“A Cruz”
Semana Santa da Paixão
saudoso, fico cheio de nostalgia
recordo os ensinamentos de Jesus,
tal tristeza invade o meu coração
com o pensamento na sabedoria
daquele que morreu na cruz.
Tento compreender tempos modernos
embora eu seja de crisma cristão
lembro festas pascais de outra época,
dos jubilosos momentos fraternos
desde os tempos de então
no meu coração toca.
Um mártir e o sacrifício dos cordeiros
um enorme ajuntamento de gente
o apóstolo Judas Tadeu,
o homem dos trinta dinheiros
que por cobardia mente
e seu mestre Jesus vendeu.
Espera no monte das oliveiras
uma cruz para crucificar Aquele
que morre pela humanidade,
quase moribundo sobe escarpas e ladeiras
misericordioso e lembrado seja Ele
a rezar por nós na eternidade.
Já pregado, balbucia o seu último dito!
perdoai-lhes Senhor, não sabem o que fazem
num repente tomba a cabeça para o lado,
ouve-se de longe um abafado grito
levanta-se uma gélida aragem
e nasce um mundo complicado.
Morre impávido e sereno
a sangrar de tanto amor
de modo brutal pregado na cruz,
Ela!.. a soluçar faz-lhe um aceno
cheia de sofrimento e dor
sua Mãe, a mãe de JESUS.
ArtCar
(Poema de minha autoria, escrito com muito amor e com o desejo de uma Santa e Feliz Páscoa para toda a gente).
“Alerta dos Amigos....”
Este meu poema é um profundo agradecimentos aos meus amigos e a todos aqueles que fizeram o favor de me alertar e ajudar a salvar o meu barco das águas iradas e tenebrosas do rio.
O meu muito obrigado!
Águas iradas com a força da natureza
tudo arrasam sem dó nem piedade
no exposto das margens do rio,
destroem coisas de tanta beleza
que ao prazer oferecem uniformidade
tais como barcos dum rio bravio.
Sempre que há uma revolta de mar
ventos agrestes de receios temerários
é atracção de curiosos e jornalismo,
ninguém consegue imaginar
tais prejuízos dos proprietários
que ficam perdidos no abismo.
Só não perde quem nada tem
mormente à beira do rio
porque não quer ou não lhe convém
mas também não vive em suplício.
Fui chamado às nove da manhã
depois de passar a noite a escrever
dormia tranquilo e profundamente,
talvez a sonhar com o amanhã
também a mim me cabe o dever
de ajudar a salvar ou proteger
o meu barco principalmente.
O meu obrigado aos meus amigos
obrigado a quem me alertou
obrigado aos destemidos pescadores,
salvaram o meu barco dos perigos
já salvaram quem ali tentou
pôr termo à vida e se afundou
e porém, salvam muitos valores.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria para todos os meus amigos e também para quem fizer o favor de o ler).
(Com o despontar da primavera, as papoulas estão prestes a nascer)
“PAPOULA…”
No alto do miradouro
zumbem no ar alegres abelhas
avisto trigais cor de ouro
onde há papoulas vermelhas.
Papoula é singela flor
modesta e sem sucesso
porque não tem odor
e simples em excesso.
Mas na certeza porém
todos se enganam com ela
na verdade cheiro não tem
mas brilha como uma estrela.
As maçãs do seu rosto
cintilam como lantejoulas
tão vermelhas de bom gosto
fazem lembrar as papoulas.
Papoula que nasce entre o trigo
vermelha e sem rival
namora o louro espigo
no campo do seu trigal.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado à primavera e às papoulas vermelhas que nascem espontâneas nos campos e trigais).
“Esta noite….”
Esta noite não consegui dormir
a pensar deitado no meu leito
e tudo me veio à lembrança,
não sei o que estava a sentir
várias palpitações no peito
um rol cheio de esperança.
Pensei em sua eminência o Papa
Francisco! de bom nome português
Imagino-o a mudar o mundo,
reparo num livro com sobrecapa
vejo um mar cheio de boas marés
penso no mendigo e no vagabundo.
Levanto-me e volto-me a deitar
encosto-me tranquilo à almofada
depressa chega a madrugada,
toda a gente se está a levantar
oiço repentina uma entoada
é a chuva harmoniosa e determinada.
Oiço o seu bater na calçada
tento dormir mas não consigo
toca afinada, melodiosa e nua,
húmida e fria canta-me uma balada
metesse constantemente comigo
bate de mansinho na minha rua.
Esta noite não consegui dormir
nas horas de tranquilidade
da santa paz do descanso,
pensei no que está para vir
com o desejo de solidariedade
e no amor impávido e manso.
ArtCar
Poema de minha autoria.
Hoje é domingo de ramos! esta noite não consegui dormir a pensar num mundo melhor.
Dedico este meu poema com muito amor e carinho a toda a gente, na esperança de que um dia todos nós possamos viver em absoluta Paz e Harmonia.
“Amor e Reprodução”
Bate asas o pássaro que alegra
e esvoaça sobre o seu ninho
mata a fome aos seu filhotes,
como quem deseja e se entrega
ao amor no seu intimo cantinho
bem como em igrejas os sacerdotes.
Um desejo, um suspiro, uma lágrima!
nasce o amor espontâneo no ar
onde a alegre mariposa baila,
há bela flor poisa-lhe em cima
não se cansa de a explorar
e a peçonhenta serpente ao sol sibila.
Tudo se reproduz na natureza
a serpente, a mariposa e o homem
no penhasco o místico condor,
é tão belo o amor com certeza
o íntimo leito onde dormem
e se cruzam com prazer e amor.
O Amor!
está ao dispor de todos os seres
assim como de toda a gente
ao amor livre eu faço jus,
viver, reproduzir, são seus deveres
não acasala e reproduz quem é ausente
ou como certa gente de proibidos tabus.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado com muito carinho ao Amor e Reprodução).
“O blefe do prazer”
Tu dás-me um tabefe
eu dou-te um beijo
mas porém eu dou-te um abraço,
faço o meu jogo de blefe
teu corpo esbelto manejo
e deixo-te num embaraço.
Quebras com ternura a tua ira
envolves teus braços ao meu pescoço
beijas-me com sofreguidão,
mesmo que seja só por desejo e mentira
pões-me louco e em alvoroço
entendo porém a tua pretensão.
Olho-te com avidez e paixão
não resisto ao teu belo encanto
e ávido desnudo a tua beleza,
como se eu fosse um voraz leão
num instante e no entretanto
entro audaz na tua natureza.
Beijamo-nos, amamo-nos, suspiramos!
satisfizemos os nossos desejos
separamo-nos com afagos e simpatia,
sorridentes nos afastamos
com o desejo de oportunos ensejos
saciados do prazer em harmonia.
ArtCar
(Dedico este meu poema com muito amor e carinho a todos/as quantos desejarem ter o prazer do amor, sem preconceitos de idades.
Ao amor livre, seguro e saudável).
“Velho e Só!..”
Apenas e só com a solidão
devagar! Lá vai passando o tempo
dentro dum velho pardieiro,
sem alegria e cheio de emoção
não tem nenhum passatempo
é como pássaro em cativeiro.
É triste ser velho e desprezado
porém, todos detestam a velhice
por ser ingrata e implacável,
quando o momento é chegado
e chega porventura num ápice
é triste, mas é a realidade.
Ser velho é ter certo estatuto
ter o passado sobre os ombros
preparar a partida para a despedida,
é todo um trajecto resoluto
rever as memórias nos escombros
de tanto sofrimento na vida.
Velho e só! mete fastio
provoca infelicidade e tédio
faz perder a coragem,
são dias e anos a fio
dum mal sem remédio
até à última paragem.
É terrível a solidão
é tormento em sofrimento
o desprezo e desdém,
enche de tristeza um coração
ver um velho no isolamento
sem a companhia de alguém.
Feliz de quem tem companhia
não sabe o bem que tem
mesmo doente e decrépito,
tem quem gira a sua autonomia
dá-lhe amor e conforto também
nos momentos de estar aflito.
Peço veemente ao Criador
que me conserve o discernimento
sem sofrimento e solidão,
quero alegria e amor
luz no comportamento
e paz no coração.
ArtCar
(Dedico este meu poema a todos os idosos/as com muito amor e carinho. Os mais novos; tenham paciência, lembrem-se que para lá caminham).
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