Quinta-feira, 30 de Agosto de 2012

"O Castigo do Pudor"

 

 

 

 

    "O Castigo do Pudor"

 

 

Menina prendada colegial

de boas famílias, linda donzela

respeitada por toda a gente,

com fino trato especial

cai um dia na esparrela

dum rapaz, incautamente.

 

É uma autêntica fada,

meiga e amorosa

todos olham para ela,

tão bela e delicada

como a rosa formosa

e brilhante como uma estrela.

 

A vaidade, de respeitável linhagem,

intocável ao seu pudor!

de tradicionalismos burgueses,

ELA, o espelho de sua imagem!

depois de fazer amor

dá à luz, aos nove meses.

 

O resultado, é bem claro!

tem o seu devido castigo

vai parar a um convento,

e ainda é mais amaro

mostrar o seu umbigo

na sela do seu aposento.

 

O senhor padre que é viril,

todos os dias reza missa!

não resiste a tanta beleza,

vezes, foram mais que mil,

e confissões com a freira noviça!

a menina prendada da nobreza.

 

Não seria tanta a mágoa

se o castigo fosse benevolente

de amor e compreensão,

não era tão grande a nódoa

amar é próprio de gente

que ama com paixão.

 

      ArtCar

 

(Poema de minha autoria que dedico ao amor, amor saudável e livre de quem ama com paixão).

publicado por Artur Cardoso às 21:06
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Terça-feira, 28 de Agosto de 2012

"Idade das ilusões...."

 

 

 

 

           "Idade das ilusões...."

 

 

Felizes, falam baixinho,

risinhos, murmúrios ao ouvido!

embevecidos, de bonitas carinhas ao léu,

como dois passarinhos dentro do ninho

dão um beijinho apressado e tímido

envergonhados; ficam a olhar o céu.

 

Entreolham-se, curiosos a pensar

no beijo da felicidade!

que assinala o princípio do futuro,

fazem inúmeros planos para casar

apesar de terem tenra idade

e o amor ainda ser obscuro.

 

Começam os amuos de pouca dura,

a mágica dança das ilusões!

promessas e juras constantes,

perdem a nata da candura!

manifestam as suas desilusões

e repetem insensatos actos hesitantes.

 

Assim era em tempos idos,

foi assim.... E assim sempre será!

tal como o desabrochar duma flor,

os primeiros beijos nunca são esquecidos

o ciclo do namoro continuará

bem como a atracção viva do amor.

 

     ArtCar

 

(Poema de minha autoria que dedico com amor e carinho para ti! só para ti....).

publicado por Artur Cardoso às 19:32
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Domingo, 26 de Agosto de 2012

"Saudades"

 

 

 

 

       "Saudades"

 

 

Pelo cansaço e fatigado

do alegre trabalho custoso

o ceifeiro paciente,

horas a fio curvado

sente-se feliz e honroso

ao acabar finalmente.

 

Lembro-me como se fosse agora

era o período das cegadas

castigado pelo calor de verão,

à noite em tempos de outrora

na eira as espigas empilhadas

para se transformarem em pão.

 

Findava já a última hora

avançada pela madrugada

os carros de bois carregados,

que saudades imensas de outrora

das gentes que riam à gargalhada

francos, honrados; mas castigados.

 

As saudades nunca esmorecem

quando se lembra o passado

um passado feliz de infância,

tal como frutos que amadurecem

com amor tudo é lembrado

são frutos de grande importância.

 

      ArtCar

 

(Poema de minha autoria carinhosamente dedicado às saudades de uma feliz infância).

publicado por Artur Cardoso às 02:10
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Sexta-feira, 24 de Agosto de 2012

"Cisne Monógamo"

 

 

 

          "Cisne Monógamo"

 

 

Contemplas sentimental com amor

o branco cisne solitário

na fresca lagoa sombria,

pára o mundo em teu redor

olhas o cisne de soslaio

e afagas a água fria.

 

Ó, belo cisne monógamo!

tens coração meigo e distinto

exímio exemplo de cavalheiro,

virtuoso e autónomo

nobre Senhor do teu instinto

és afectuoso e verdadeiro.

 

Solitário e sem companheira

tristemente como quem chama

por ela naquele lugar,

fiel uma vida inteira

monógamo a uma só dama

apenas para acasalar.

 

Monogamia coisa rara

nos cisnes é comum e usual

entrelaçam! formam um coração,

quem os observa neles repara

que no acto do seu ritual

amam com paixão.

 

         ArtCar

 

(Poema de minha autoria que dedico carinhosamente ao amor e fidelidade de quem ama com paixão).

publicado por Artur Cardoso às 19:58
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Quarta-feira, 22 de Agosto de 2012

"Lembranças da minha infância"

 

 

 

 

  "Lembranças da minha infância"

 

 

Qoaxam as rãs no lago

vislumbram nuvens claras

cantam rouxinóis na mata,

ideais do passado que eu trago

dos cantares das ceifeiras nas searas

da minha infância duma terra pacata.

 

A natureza de gentes de luta

do trabalho árduo da terra

tratada com amor e dedicação,

graças à sua conduta

o trabalho é a sua guerra

para granjearem o seu pão.

 

Brinquei ao pião e às escondidas

apanhei grilos no campo

subi às árvores com ninhos,

fiz asneiras divertidas

conheci a luz do pirilampo

tempos de infância passados

saudáveis brincadeiras de meninos.

 

Nadei no poço do ribeiro

comi fruta verde e madura

na horta do meu vizinho,

tempo feliz e passageiro

que é bom mas pouco dura

o tempo ido de rapazinho.

 

       ArtCar

 

(Poema de minha autoria que dedico com todo o meu carinho a todas as pessoas que lembram com saudade a sua infância).

publicado por Artur Cardoso às 23:01
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Terça-feira, 21 de Agosto de 2012

"És Água do Meu Ser"

 

 

 

 

    "És Água do Meu Ser"

 

 

Deixa a água correr

percorrer o seu ciclo de vida

que dá vida ao teu ser,

sem ela não podes viver

como eu sem ti minha Diva

para na minha vida vencer.

 

Deixa-me beber da fonte

na fonte que me dá prazer

o prazer de beber de ti,

como a água fresca do monte

nascente da fonte do poder

que tu me sacias a mim.

 

És a água do meu ser

meu manancial inesgotável

que refresca o meu coração,

vivo no desassossego de te perder

tal como és a água indispensável

ao amor da nossa relação.

 

És água refrescante do meu amor

a essência pura da minha existência

a origem da minha paixão,

aromática e fresca como uma flor

prioridade por excelência

és cárcere desta minha servidão.

 

         ArtCar

 

(Poema de minha autoria para ti minha fresca água do meu ser).

publicado por Artur Cardoso às 22:40
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"Os Mistérios do Cemitério"

                       "foto reproduzida de foto, de Aníbal Gonçalves"

 

 

 

 

     "Os Mistérios do Cemitério"

 

 

Doze badaladas causam mistério,

quando se abre a porta!

a porta do cemitério.

Pia a coruja no cemitério,

entro; penso no meu critério!

e rezo por toda aquela gente morta.

 

Falam de medo com pavor

de quem ali baixou

nas entranhas em jazigos,

por boato ou rumor

sem respeito por quem findou

ter medo sim; mas dos vivos.

 

São símbolos do cemitério

as árvores da morte, o cipreste!

murmura a mãe natureza,

de tal silêncio surdo e sério

concerne à divindade celeste

e quem ali jaz; causa tristeza.

 

Há entrada da última morada

lugar onde jaz o eterno descanso

ergue-se uma cruz em sinal de respeito,

almas que já não precisam de nada

apenas um rosário impávido e manso

rezado com fé para o efeito.

 

      ArtCar

 

(Poema de minha autoria que dedico com todo o meu respeito a todas as pessoas que partiram para a eternidade).

publicado por Artur Cardoso às 08:53
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