" Velho, mas Competente! "
Depois de usado é trapo
o trajo que se veste
coçado pela velhice,
ainda presta para farrapo
embora pouco já lhe reste
é considerado niquice.
Um dia fui passear
e brinquei à tua frente
algures pela cidade,
riste maliciosa a caçoar
chamas-me velho imprudente
por não ter a tua idade.
És bela e tens formosura
na verdade és muito jovem
e encantadora rapariga,
não tenho a tua frescura
tenho amor de velho homem
para seres minha amiga.
A idade não afronta
embora velho como o farrapo
menina, seja previdente!
saiba que ainda conta
pode servir de guardanapo
por ser velho e competente.
ArtCar
(Poema de minha autoria, que dedico com muito amor e carinho a todas as pessoas mais velhas, mas que não são velhas e têm serventia como os velhos trapos).
" Tenho ciúmes de ti! "
Tenho ciúmes de ti!
do ar que respiras
até do voar das mariposas,
da leveza do colibri
dos beijos que me atiras
e do perfume das rosas.
Só quero os teus carinhos!
beijar as tuas mãos delicadas
e o rasgo do teu sorriso,
quero o doce dos teus miminhos
calcorrear todas as estradas
morrer por ti, se for preciso.
Tenho ciúmes do teu olhar!
dos teus cabelos acetinados
do jeito como caminhas,
quero abraçar-te e te tocar
nos teus seios perfumados
ciúmes; porque não me acarinhas.
Tenho ciúmes, sem fim!
da distância que nos separa
do medo que te assusta,
tudo isto é anormal assim
tal como o ciúme que não pára
dos ciúmes da minha conduta.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico carinhosamente a todas as pessoas que são ciumentas).
" Língua de boca calada! "
Uma língua perversa,
é mal dizente!
mostra-se descontente
com as agruras da vida,
tu, que estás deprimente!
de generosidade, sê paciente!
dá o benefício da dúvida.
Erva ruim não a queima a geada
cresce, floresce e dá semente
é como gente mal formada
que fala e nunca está contente.
Língua de trapo é perigosa,
teimosa, é birrenta!
calada é ruvinhosa,
é erva ruim que rebenta.
Porém, a tua é moderada!
não diz mal de ninguém
dentro da tua boca calada,
pois é assim que te convém.
Li num livro de provérbios,
que quem cala; consente!
quem muito fala pouco acerta,
língua afiada é mal de remédios!
a que cala é ponto assente
e a de trapo, trás problemas sérios.
Não faças má interpretação,
da minha humilde ideia!
guarda-a no teu coração,
quem cala, colhe o que semeia
e recolhe o fruto do seu pão.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com muito amor e carinho a todas as pessoas que têm a língua e linguagem moderada).
"Teu perfume na minha cama"
Ainda extasiado com o teu perfume
lembra-me memórias do passado
o amor que fizemos na nossa cama,
sempre a mesma paixão do costume
solto minhas lágrimas desenfreadas
que apagam a luz dessa chama.
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O branco lençol já não é branco
vejo teu pijama de seda rosa
que envolve teu corpo de mocidade,
são lágrimas, é choro de pranto
é poema que não rima, é prosa!
é do teu perfume que tenho saudade.
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Perfume que se esvai no resto da casa
esse perfume que é só teu
odor peculiar, só de dama!
com a minha esperança arrasa
o teu corpo perfumado que foi meu
ainda sinto o teu cheiro na cama.
ArtCar
(Poema de minha autoria, que escrevi e elaborei com muito carinho! dedico-o a todas as mulheres).
"Um poema que nunca te escrevi"
Meus olhos maculados de escuro
fundas olheiras de cansaço
das noites que passo sem dormir,
palavras da minha imaginação procuro
para os meus versos que faço
contigo dedicadamente repartir.
Não é tão fácil assim versejar
fogem as palavras do pensamento
na ausência da inspiração,
escrevo com o desejo de te dar
o prazer dum belo momento
ditado pelo meu coração.
Falo do sol, da lua, das estrelas!
e também falo sobre o mar
sempre com o pensamento em ti,
procuro palavras delicadas e belas
para contigo intimamente privar
um poema que nunca te escrevi.
Fala do amor, da paz e da tranquilidade!
inédito às fantasias do meu pensamento
para conquistar o teu coração sonhador,
que te acalma e sossega de verdade
para que faças o teu juramento
e encante a tua alma de amor.
ArtCar
(Poema de minha autoria, que carinhosamente dedico ao amor e seus juramentos).
"Se eu mandasse"
Caminha vertiginosamente o Planeta Terra
rumo aos escombros da incompreensão
e tanta gente em sofrimento lastimoso,
em constantes confrontos de guerra após guerra
imparáveis na discórdia e na destruição
que geram entre povos, efeito impetuoso.
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Pessoas que pela força, arrancadas da sua origem!
padecem inocentes e tristes, inconformadas....
Tantas crianças à mercê da caridade,
os senhores das guerras assim o exigem
insensatos, incompreensíveis e desatinados
com os seus instintivos poderes de autoridade.
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Porém!.. se fosse eu que mandasse....
dava entendimento aos senhores do poder
mares, florestas; ser tudo mais despoluente,
pedia ao meu Deus veemente que determinasse
para que no Mundo se pudesse melhor viver
com Paz, amor e felicidade para toda a gente.
Artcar
(Poema de minha autoria que dedico a toda a gente do Mundo inteiro, na esperança de que "Ele" (Mundo), se torne melhor e mais próspero para todos; sem guerras, sem incompreensões, sem discriminações entre raças e povos).
"No Pino do Outono"
Agonizam moribundas folhas no chão
lembram saudade e tristeza
no pino do Outono,
despem-se árvores com emoção
perdem a sua beleza
pobres infelizes sem adorno.
Gentes sem rumo, gentes sem pão
desprovidos pela fatalidade
ao abandono pelo destino,
causam dor ao coração
sem amor, sem idealidade
esperam um milagre divino.
O sol é a capa da pobreza
dá calor e aconchego
no Outono é desventura,
na demência pela rudeza
dias e noites sem sossego
no desamparo da amargura.
É no pino do Outono
que bate mais forte a saudade
de quem por fim já partiu,
como quem fica ao abandono
perde determinação e vontade
pelo desprover!.. desistiu.
É no pino do Outono
que a natureza fica mais triste
como folhas caídas no chão,
foram vida já sem retorno
da desolação que existe
na tristeza dum coração.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado à estação do ano que eu mais gosto. "O Outono").
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