"O Som do Silêncio"
Sinto o silêncio em meu redor
não sinto a minha respiração
parece-me tudo tão fictício,
invade-me um certo temor
bate ligeiro o meu coração
ao ouvir o som do silêncio.
Sem forças sinto-me prostrado
perco a fantasia da imaginação
caio distraído num labirinto,
oiço o som do silêncio abalizado
tudo oiço sem ter audição
é a voz do meu instinto.
Ouvem-se os sons da natureza
o vento agreste a passar
a chuva a bater no chão,
o som do silêncio tem beleza
imaginar é intrínseco do sonhar
se se ouvir com atenção.
Ouve-se o zumbido do insecto
o som profundo do mar
o bater da palma da mão,
tudo isto é real e certo
pois nada é de estranhar
só o som do silêncio não.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado ao silêncio que imite som para além da audição).
Hoje chove na minha cidade!
A nostalgia, a melancolia e a saudade; invadiram o meu coração. Escrevi este poema a pensar em todos aqueles que não têm "Mãe" e sentem a sua falta.
Coração sem "Mãe"
Lágrimas que choro!
saudade que passo!
Os lutos que já carreguei....
Quem eu sou hoje, porém!
uma velha lembrança carcomida,
foram tantos os rosários que rezei
junto de minha doce "Mãe"
aquela que foi, a minha mais querida.
Passam os anos sem demora,
caminha a vida para o além!
vagueiam almas pelo mundo fora,
acordo triste ao raiar da aurora
adormeço desamparado sem ninguém
penso nos tempos de outrora.
Mágoa saudosa e cruel
esta cruz que o destino me escolheu
carrego penosa de suportar,
sempre com amor e fiel
àquela que tudo me deu
e partiu para só me deixar.
Entristeço ao ver sorrir
quem tal felicidade tem
de plena alegria e expansão,
ao ouvir constante a repetir
a mais bonita palavra "Mãe"
que faz falta ao meu coração.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com todo o carinho a todos aqueles que não têm "Mãe" e que sentem a sua falta).
"Na Noite"
Na noite!.. a nossa fiel companheira,
só nós dois juntos em nossa casa
sentados lado a lado no sofá,
entre sorrisos e brincadeira
ficam nossos corpos em brasa
algo acontece, quiçá.
Ficamos hora após hora
na mansidão da noite
juntinhos e sem programa,
impacientes, mas sem demora!
beijamo-nos entrenoite
com o desejo de irmos para a cama.
Deitamo-nos nos lençóis frios
de candura e perfumados
do nosso fofo leito,
entre desejos e desafios
desnudas teus seios imaculados
no melhor momento perfeito.
Com o pijama já despido
cola-se o meu corpo ao teu
no culminar da ternura,
fazemos amor desmedido
na noite!.. tudo aconteceu,
até ao ponto da loucura.
(ArtCar)
(Poema de minha autoria dedicado "ao amor" entre dois seres que se amam verdadeiramente).
"És fonte que me sacia"
Sequioso junto à tua fonte,
bebo a seiva do teu Ser!
a essência que me apraz....
Sento-me satisfeito defronte
consolado depois de beber
a fresca água que tu me dás.
...................................................
Oculto as minhas tentações,
sem tu te aperceberes!
de tais desejos sedentos....
Contenho fortes emoções
esfaimado dos prazeres
que escondem os meus intentos.
...................................................
És fonte da fresca seiva erudita,
que de ti copiosamente corre!
em pleno vigor da tua vivência....
sacias a sede da minha alma infinita
porque tão sequiosamente morre
pela ânsia da tua existência.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico carinhosamente à fonte erudita e infinita do amor)
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