"Na tua rua, por causa da lua"
Foi à noite, à luz da lua!
noite clara e fria
quando te conheci,
ficamos prostrados na rua
à tua frente eu tremia
de amor e paixão por ti.
A lua, que seguia a sua via!
iluminou o caminho
em todo o nosso redor,
ela, com a sua simpatia!
com vergonha e desalinho
uniu o nosso amor.
Peço à lua e ao luar
para escurecer a tua rua
e ela, riu com ironia....
Ó lua, vai-te deitar!
por vontade sua
escureceu por magia.
Abraçamo-nos na escuridão
demos o primeiro beijo
a primeira vez na tua rua,
ardemos de paixão
caímos no desejo
à noite, por causa da lua.
ArtCar
(Poema de minha autoria, mais uma vez em prol do amor. "Amor", que dedico com todo o meu carinho a todos quantos o desejarem).
(O senhor Pascoal é um velhinho frenético que anda sempre fresco como uma alface)
"O senhor Pascoal"
O senhor Pascoal
é um velhinho muito idoso
digno e notável,
é activo e liberal
para todos é bondoso
simpático e afável.
Apesar da sua idade
sente-se muito capaz
faz questão de ser útil,
é exemplo para a sociedade
vigoroso velhinho vivaz
recusa-se a ser inútil.
Ainda quer acreditar
no mundo em seus braços
com coragem desmedida,
é só nele reparar
nos seus desembaraços
belo exemplo de vida.
Viçoso como um lírio
fresco como uma alface
velhinho encantador,
não sabe o que é delírio
nota-se em sua face
faz tudo por amor.
ArtCar
(Poema de minha autoria, escrito a pensar nos velhinhos que se sentem ainda úteis e prestáveis à sociedade tal como exemplo; o senhor Pascoal).
"S. João no Porto"
Logo à noite anda tudo torto
depois da pinga e das sardinhas
no S. João do Porto
viva o Porto, a cidade e as Fontainhas.
Caldo verde, broa e sardinha
vou gozar até me fartar
porque a noite é rainha
é só comer, beber e brincar.
Cuidado com o alho porro
antes quero martelar
tanto ando como corro
que até ando no ar.
Sardinha assada na brasa
caldo verde a fumegar
com um grãozinho na asa
vou-me fartar de andar.
Na noitada de S. João
ninguém pode levar a mal
martelada de mão em mão
até à hora matinal.
ArtCar
(Dedico a todos, estes versos alusivos ao S. João e que toda a gente se divirta à grande, com ou sem sardinhas, embora eu considere que o S. João sem sardinhas não é S. João).
Estão a chegar as festas de S. João e S. Pedro; vem aí o festival das marés vivas.
Para sua própria comodidade e facilidade, existe uma passagem de barco "Flor do Gás" em Lordelo do Ouro-Porto para a Afurada-Vila Nova de Gaia e vice-versa.
Escusa de se fazer transportar de carro no meio de tanta confusão e o pior é o estacionamento.
Por uma simbólica quantia, recomendo vivamente a travessia de barco.
No S. João - a noitada de 23 para 24
No S. Pedro d'Afurada - de 28 para 29 e 30
Nas Marés Vivas - de 18 a 21
Desfrute do bem que a vida lhe proporciona e divirta-se comodamente.
ArtCar
Isto é inconcebível em pleno século XXI.
Há tanta informação nas comunicações sociais e cada vez há mais poluição; nos rios, nos mares, na natureza....Vamos todos dar um pouco de nós próprios e sensibilizar aqueles que têm menos informação ou menos educação.
São belos da natureza,
rios e mar!
mal tratados com demência,
mas, têm tanta beleza!..
e há quem os não saiba usar
com respeito e decência.
.......................................
Em pleno século vinte e um
sem razão para tal
devido a tanta informação,
nem por motivo nenhum,
se deve tratar mal!..
nem com, ou sem razão.
.......................................
É triste a conspurcação,
é feio poluir rios e mar!
com imundice que extravasa....
Só gente sem educação
consegue emporcalhar
pelo hábito de sua casa.
ArtCar
(Poema de minha autoria).
"Velho Galo Folgazão"
Cantarola uma cantiga
o velho galo folgazão
e cacareja a franguinha
uma outra versão.
Pede o galo que o siga
para uma dança de salão
e logo pronta a franguinha
abre o baile com o varão.
O folgazão coça a orelha
segura com ternura na asa
sussurra baixinho a brincar,
inquieto olha de esguelha
fica todo em brasa
por com a franga dançar.
Ora então! o rei do poleiro
para a sessão começar
aperta a franguinha arisca,
fica alvoroçado o capoeiro
começam todos a olhar
com certo ar intriguista.
As restantes frangas e galinhas
também com ele querem dançar
uma valsa de salão,
ficam todas danadinhas
por com elas não bailar
o velho galo folgazão.
ArtCar
Poema de minha autoria escrito no sentido figurado.
Dedico-o carinhosamente à natureza dos velhos folgazões e ao amor! amor livre e espontâneo....
"O Carrasco"
É chavasco o velho carrasco
tratam-no com desdém
e é montanhês,
sobe ao mais elevado penhasco
para ver se avista alguém
no povoado montês.
Intratável e feio de morrer
bicho do monte assustador
olhos de porco cara de macho,
mata sem temer
ofende sem pudor
e anda sempre borracho.
Abre os braços, grita ao vento
fala de coisas diabólicas
ecoam no infinito,
homem chavasco e nojento
de maneiras diabólicas
velho imundo maldito.
Tem ar endiabrado
coração empedernido
o velho montanhês chavasco,
malvado e excomungado
estúpido embrutecido
é tarado o velho carrasco.
Até dizem que tem
poderes de bruxaria
come pessoas de churrasco,
dentro do seu armazém
cheira a podre que agonia
o velho bruto carrasco.
ArtCar
Poema de minha autoria.
Volvidos muitos anos ouvi esta horrorosa história de um psicopata tarado e assassino que vivia solitário no sopé de uma montanha perto duma pequena aldeia remota.
Criatura intratável que metia medo a toda a gente, contavam muitas outras histórias macabras a seu respeito!
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