Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2013

"Saudade de ver nevar"

 

 

 

 “Saudade de ver nevar”

 

 

 

Via cair do céu cinzento

bailavam com leveza no ar

alvos flocos de algodão,

deleitava o meu coração!

ao vê-la cair naquele momento

numa cena espectacular

era tão lindo ver nevar.

 

 

Tudo cobria de alvura

com um manto frio e leve

gélida da cor do linho,

caía com tanta ternura

com leveza a branca neve

suave e de mansinho.

 

 

Há muitos anos que a não vejo

 quando caia de surpresa

 era ainda rapazinho,

na terra que tanto almejo

caia branda e indefesa

no alvor do caminho.

 

 

Branca neve, seca e fria!

fofinha como algodão

que o sol derrete lentamente,

era assim que eu a sentia

na palma da minha mão

em tempos de antigamente.

 

 

Quem me dera a mim

de novo a menino voltar

quando na neve brincava,

tantas emoções que vivi

sob o meu atento olhar

nos dias em que nevava.

 

 

    ArtCar

 

(Poema de minha autoria dedicado muito especialmente à neve e também à saudade que eu sinto de ver nevar).

publicado por Artur Cardoso às 05:09
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Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2013

"Lutemos por um mundo melhor"

 

 

 

“Lutemos por um mundo melhor”

 

 

 

Se a tua amizade por mim

for como a minha que tenho por ti

ambos damos as mãos a caminhar,

calcorreamos  léguas sem fim

para conquistarmos o que eu vi

num sonho, o mundo a melhorar.

 

 

Vi este mundo risonho a florescer

o nosso futuro feliz a radiar

como o sorriso alegre duma criança,

em frente a caminhar sem temer

porque esse dia há-de chegar

se dermos as mãos com esperança.

 

 

Lutar até esgotar nossas energias

pontapear a inveja e os incapazes

ultrapassar a maldade e as manias,

derrubar monstros vorazes

que apenas são só capazes

de fúteis velhacarias.

 

 

Se tu quiseres, também eu quero!

dar o exemplo ao mundo inteiro

espalhar amor à nossa maneira,

melhor mundo; assim o espero

de bons exemplos e amor verdadeiro

por quem tem fé e boa craveira.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria, escrito e a pensar que todos nós (Humanidade), ainda vamos ser muito felizes ). 

 

publicado por Artur Cardoso às 22:34
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Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2013

"A rua onde ela mora"

 

 

      “A rua onde ela mora”

 

 

 

Ainda mora na rua onde eu morei

via sentada na varanda a ler

está bonita como quando a conheci,

ela tem companheiro; isso eu sei

apenas tive saudades de a ver

sinto ciúmes como quando com ela vivi.

 

 

Passaram os anos sem dar conta

e o amor por ela ainda prevalece

cá dentro do meu coração,

a idade não é que conta

o amor nunca envelhece

embora eu não tenha razão.

 

 

Perdia por um fraco devaneio meu

já mais será minha como outrora

estou arrependido de verdade,

fomos um do outro desde o liceu

morei com ela onde ela mora

hoje estou só e sem a sua amizade.

 

 

Bate o arrependimento no meu peito

tenho vontade de lhe falar

mas não posso; parece-me imoral,

é grande falta de respeito

intrometer-me no seu lar

e poderia ela levar-me a mal.

 

        ArtCar

 

(Poema de minha autoria dedicado ao ciúme e ao amor).

 

publicado por Artur Cardoso às 15:41
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Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2013

"Por compaixão"

 

 

 

 

    “ Por compaixão”

 

 

Ergue bem alto a tua voz,

arremessa-a e faz-te ouvir!

aponta firme teu dedo em riste,

não deixes que este mundo feroz

teu orgulho possa ferir

com tanta maldade que existe.

 

 

Defende com garra a tua dignidade

luta pela essência do teu ser

pisa a vil serpente venenosa,

ignora a ostentação da vaidade

mata a invenção do maldizer

com a tua compaixão generosa.

 

 

Tem cuidado com o delinquente

dá de comer a quem tem fome

oferece a mão ao teu amigo,

sê-lhe fiel para sempre

e a quem morre de fome

dá-lhe pão porque é mendigo.

 

 

Grita alto aos ouvidos do vento

com orgulho da tua raça

nunca temas a incompreensão,

tal coragem dá-te alento

afasta o infortúnio da desgraça

por bondade de teu coração.

 

      ArtCar

 

 (Poema de minha autoria dedicado à generosidade das pessoas que por compaixão sabem entender com amor as incompreensões dos outros).

 

publicado por Artur Cardoso às 17:01
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Domingo, 24 de Fevereiro de 2013

"Profunda Saudade"

     “Profunda Saudade”

 

 

 

Lembro-me dos que já partiram!

quem me dera volta-los a ver,

virem ver o que nunca viram

pelo atroz arrebate do morrer.

 

 

Tempos passados; tempos idos!

não voltam atrás nunca mais,

partiram os meus mais queridos;

meus queridos pais.

 

 

Foram os que me deram o ser

e me criaram com tanto amor,

queria para mim; volta-los a ter

pelo âmago do meu interior.

 

 

Partiram! sei que não fico à sua espera.

Em algum dia; ninguém cá voltou,

felizes dos que desceram à terra

resta apenas a saudade de quem ficou.

  

 

Esta saudade não tem limite,

onde mora um amor profundo!

tristeza, emoções e palpite

pelos que partiram deste mundo.

 

       ArtCar

 

(Poema de minha autoria que dedico com profunda saudade aos meus queridos pais que já partiram faz muito tempo e a todos aqueles que já não se encontram entre nós). 

publicado por Artur Cardoso às 22:59
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Sábado, 23 de Fevereiro de 2013

"Meu sonho"

 

 

           “Meu sonho”

 

 

 

Sonhei que eu era um sol

brincava alegremente contigo

por entre as nuvens acinzentadas,

eras bonita como um girassol

lembrar-me muito bem não consigo

das nossas brincadeiras pegadas.

 

Espera! Lembro-me vagamente

que jogávamos ao esconde-esconde

e corrias feliz de nuvem em nuvem,

enérgica, graciosa e alegremente;

agarrei-te e não me lembro aonde

só sei que os sonhos me confundem.

 

Encontrei-te finalmente

naquela nuvem cinzenta e intensa

onde escondida estavas sentada,

olhas-te para mim tão sorridente

com uma tal alegria imensa

que ficaste deslumbrada.

  

Queria que o meu sonho fosse real

e tu seres o alegre e bonito girassol

a brincar  mesmo comigo,

foi tão lindo este sonho natural

seres tu o girassol e eu o sol

e por fim! poder ficar contigo.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria, escrito com muito amor e carinho para todas as mulheres bonitas como o girassol).

publicado por Artur Cardoso às 17:45
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Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013

"Mulher bela sem sensatez"

 

 

 

    “Mulher bela sem sensatez”

 

 

 

Cheira a alperce seu hálito morno

seus lábios vermelhos sabem a marmelada

e o cabelo sedoso ondulante a mexer,

é quentinho o lume do seu forno

ama a todos desde a madrugada

e deita-se na cama cansada ao anoitecer.

 

 

Apaga o fogo do desejo

com o aquecimento do seu ventre

calor de mulher sem prazer,

satisfaz com gosto num só beijo

sem amor como é evidente

e seu corpo ousa vender.

 

 

Foi de muitos por uma só vez

de tantos já foi também

amada na sua cama,

mulher bela sem sensatez

é tratada com desdém

por cair ridícula na lama.

 

 

Dizem que é como as pêgas

por com tantos homens alternar

mulher insensata e humilhada,

são piores as que andam cegas

transam para se saciar

e oferecem-se à descarada.

 

 

Então essas, ai das carenciadas

ovelhas ronhosas da sociedade

são a escumalha desclassificada,

valem mais as pêgas necessitadas

do que as da luxúria e banalidade

que se dizem muito honradas.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado ao amor livre sem tabus).

 

publicado por Artur Cardoso às 22:12
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