"AMO"
Amo o despertar da aurora
o sorriso duma criança
os altos e baixos da vida incerta,
amo o antes e o agora
o teu olhar de esperança
e ter alma de poeta.
Amo o raiar risonho do sol
a vida real nua e crua
as ondas do mar imenso,
amo a alegria do girassol
a luz pálida da lua
e o perfume do teu incenso.
Amo a estrada firme da vida
os atalhos da compreensão
a perfeição da natureza,
amo a minha Pátria querida
o pulsar dum coração
e a excelência da tua beleza.
Amo o cheiro húmido da terra
a brisa fresca do mar
os pássaros majestosos e belos,
amo o ar puro da serra
amo receber de dar
e a cor dos teus cabelos.
Amo a compreensão e o amor
a embriaguez da vitória
o fruto proibido do pecado,
amo tudo em meu redor
o ciclo da tua trajectória
e o estar contigo casado.
Amo o escombro do nada
a vida bela a sorrir
o meu destino traçado,
a conquista por mim achada
amo uma Rosa a florir
tal como o teu corpo imaculado.
Amo a doçura do mel
o discernir do bem e do mal
amo acariciar, beijar e amar,
servir e ser fiel
por um amor magistral
até minha vida acabar.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado muito carinhosamente à minha mulher e a todas/os aqueles que fizerem o favor de o ler).
"São os teus olhos o meu farol"
Voltados para as nossas atenções
fica teu olhar cintilante
sempre que te falo de amor,
tens tu mil razões
nesse olhar meigo e brilhante
em teu rosto de flor.
Satisfaço a minha dor
sacio-me, bebo desse olhar!
tão doce e constante,
existe em ti tanto amor
nos teus olhos a brilhar
luzem como um diamante.
Busco o palpitar do teu coração
através do teu olhar transparente
que em ti bate com suavidade,
em teu olhar, vejo paixão!
e uma vontade ardente
nos teus olhos de ansiedade.
Brilham os teus olhos como o sol
cintilam como as estrelas
iluminam o meu olhar,
são os teus olhos o meu farol
deste barco sem velas
que em teu porto quer atracar.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado aos teus olhos e à luz do teu olhar. Os teus olhos são o farol que ilumina e orienta o meu barco que no teu porto quer atracar).
"Quero ser como sou"
Sou como sou!
senão, seria como o vento
ou branca nuvem no ar,
sou de quem me dou
como um sopro ávido e sedento
a quem gosto de me dar.
Um sopro de amor
sentido no coração
morno e delicado,
causa emoção de calor
a quem ama com paixão
num abraço, muito apertado.
Quero levar-te ao paraíso
ao lago dos meus encantos
para te poder amar,
explicar-te não é preciso
os meus sonhos são tantos
e tanto amor, tenho para te dar.
Voo nas asas do pensamento
quero ligeiro, ir ter contigo
muito antes do depois,
ansioso espero por tal momento
ao ouvido, ó amor te digo
que a paixão nasceu entre os dois.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico mais uma vez ao amor).
"Os abandonados"
Vagueiam tristes pelas ruas
à mercê de caridade
os pobres animais abandonados,
criaturas débeis e ingénuas
um olhar meigo de humildade
e famintos escanzelados.
Um dia o bichinho já foi útil
pequenino, divertido a brincar
até ser adulto,
seu dono bárbaro e fútil
para a rua o foi mandar
porque, é cruel em absoluto.
Quem não ama os animais,
não gosta de ninguém!
indefesos e sem maldade,
há quem abandone seus pais
com indiferença e desdém
dizem ser mera banalidade.
O abandono é pecado
brutal e irreverente
de quem não tem dignidade,
um pobre animal abandonado
tem um final comovente
para a decência da sociedade.
ArtCar
(Poema de minha autoria, escrito com compaixão e ternura, a pensar nos abandonados; "pessoas e animais de estimação").
"Por Ti"
Recebe estas delicadas flores
coloridas.... e de fino perfume
deste teu admirador,
que morre por ti de amores
tal como a estopa arde no lume
deflagra no lume deste sonhador.
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Por ti! flameja o fogo do meu coração
secam as lágrimas dos meus olhos
ateia a paixão que há em mim,
é por ti, esta minha fascinação
de fortes emoções aos molhos
do amor que sinto por ti.
....................................................
É por ti, este meu amor!
amor que move montanhas....
que sobe alto até aos céus,
não há lamento sem dor....
por ti! desnudo minhas entranhas,
para conseguir os sonhos meus.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado a ti! e que é "por ti").
"Bela Helena"
Linda saia leva Helena
com seu jeito de andar
rodada cor de jasmim,
tão bela como a açucena
apraz-me vê-la passar
airosa junto a mim.
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Teu olhar terno e doce
fresco decote de primavera
olhas distante com altivez,
sinto tal vontade precoce
pobre de mim quem me dera
beijar-te por uma só vez.
.............................................
Porém, se fosses a açucena
eras flor só para mim
ó quem a mim me dera,
beijar teu decote de primavera
tocar na tua saia cor de jasmim
e seres minha, bela Helena.
ArtCar
(Poema de minha autoria, que dedico com amor e carinho a todas as Helenas)
("Laica" - bela como a noite)
"Laica"
Dá pelo seu nome laica
cadela brincalhona e simpática
no ceio do seu lar,
a velha senhora arcaica
não é esperta nem prática
nem a sabe ensinar.
Roça o pelo nas visitas
ladra forte à empregada
faz xixi no tapete,
sacode os parasitas
sai de casa disparada
e corre como um ginete.
De raça pura e bem nutrida
faz buracos no jardim
bebe água da piscina,
aos gatos dá-lhes uma corrida
um dia rosnou-me a mim
e escondeu-se atrás da cortina.
Não obedece a ninguém
nem mesmo à sua dona
rosna ao dono que é caquéctico,
brinca, brinca num vaivém
anda todo dia numa fona
mas, tem um olhar tão angélico.
À noite, depois de comer
vai à rua passear
com o velho dono pela trela,
antes de adormecer
vai à empregada rosnar
a laica, bonita cadela.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado aos nossos melhores amigos de quatro patas).
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