe como adágio

e Deus dispõe o que está certo.

 

   ArtCar

 

 

(Poema de minha autoria escrito em memória do sr. professor)

 

publicado por Artur Cardoso às 23:48
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Sábado, 25 de Junho de 2011

"Rosa branca perfumada"

 

Esta roseira do meu jardim embeleza e dá vida ao canteiro aonde está plantada por mim. Não é só o seu belo aspecto mas também o seu perfume que exala um finíssimo aroma inconfundível.

Não me canso de a observar; também pela sua agradável frescura.

Inspiro o seu aroma misturado com o ar fresco da manhã, que me enche o coração de alegria e a alma do mais puro prazer em êxtase.

Rosas brancas são o símbolo da pureza e da inocência. Também estão ligadas ao amor e felicidade para sempre.

Oferecem-se rosas brancas às pessoas doentes para lhes desejar rápidas melhoras e que se espera brevemente a sua companhia.

 

 

 "Rosa branca e perfumada"

 

 

Rosa branca divina do amor

pela cor e sua natureza

é símbolo da inocência,

para a noiva é pura flor

ao doente alivia a tristeza

pelo bem da sua existência.

 

Para cada rosa escrevo um verso

com lindas palavras de amor

tal como afago o teu rosto,

é a mais pura flor do universo

por causa da sua cor

é dela que eu mais gosto.

 

Branca significa imaculada

tão pura como a branca neve

que cai com leveza do firmamento,

rosa branca e perfumada

oferecesse a quem se deve

com dedicação e sentimento.

 

   ArtCar

 

(Este meu poema de minha autoria é um hino ao amor e um desejo saudável a quem sofre)

publicado por Artur Cardoso às 10:22
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Quarta-feira, 22 de Junho de 2011

"S. João ó meu tripeiro"

                     (Dia 24 de Junho, dia de S. João - Cidade do Porto)

 

Nossa Senhora da Vândoma é a padroeira principal da Cidade do Porto.

Das armas da cidade faz parte a sua imagem.

O S. João é o S. João .... está tudo dito.

É a festa popular mais original do mundo.

Atendendo ao seu grande fluxo de gente vinda de todos os lados, as ruas enchem-se de alegria à mistura de brejeirices, martelinhos, alhos-porros e toda uma panóplia de diversões.

É uma noite em que ninguém dorme nesta cidade; ninguém leva ninguém a mal. Tudo é divertimento e alegria até ao romper do novo dia.

Não quero deixar de contribuir com a minha humilde fasquia, postando neste meu blog umas quadras um pouco brejeiras tal a noitada assim o pede.

 

 

   "S. João ó meu tripeiro"

 

 

S. João ó meu tripeiro

andas de mim afastado

és Santo rapioqueiro

vê se me arranjas namorado.

 

À noite vou p'ra desordem

atrás d'algum rufia

quero arranjar um homem

senão fico p'ra tia.

 

Então vê lá ó S. João

não me deixes deprimente

nem que seja um cagão

como os de antigamente.

 

Enfim, ficarei descontente

eram sebentos e aos molhos

agora cagam-te à frente

por trás não têm olhos.

 

Mas já agora ó S. João

a brincar quero um amor

não me digas que não

a escolha é um doutor.

 

Se me arranjares esse doutor

sozinha já não fico

prometo pôr-te no andor

um manjerico e um penico.

 

  ArtCar

 

(Versos de minha autoria embora um pouco brejeiros, dedico-os à noitada de S. João para toda a gente na cidade do Porto)

 

 

publicado por Artur Cardoso às 20:54
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Terça-feira, 21 de Junho de 2011

"O mal dos meus pecados"

 

                      "O mal dos meus pecados"

 

 

 

 

Deito-me contigo no pensamento

amo-te com ânsia e paixão

que alimenta este coração destroçado,

sem ti o amor é um tormento

violentado e sofrido sem perdão

acordo num lamento desatinado.

 

 

Porque te amo tanto assim

não te sei explicar esta loucura

só sei que daria a minha vida por ti,

és a mais pura deusa para mim

quiçá, por tal beleza e formosura

ou pela flor mais bela que já conheci.

 

 

Amar-te tanto assim ainda é pouco

por tal dever ou gratidão

desejo-te em férteis marés,

é a paixão deste pobre louco

que te tem presente no coração

e ajoelha humilde a teus pés.

 

 

Para o mal dos meus pecados

a angústia avassala-me ardente

com paixão e ansiedade,

só por maldade me serão recusados

os desejos de alguém que não mente

e te quer com amor e humildade.

 

    ArtCar

 

 

(Poema de minha autoria que dedico com paixão à deusa dos meus sonhos)

publicado por Artur Cardoso às 21:58
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Segunda-feira, 13 de Junho de 2011

"Um poema ao luar"

                                                   (Lua cheia)

 

 

       "Um poema ao luar"

 

 

Hoje a noite está iluminada

e os meus dedos trémulos porém

escrevem um vago poema sem jeito,

penso em ti, não sei nada

ao meu redor o luar também

acompanha o vazio do meu peito.

 

Está muito distante o meu sentido

falta-me inspiração

faz-me companhia a majestosa lua,

só apenas penso no que é proibido

confunde e baralha-me a imaginação

que fere minha alma nua.

 

Tenho um nó na garganta

quero escrever-te um poema

mas só me saem palavras dispersas,

a minha vontade é tanta

neste terrível dilema

não sei escrevê-las certas.

 

E a lua continua a subir

entre as estrelas emudecida

que afasta os sonhos meus,

amanhã vou-lhe pedir

que me traga a essência da vida

também os encantos seus.

 

Desisto, não sei escrever mais

és a deusa dos meus amores

nesta noite distante e vazia,

e tu majestosa lua para onde vais

leva-me contigo para onde fores

a sonhar até ser dia.

 

 

         ArtCar

 

(Poema de minha autoria, dedicado à deusa dos meus amores)

 

 

publicado por Artur Cardoso às 02:55
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Quarta-feira, 8 de Junho de 2011

"Humildade"

                       (A humildade do melhor amigo do homem)

 

A vaidade é um dos principais factores para a desumanização.

Era tempo em que o ser humano primava por ser humilde. A humildade está ligada aos vários princípios que se foram perdendo ao longo dos tempos.

Aqueles que foram educados sob a protecção dos seus pais com princípios ancestrais, esses pela vida fora seguem as mesmas bases transmitidas por eles.

Os apertos que a vida nos causa e por quem não sabe distinguir o trigo do joio, fazem-nos por vezes tomar atitudes menos racionais para nossa própria defesa e dos nossos interesses, causando males a terceiros, não medindo consequências.

Assim, a vaidade e a luxúria andam de mãos dadas; é na realidade o mal de muita gente. Até talvêz possam na vida atingir os seus objectivos usando destas duas particularidades, embora seja pouco duradoura a sua existência.

A seguir vem a parte negativa, ou seja, o reverso da medalha.

A justiça divina cai-lhes com a sua mão pesada sobre os que se julgam seres superiores. Não à seres superiores entre a humanidade; há sim seres mais inteligentes e seres mais bem sucedidos do que outros, o que não lhes dá o direito de serem diferentes. Somos todos iguais. Mormente na nascença e na morte.

Neste meu poema, quero apenas dizer bem alto, que a humildade é; e sempre será aquela que prevalece, tanto no ceio humanitário como no reino divino.

 

 

               "Humildade"

 

 

Ser humilde é ser benevolente

entre aqueles que nos consideram

dando-lhes a nossa mão,

é um gesto carinhoso e inteligente

para aqueles que nos amparam

e nos tratam com o coração.

 

Dá liberdade ao teu coração

e vive bem contigo próprio

verás o mundo sorrir,

toma sempre em consideração

nunca sejas impróprio

para quem te deseja ouvir.

 

Segue a doutrina da humildade

enfrenta os carrascos da incompreensão

ergue em frente o teu semblante,

preserva os primórdios da humanidade

trata os outros com devoção

e o teu mundo será mais brilhante.

 

    ArtCar

 

 

(Poema de minha autoria que dedico a todas as pessoas humildes).

 

publicado por Artur Cardoso às 05:13
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Terça-feira, 7 de Junho de 2011

"Encontro inesperado"

(Um pequeno arranjo de rosas brancas, botões das mesmas rosas e um cravo)

 

Certo casal viveu descontente e infeliz durante anos a fio, assim quis o destino. Tiveram filhos de ambos os lados. Um dia entraram em rotura total no amor. Para me fazer entender melhor, resolvi trocar a imagem desses dois amantes infelizes pelas flores; em termos figurativos, como se deve calcular. 

 

 

    "Encontro inesperado"

 

 

Senta-te aqui a meu lado

juntos, vamos tentar recordar

coisas lindas de namorados,

lembranças do nosso passado

que nunca se irão apagar

nos destinos por nós traçados.

 

Fizemos nossos trajectos impiedosos

marcados pelos nossos caminhos

que tanto nos fizeram sofrer,

são espinhos dolorosos

que feriram os nossos destinos

nunca mais te quero perder.

 

Lembras-te do nosso primeiro beijo

debaixo da nossa laranjeira

ficamos cegos de paixão,

e aquele tímido gracejo

coraste de tal maneira

foi impulso do meu coração.

 

E a primeira vez que nos abraçamos

os nossos corações bateram forte

ficamos envergonhados por penitência,

nós, que tanto nos amamos

para onde fui, para onde foste

separados desde a adolescência.

 

    ArtCar

 

 

( Poema de minha autoria que escrevi com muito carinho, baseado neste jovem casal de profundas marcas e amarguras do amor, que os traiu desde a sua adolescência).

 

 

publicado por Artur Cardoso às 20:40
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