"Segredos do mar"
São tantos, tantos e tantos segredos
que a imensidão do mar esconde
entre ilusão, feitiços, amores e medos,
se alguém lhe perguntar, ele não responde.
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São tantos como de litros de água tem
contá-los é verdadeiramente impossível
tanta gente a segredar o mal e o bem
coisas míticas do incrível.
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Um velhinho perguntou-me um dia
quantos litros tem o mar
eu disse-lhe que não sabia
respondeu, tantos como segredos para contar.
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Nos livros!.. só se aprende lendo
com os mais velhos aprendesse também
vamos vivendo e aprendendo
com a sabedoria de alguém.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao mar e seus segredos)
(Foto tirada do Blog: tesouraefarrapos.blogs.sapo.pt)
"Boneca de trapos"
Sou de trapos simplesmente
fofinha e engraçada
ando nas mãos de toda a gente
e por todos cobiçada.
Trapos usados e velhos
são chamados de banais
amarelos, verdes, vermelhos
fazem-se bonecas originais.
Eu porém sou uma delas
dos velhos trapos com pó
tenho tranças amarelas
feitas pela minha avó.
Tenho orgulho de ser quem sou
duma velha saia rasgada
são tantas as voltas que dou
antes de ser boneca acabada.
Cá em casa todos me querem
a avó, a mãe, a mana no bercinho
contentes e felizes por me terem
todos me tratam com carinho.
ArtCar
(Versos de minha autoria inspirados na boneca de trapos, feita pacientemente pela minha mulher).
(Garrano Selvagem)
Possante cavalo garrano
que nasceste em serrania agreste
em liberdade na Peneda Gerês,
pequeno mas forte serrano
em tempos com tudo pudeste
em certas tarefas como um bom português.
Pequeno de semelhanças nórdicas
desconhecida ligação ancestral
ainda serves em passeios campestres,
devido às tuas raízes históricas
útil no turismo rural
mas sem nome no desporto equestre.
Se calhar é por engano
que vives livre em Portugal
por causa de raças de progresso,
como por exemplo o lusitano
de prestígio internacional
cá no norte o garrano faz sucesso.
Comes os pastos verdes das serranias
bebes a água livre das fontes
galopas em estilos selvagens,
feliz com tuas manias
embora não o demonstres
és a alegria das paisagens.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico a todos os garranos em estado livre).
(Uma rosa branca é como uma mulher que se ama e deseja)
"Trinta e cinco anos volvidos"
Casado à trinta e cinco anos
sempre com a mesma mulher
faria o mesmo se o tempo retrocedesse,
nunca fui homem de enganos
a Deus agradeço por a escolher
como se neste momento a conhecesse.
Somos amigos e dedicados
levamos a vida a lutar
com ela de mão sempre dada,
quantos espinhos cravados
nos nossos corações a magoar
mas sempre de cara levantada.
Nada devemos nada tememos
um e outro vivemos em comunhão
sempre juntinhos a sós,
negamos aquilo que não queremos
amamos com o coração
tudo de bom que há entre nós.
Trinta e cinco felizes anos
trinta e cinco alegres primaveras
sempre em lutas constantes,
entre enganos e desenganos
numa vida difícil deveras
mas sempre amigos e amantes.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com muito amor à mulher da minha vida)
Cais das Palmeiras: este recanto paradisíaco entre a barra do rio Douro e o (ISN) Instituto de Socorros a Náufragos, em outros tempos foi o meu pesqueiro favorito. Continua a ser frequentado pelos amantes da pesca desportiva pelo simples facto de ser cómodo e aprazível.
"Meu poiso de eleição"
Palmeiras grande pesqueiro
à trinta anos ou mais
meu poiso de eleição,
antes de ser marinheiro
meu querido e velho cais
ainda te tenho no coração.
Fiz convívio e amizade
nesse cantinho da natureza
que ainda hoje preservo,
os anos passam com a idade
passa a frescura e a beleza
fica o espírito que conservo.
Pesca e convívio é salutar
desde o entardecer
ao nascer da lua,
quantos gracejos a brincar
com nostalgia a reviver
porque a vida continua.
Tenho saudades é certo
outros sítios procurei
em busca de novo desafio,
estou de ti sempre perto
meu cais aonde pesquei
longos anos a fio.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado a todos os pescadores desportivos).
(Cookie e Noddy)
São puros labradores
mãe e filho bem comportados
lindos na realidade,
tomaram muitos senhores
serem tão bem educados
como exemplo à humanidade.
Passam todos os dias
com seu dono à minha porta
num porte fiel de candura,
na humildade e nas folias
toda a sua natureza comporta
uma dupla exemplar de ternura.
Obedientes ao seu dono
atentos à voz de comando
às ordens nunca desobedecem,
sempre perto do seu patrono
da minha janela vou-os admirando
tal como eles merecem.
A cookie é mais pachorrenta
o noddy mais atrevido
com pelos luzentes de brilho,
ela está sempre atenta
ele com ar mais cometido
são tão lindos... mãe e filho.
ArtCar
(Poema de minha autoria escrito com muito carinho para estes lindos exemplares "cookie e noddy").
(Balada dos amores)
Dois cravos e uma rosa
expostos numa jarra
à mercê dos olhares de toda a gente,
são como bela formosa
o trinar duma guitarra
que toca em tom comovente.
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Os cravos são espectadores
a rosa uma estrela
a guitarra o acompanhamento,
balada triste dos amores
duma mulher linda e bela
que canta ao sentimento.
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A natureza inspira à razão
das flores lindas do canteiro
e do perfume que paira no ar,
como a mulher e a guitarra em comunhão
oferecem um momento verdadeiro
a quem tem o prazer de as apreciar.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com amor à mulher, à guitarra e às flores).
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