"Chuva"
Bate a chuva copiosa
nos vidros da minha janela
insiste em me visitar,
é tão fria e ruidosa
alguém chama por ela
para me vir acordar.
.........................................
Porém da chuva eu não gosto
embora goste de a ouvir
nas vidraças das janelas,
põe-me calmo e bem disposto
ao ver as gotas luzir
como o cintilar das estrelas.
.........................................
Água da natureza
para a terra desejável
pura que corre nos montes,
chuva que cai com destreza
para a vida é indispensável
cristalina, brotando das fontes.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado à água cristalina da chuva).
(A primeira rosa que este ano desabrochou no meu jardim)
"A Primeira Rosa"
Desabrocha a primeira rosa este ano
com ternura cuidada por mim
rosa formosa sem espinhos,
dedicação do meu quotidiano
colhida com amor para ti
com ternura e carinhos.
É tão bonita a rosa
tão linda como a tua beleza
que um dia eu conquistei,
rosa bela e formosa
exala o perfume da natureza
o mesmo que eu cheirei.
Fica o meu jardim mais pobre
o canteiro aonde nasceu
foi colhida pela minha mão,
rosa perfumada e nobre
é prenda de quem a ofereceu
há flor do meu coração.
A beleza duma rosa
faz a alegria duma mulher
assim como qualquer flor,
tal como uma mulher formosa
fica a ansiedade a crescer
quando se dá por amor.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado às flores e neste caso à primeira rosa que nasceu e desabrochou este ano no meu jardim).
(Ti Chica, de profissão pastora)
"Contadora de Histórias"
Chamava-se tia Francisca
sábia velha senhora
contava histórias como ninguém,
com suas vestes à mourisca
de profissão pastora
analfabeta e pobre também.
Todos lhe chamavam ti Chica
carinhosamente respeitada
por todos lá na aldeia,
senhora amorosa e pacífica
sempre muito preocupada
com suas histórias depois da ceia.
Ao serão todos a queriam ouvir
há lareira com suas memórias
até o velho prior,
não se via um aceno bulir
enquanto contava suas histórias
com tanta sabedoria e amor.
Seu nome sempre estimado
nos corações reconhecidos e prontos
de quem sempre a ouviu,
por todos ainda é recordado
com as histórias e contos
que generosamente os transmitiu.
Sua filha, a Carminho!
suas histórias decorou
para as contar também,
seguiu finalmente o seu caminho
que contá-las não tardou
as histórias da sua mãe.
ArtCar
(Poema de minha autoria escrito com muito amor e carinho em homenagem às contadoras/contadores de histórias).
"Eu não sei porquê"
Hoje, naveguei no mar!
e não sei porquê,
de repente!..
lembrei-me de ti....
imaginei o fundo
e fico a pensar!
como criança dolente
que nasce em mim!
assim;
nunca eu me senti.
Ao entardecer,
fazia já frio!
visto um agasalho,
olho ao redor!
frio que se sente
e se não vê;
tal como a saudade
e o amor!
que sinto por ti,
eu não sei porquê.
Eu não sei porquê!
vejo ao longe a bruma,
sombria e serrada!
naquela vastidão,
não sei porquê,
zarpo e fico à mercê,
então o barco ruma!
não dou por nada,
apertasse o coração,
enquanto o meu olhar!
não te vê.
ArtCar
(Poema de minha autoria, escrito em prol do amor).
(Hoje, dia 22 de Abril é o "Dia da Terra").
Com este meu singelo e humilde poema, também quero lembrar este dia.
"Dia da terra"
Terra, alimento da vida e do lar!
o lar onde vivemos,
e que nos dá o pão....
Enorme mansão para morar,
é na terra que nós morremos!
e vivemos em comunhão.
Hoje é dia da terra.
Terra, lugar para nascer,
para crescer e tudo se cria!
entre a paz e a guerra
nasce o pão para comer
também para nossa economia.
A terra e o mundo inteiro,
é toda a mãe natureza!
tratemo-la com todo o amor....
Hoje serei seu obreiro
com toda a minha destreza
vou nela plantar uma flor.
ArtCar
(Poema de minha autoria escrito muito carinhosamente para o "Dia da Terra").
"Ponte das águas turbulentas"
Correm águas turbulentas
no leito do teu rio
crescem silvados na sua margem,
tão irrequietas e violentas
tristemente sinto um vazio
por não ter uma passagem.
Navega o barco da amizade
única ponte entre margens
em tuas águas de imprudências,
sinto uma profunda saudade
mas apenas vejo miragens
sobre a ponte das turbulência.
As águas turbulentas fazem cicatrizes
a quem longe está ausente
e não atravessa para o outro lado,
em dias perturbadores e infelizes
leva-as o teu rio na corrente
que são águas do passado.
Ó!.. águas tuas que brotam
no âmago da tua fonte
ansiosas de infinita saudade,
águas turbulentas que provocam
por baixo da imaginária ponte
aonde fazes uma tempestade.
ArtCar
(Poema de minha autoria escrito com paixão sobre a ponte imaginária das tuas águas turbulentas).
"A Águia da Montanha do Silêncio"
Estava uma tarde de harmonia,
mas senti uma absoluta necessidade!
de ficar só e a meditar....
Na montanha daquela serrania,
lá no alto e por curiosidade!
vejo uma ave de rapina a voar.
É uma águia, que voa suavemente!
de grande envergadura e cor cinzenta,
ouço apenas o seu piar....
Com o seu olhar perspicaz e persistente,
a sua refeição tenta!
lá no alto, faminta! a indagar.
Num escasso e breve segundo,
desce num voo rápido e aprumado!
reparo e vejo um drama fatal....
Um manso coelho já moribundo,
nas suas garras afiadas fica apertado!
e quebra aquele silêncio natural.
Tudo volta ao normal!..
depois daquele intenso suplício,
até de novo o silêncio voltar....
Volta o brando sossego afinal,
na montanha do silêncio!..
ouço apenas a águia a piar.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao silêncio na natureza).
. Como os poetas que cantam...
. Recordando... Inocentes s...
. A Poesia e a Alma do Poet...