Ano de 2013, Sê bem vindo!
Digo-te adeus dois mil e doze
tal como começaste assim acabaste
nada de novo de passou,
apenas uma ligeira metamorfose
rotineiro e cansado findaste
és mais um que o tempo levou.
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Tive desamores e ganhei amores
colhi tempestades e ventos aprazíveis
semeados por minha virtude,
entre alegrias e dissabores
como os desamores são irreversíveis
quero para dois mil e treze saúde.
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Novo dois mil e treze sê bem vindo
ao bater das doze badaladas
trás paz e saúde para toda a gente,
ocupa o lugar do ano findo
o transacto são águas passadas
e que o amanhã seja fulgente.
ArtCar
(Desejo a toda a gente um "Ano de 2013", cheio de Paz e Amor).
(Imagem extraída da Internet)
"Velho Mendigo"
Hoje eu quis tentar saber
o que é ser mendigo e pobre
como se vive na mendicidade,
assim para o fazer
tiro a roupa que me cobre
e roto vagueio pela cidade.
Nada me parece anormal
até encontrar um velho no chão
um pobre velhinho em desespero,
é alguém tão especial
que entra no meu coração
tem ar meigo e olhar sincero.
Pergunto-lhe qual o motivo
de estar ali deitado
àquela hora da tarde,
por todos parece esquecido
pela família escorraçado
gente sem escrúpulos e covarde.
Enquanto pôde foi lutando
depois de maltratado o coitado
e posto na rua a padecer,
levanta-se devagar lamentando
e manda por mim um recado
para a família o esquecer.
Com voz trémula e embargada
olhar distante e apagado
lamenta a triste sorte sua,
antes pobre e não ter nada
do que viver amargurado
mas nunca lançado à rua.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado a todos os pobres mendigos de rua. É para eles como que um sopro de esperança confiante em que o mundo ainda melhore).
"Amor de uma Velhinha"
Disse-me uma vez uma velhinha
melancólica e cheia de saudade
dos natais de sua era,
entre suas mãos tem uma caixinha
muito gasta e rafada pela idade
dentro contém uma pequena esfera.
Tira-a com o seu jeito trémulo
coloca-a em cima da mesa
tem nela um brilho imenso,
ela diz ser o seu túmulo
em frente a uma vela acesa
surge um clarão intenso.
É o eterno renascimento
de Jesus o seu Redentor
diz a velha Senhora idosa,
todo eu fico num fragmento
e com um certo calor interior
porém Ela fica curiosa.
Pede-me que lhe dê a minha mão
e Ela, então vagarosa e calma
olha-me nos olhos a pensar,
balbucia uma breve oração
faz o sinal da cruz na palma
pede-me para também eu rezar.
E rezamos os dois ajoelhados
defronte àquele imaginário presépio
pedindo veemente a Jesus,
para aliviar os mais castigados
ficamos horas em silêncio
com os nossos corações nus.
Tal Senhora, Senhora minha Mãe
que também se chamava Maria
tal como a Mãe de Jesus Salvador,
há muitos anos que Deus a tem
outra igual não existia
a que me deu tanto amor.
ArtCar
(Poema de minha autoria para aquela que foi a minha Mãe e também para todas as Mães do mundo; para as que já partiram e para as que se encontram entre nós (humanidade).
"Noite de Natal"
Na quietude da noite serena
sinto o silêncio em surdina
o imaginário das horas silenciosas,
oiço uma impávida cantilena
o barulho contínuo da máquina
das horas que passam teimosas.
Através da vidraça da minha janela
sinto o silêncio da lua a subir
e o luar longínquo a esmorecer,
a noite silenciosa fria e bela
já o cansaço me abate e sem dormir
está quase na hora do alvorecer.
Peço um desejo em tranquilidade
neste silêncio mítico e profundo
ao meu Deus Santo e Senhor,
paz na terra entre a humanidade
pão e amor em todo o mundo
e alívio aos que sofrem de dor.
Nasce silencioso o mistério de Jesus
nesta noite diferente de insónias
lá longe! muito longe no além,
brilha no céu um raio de luz
silencia nostálgica em minhas memórias
onde nasceu humildemente em Belém.
É Natal!.. Noite de Paz e Alegria
sinto no meu cerne o Redentor
o frio gélido que afaga meu rosto,
ao nascer da madrugada noticia
um jubiloso silêncio interior
dentro do meu coração exposto.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado com muito amor e carinho ao nascimento de Jesus).
(Para todos um "Santo e Feliz Natal")
Para todos os meus queridos amigos e leitores:
Com este meu singelo poema, apenas quero tocar nos corações de todos.
Nunca é demais falar sobre o Natal; "É NATAL".
Todos nós em comunhão, lembrarmo-nos que infelizmente há milhares de pessoas a passar mal em todo o mundo.
São crianças, são velhinhos! tanta gente sem um lar e sem uma família.
Vivem miseráveis pelas ruas à mercê da caridade alheia.
Também para todos eles e em especial para eles; "Um Santo e Feliz Natal", dentro das suas possibilidades e da pouca sorte que os assombra e os faz ainda mais infelizes.
Para todos os meus queridos Amigos, Leitores e toda a gente do mundo inteiro; O meu desejo de "Um Santo e Feliz Natal".
"É NATAL"
Vejo a miséria estampada no rosto
a tristeza dos transeuntes pelas ruas
nesta consagrada época natalícia,
pessoas que padecem em desconforto
com um triste olhar cheio de névoas
e vítimas da força duma grande inércia.
É hora de unirmos os nossos corações
de fazermos algo por quem padece
mostrar todo o nosso amor,
pormos em prática as nossas emoções
repartir o que de nós acresce
por quem precisa ao nosso redor.
É Natal! mas não me parece Natal
pessoas às voltas e à procura
sem um alento, sem segurança,
tanta gente a passar mal
tristes pelas ruas da amargura
sem uma réstia de esperança.
Ó! se eu fosse o Natal
seria o grande presépio da vida
o divino sorriso das crianças,
seria amor intenso sem igual
a todos não faltaria comida
e aos pobrezinhos daria esperanças.
Natal dos pobres, tão pobrezinhos!
há mendicidade da bondade alheia
sem alento, sem pão e amor,
os sem abrigo dormem pelos cantinhos
que tanto padecem numa tal odisseia
sabem apenas o que é a força da dor.
Ó! se eu fosse o Natal
seria todos os santos dias
a todos daria amor e bem estar,
nunca ninguém passaria mal
toda a gente viveria com alegrias
sem nunca o pão lhes faltar.
ArtCar
(Poema de minha autoria, que dedico com todo o meu amor e carinho a toda a gente do mundo e especialmente àqueles que padecem desprovidos de amor).
Antigamente não havia árvores de natal com estrelinhas luminosas, nem bolinhas ou sininhos multicolor. Era tudo muito simples e natural.
Lembro-me que por esta altura do natal, ia a um pinhal qualquer cortar um pinheirinho nascido espontaneamente e naturalmente, entre os grandes pinheiros. Fazia um presépio muito tosco com musgo e figurinhas adquiridas numa qualquer feira. Sobre o pinheirinho colocava de onde em onde pedacinhos de algodão hidrófilo a imitar a neve. Enfim; outros tempos.
Agora como estamos na era das tecnologias muito avançadas, vamos ao supermercado e compramos tudo feito. É uma alegria ver a casa toda enfeitada de coisinhas tão mimosinhas e bonitinhas que nos enche o olhar. Mas, falta qualquer coisa de muito especial e importante; importante....
No meu tempo de criança, guardo nas minhas lembranças a magia do NATAL.
Tudo era muito simples.
Entre as famílias existia um profundo sentimento chamado Amor. Amor entre a família, amor entre os vizinhos, amor entre os amigos e o respeito com amor entre as pessoas que todos os dias se cruzavam nas ruas.
O NATAL, tinha a verdadeira essência do NATAL. "Amor", pois era e ainda é a verdadeira festa da Família....
"Natais de minha lembrança"
Lembro-me do frio natural
da neve branca e fria da serra
das geadas de congelar,
tudo isto era natal
em Dezembro na minha terra
festa religiosa de Jesus imortal.
Natal de outros tempos
quando eu era ainda criança
à roda do lume como costumeira,
casta inocência daqueles momentos
na companhia de meus pais com esperança
punha o sapatinho junto à lareira.
Lembro-me de me levantar com ansiedade
correr para o sapatinho ao outro dia
hábitos infantis e usuais,
vivia o natal com simplicidade
alegremente e em harmonia
na minha meninice que não volta mais.
Há meia noite tocavam os sinos
e eu também ia à missa do galo
pelas ruas geladas e frias,
frio que fazia tremer os meninos
mas não fazia comoção nem abalo
com tantas emoções e alegrias.
Natais simples!.. era feliz e prazenteiro
na cozinha com o lume a crepitar
brincava inocente como qualquer criança,
minha mãe dava-me doces do tabuleiro
o licor d'avó fazia-me espirrar
meus natais!... de minha lembrança.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com todo o meu amor e carinho a todos os meninos/as e a todos os que já foram meninos/as em tempos de outrora).
"Fosse eu Pai Natal"
Ficam meus sentimentos abalados
ao ver tantos meninos infortunados
pela má sorte de desalinhos,
filhos de infelizes desgraçados
inocentes, sem culpa arrebatados
pelo infortúnio de serem pobrezinhos.
Sofrem miseráveis no vazio
sem brinquedos e sem natal
nem agasalhos, nem carinhos,
porém a tremer de frio
febris e cheios de mal
vagueiam pelas ruas sozinhos.
Singelos pedem esmola
a quem passa despreocupado
esquecidos sem alento,
não sabem o que é escola
nem tampouco lar abastado
dormem infelizes ao relento.
Pobres meninos de rua
pelo desdém ignorados
num mundo tirano e desigual,
que triste sorte a sua
pelo destino mal tratados
não sabem o que é Natal.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com muito amor e carinho a todos os meninos que vivem infelizes pelas ruas. Por ser Natal! ainda entristece mais os corações de quem padece miserável e sem terem que comer e dormir com algum conforto).
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