“O melro apaixonado”
Já o ouvi esta madrugada húmida e fria
o belo cantar que tanto me encanta
do melro alegre e jovial,
com seus trinados faz uma doce melodia
a minha tristeza e moral levanta
pelo reaparecer de novo dia matinal.
Seu cantar é uma verdadeira melodia
que causa alegria com seus trinados
ao despontar no horizonte o alegre sol,
enche o meu coração de alegria
oiço-o entoar em jardins e prados
linda ave negra, digna do meu rol.
Nascem espontâneos lírios no campo
florescem as roseiras do meu jardim
que encantam o alegre melro engraçado,
à noite brilha o místico pirilampo
de cor pérola marfim
dorme o melro sonhador, excitado.
Avizinha-se a estação da primavera
começa o cio do melro apaixonado
com o seu gorjeio estridente pelo ar,
ao seu amor que tanto venera
romântico trovador e enamorado
quer um dia com ela casar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria que dedico ao alegre e jovial "Melro", que canta e encanta logo pela manhã).
“Um lugar na floresta" - (é festa)
O “mocho” é o mestre da sabedoria
de todos os bichos que são inocentes
e a floresta, mãe das plantas e animais!
todos vivem em plena harmonia
não há maldade, ódios e tropelia;
vivem todos felizes e contentes
o paraíso, onde ainda há lugar para mais.
Todos fazem parte da festa!
uma brilhante e magnifica festa na floresta
que até o cuco vai cantar,
grita o sábio mocho lá duma giesta
começa a chamar os elementos da orquestra
pois já chega de dormir a sesta
vamos todos a festa começar.
O rouxinol começa a afinar a voz
é ele o vocalista; sabiam?
sabem que o rouxinol já canta à muito tempo,
apressa-se e vem aí a cigarra num voo veloz
enquanto os melros estridentes assobiam
houve no entanto um contratempo.
A cigarra esqueceu-se do seu violino
assim já não pode tocar na banda
depressa o mocho a vai substituir,
num rápido chama o falcão peregrino
que logo a seguir o manda
imediatamente ir-se vestir.
Aproxima-se o pavão todo vaidoso
com suas belas penas coloridas
cauda bem aprumada em forma de leque,
ora o mocho que é sábio e manhoso
de tantas vezes já repetidas
dá ordens ao falcão que é moleque
para ao palco chamar duas rolinhas queridas.
E lá vêm elas a gemer inocentes
porque os sapatos lhes estão a apertar os pés
preferem a revelação da irmã pomba,
um pouco afastada diz a andorinha entre dentes
ao canário, depois de tomar dois cafés
sussurra-lhe ao ouvido; vai ser uma festa de arromba.
O cuco, o mocho, o rouxinol e canário
de certeza que vão dar clamor na orquestra
descontentes! não sabem cantar nem tocar,
o cuco e o mocho só sabem escrever e declamar
não faz mal, o rouxinol e o canário vão cantar!
harmoniosamente tudo se enquadra no cenário
e todos se juntam à festa,
onde a floresta para todos tem lugar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria que dedico muito carinhosamente à "Mãe Natureza".
Ao amor pelas plantas e animais que lá vivem.
Quero também com esta minha modesta história; falar e lembrar a todos que o respeito pela natureza, nunca é demais).
(Hoje é dia dos "Namorados".
Como eu não gosto de fugir à regra porque também sou namorado (da minha mulher), dedico com muito carinho estes dois poemas de minha autoria a todos os namorados e apaixonados).
“Hoje, vou dar-te!...”
Hoje, vou dar-te um presente único e original….
Um brilhante raio de sol, uma flor de jasmim
uma estrela, um vestido em brocados,
se calhar não! talvez uma poesia celestial
porque é dia de São Valentim
patrono dos apaixonados.
Dou-te uma jóia de incomparável beleza
muitos! muitos beijinhos; também perfumes
dou-te tudo o que quiseres imaginar,
todas as flores que há na natureza
prometo-te os meus princípios e costumes
a luz fulgente do meu enamorado olhar.
E se eu te der o céu! as estrelas, a lua
a meiguice da idade dos sessenta
também o sol onde não mora vivalma,
a minha ternura que é só tua
esta grande paixão que me completa
a verdadeira alegria da minha alma.
Então, és minha rainha! minha namorada
a magia ternurenta do meu fascínio
deusa virginal dos meus pecados,
coroar-te-ei de véu e grinalda doirada
liberta todos os medos do teu silêncio
porque hoje! é dia dos namorados.
ArtCar (Artur Cardoso)
“ Poesia, também é música! “
Em cada trova há amor
em cada pauta melodia
cada criança é uma flor
música também é poesia.
Em cada poema existe um trovador
tal como em cada pauta, música
a poesia é de quem é sonhador
e a música, é magnifica.
A música e a poesia
têm igual qualidade,
agrega a poesia à melodia,
com a mesma intensidade.
As crianças, são mimo, suspiro, são bem!
como a poesia dum trovador
são o melhor que o mundo tem
um verso, uma trova, um poema;
São amor.
ArtCar (Artur Cardoso)
2 - Poemas de minha autoria dedicados com muito amor e carinho a este dia de São Valentim (Patrono dos Apaixonados), Dia dos Namorados.
“Parece chuva de diamantes”
Está um dia gélido de inverno e chuvoso
subitamente ouço uma descarga repentina
de pedras de granizo a bater no telhado,
abro a janela e espreito cauteloso
vejo uma chuva espectacular e matutina
parecem diamantes dum forte granizo gelado.
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Apanhou toda a natureza desprovida
castiga severamente toda a terra
fica o chão repleto de tais diamantes,
é saraiva perigosa, fria e húmida
gelada e enfurecida que vem da serra
bonita e harmoniosa por uns instantes.
................................................................
É um espectáculo ver chover granizo
fico pensativo ao ver a paisagem bucólica
nestas raras e surpreendentes ocasiões,
tenho velhas memória de meu juízo
ver a natureza tristonha e melancólica
que se avivam nas minhas recordações.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria que dedico com muito amor à natureza).
“O Pardalinho”
Bebe água o pardalinho
água fresca do regato
mata a sede no caminho
e esvoaça para o mato.
Água que corre na terra
dá vida ao pardalinho
vem do alto da serra
corre leve devagarinho.
O pardalinho para viver
bebe água no regato
e logo ao sol nascer
canta alegre no cato.
Bica, bica e molha o bico
voa lesto para o ninho
é ágil e até místico
quando está sozinho.
Pia, pia o pardalinho
passa o tempo a piar
quando voa do seu ninho
tem graça o seu voar.
O pardalinho é pequenino
como pequena é uma criança
voa livre sem destino
voa alto com esperança.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria, dedicado a todas as crianças, com muito amor e carinho).
“Hoje ouvi dizer”
Hoje ouvi dizer que estás bonita
tenho imensas saudades tuas
minha doce e terna amiga,
o meu coração por ti palpita
quando deambulo pelas ruas
sempre que a saudade me obriga.
Eu penso que alivio a minha dor
que também espaireço a saudade
mas porém isso não acontece,
tenho saudades tuas meu amor
vagueio loucamente com ansiedade
o meu coração jamais te esquece.
Sinto-me como um farrapo sem ti
é lamentável a minha triste sorte
estou a enlouquecer com certeza,
por favor tem dó de mim
não há ninguém que suporte
um desprezo desta natureza.
Matas-me com o teu longo silêncio
desperdiças o amor que nos uniu
mostra-me de novo o teu sorriso,
compreende e tira-me deste suplício
devolve-me o amor que perdi
e farei por ti o que for preciso.
Hoje ouvi dizer que estás bonita
disseram-me que sofres também
como eu! suportas a mesma cruz,
matamos esta saudade infinita
para que voltemos porém
ao amor que nos conduz.
Quebra esse teu silêncio mortal
vem daí falar comigo
veste aquele teu vestido de chita,
traz-me o teu cheiro natural
para que o nosso amor seja vivido
e vencer essa indignação desdita.
Artcar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria, dedicado com muito carinho ao "AMOR").
“O Vento”
Agreste sopra na serrania
ecoam silvos ao fundo do prado
zangado e com rudeza,
arrasa com sua ventania
tudo destrói quando irado
com a força de sua natureza.
Fustiga em todas as direcções
levanta as ondas do mar
eleva-as até ao céu,
causa grandes destruições
parece tudo castigar
naquele gigante escarcéu.
Desmancha telhados e jardins
Impiedoso extirpa árvores da rua
abre fundas brechas em casas,
assobia desesperado lá pelos confins
só por influência da lua
encolhe as suas asas.
Amaina em toda a sua amplitude
quando tudo volta à normalidade
depois do desesperado movimento,
regressa de novo a quietude
após tanta brutalidade
pela força descomunal! O Vento.
ArtCar
("O Vento"! Poema de minha autoria dedicado a essa gigantesca força da natureza).
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