Meu velho amigo!
Por cá vamos andando
tu segues os meus passos
eu trato de ti e porém,
o tempo vai por nós passando
já sinto o peso nos braços
e tu a envelhecer também.
Amparamos a nossa amizade
para ti, uns biscoitos
e para mim, apenas um café,
é assim a triste realidade
não somos novos nem afoitos
passou a onda da nossa maré.
Brincavas com teus brinquedos
sempre a correr como um tolo
e saltavas activo para o sofá,
urdias tantos enredos
procuravas o meu colo
e tantas coisas quiçá.
Já não fazes o mesmo tropel
quando brincavas comigo
embora ainda sejas prazenteiro,
sempre de vigia, atento e fiel
meu velho cão, meu velho amigo
meu leal companheiro.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado como muito carinho a todos os animais de estimação e em particular para o meu cão "Putch").
“O Silêncio”
Apenas sinto em meu redor
o som quimérico do silêncio
dum silêncio sepulcral,
nem um só frívolo rumor
nem tão pouco um só vestígio
por agora é silêncio ocasional.
Sinto-me silencioso e vazio
não é de medo ou de raiva
nem tão pouco de solidão,
é um silêncio tumular e frio
não de neve, chuva ou saraiva
mas sim silêncio de agressão.
Oiço na calada um drama
é o silêncio da indiferença
os sons ofensivos do nada,
é como arte de quem trama
silencioso e sem presença
com uma gargalhada abafada.
Como surdez silenciosa de alguém
que impera no mundo das trevas
é o silêncio sombrio e infinito,
um genuíno sentido de desdém
dum insensível silêncio piegas
intencional como medonho grito.
Eu, porém, não gosto do silêncio!
vezes sem conta chamo-o à razão
e dou-lhe o benefício da dúvida,
ó, silêncio! silêncio faz-me o obséquio
solta o silêncio do teu coração
não perturbes o silêncio da vida.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao silêncio).
“És tu”
Tens o encanto duma flor
a divindade da pureza
o verdadeiro amor incondicional,
auréola radiosa de resplendor
a candura e a beleza
dum cântico de amor celestial.
Tens fértil riqueza de pensamento
sem máculas em tua integridade
um coração sadio e buliçoso,
tens vigor ávido e sedento
que meu coração invade
onde bebo sofregamente ansioso.
Tens a liberdade das aves do céu
o aprumo seguro e piedoso
meigo carinho admirável,
a tua elegância no apogeu
de carácter digno e virtuoso
és tu, doce e afável.
Tens tudo o que eu quero
o mel que me adoça a boca
mãos generosas de oiro,
o suporte verdadeiro e sincero
o ser que a minha alma toca
e o puro ar que eu respiro.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico muito carinhosamente à minha mulher).
“Alegre Primavera”
Primavera de multicores
com teu sol alegre e radioso
de vento ameno e acariciador,
tens a beleza das flores
um colorido manto jubiloso
pintada na tela do amor.
Dás alegria aos montes
florescem os vastos campos
onde canta a passarada,
brota água cristalina das fontes
crescem luminosos pirilampos
e cheira a terra lavrada.
Harmonia primaveril de ternura
de vermelhas papoulas na seara
e ternas aves a gorjear,
o teu vestido debruado na cintura
com uma fita de cor clara
são versos de amor pelo ar.
Primavera dos namorados
que apanham flores silvestres
com a alegria dos seus sorrisos,
dão beijos apaixonados
nos seus passeios campestres
e trocam olhares precisos,
Que seja sempre primavera
de amor, cores, flores e sol
para alegria do meu coração,
ai, quem a mim me dera
ir sempre contando no meu rol
cada primavera, uma estação.
ArtCar
(Poema de minha autoria escrito com muito carinho e que dedico com muito amor à primavera. A estação do ano mais alegre).
“Amante e Companheira”
Cidade acessível e educativa
minha amante e companheira
dos meus pecados, amores, desamores!
acolhedora, franca e convidativa
pomposa de qualquer maneira
de gente honrosa com valores.
Minha cidade de encantar
minha ternura incondicional
maternal e afável para viver,
nobre cidade de deslumbrar
de impar qualidade abissal
és o baloiço do meu ser.
Com estrelas cintilantes a vislumbrar
em cada rua existe uma paixão
em cada monumento uma história,
aproxima-se o Atlântico para te beijar
com o qual te dás bem em comunhão
minha linda cidade de luta e gloria.
Se te amo! porque não o dizer….
Se eu tenho tanto orgulho de ti
minha consolação e meu conforto,
por ti e em ti em paz hei-de morrer
minha paixão de amores que escolhi
amante e companheira!.. meu Porto.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado com muito amor e carinho à minha linda cidade do Porto).
“Mãos santas”
Mãos meigas e encarquilhadas
marcadas pela idade
e de artroses penalizadas,
firmes e determinadas
afagam com docilidade
suaves e calejadas.
..........................................
As tuas são verdadeiras
de carinho e meiguice
embora já cansadas,
são sempre as primeiras
não se importam da velhice
mãos santas e abalizadas.
.........................................
Santas pelos feitos da vida
pelas agruras marcadas
são exemplo do amor,
mãos santas sem dúvida
por virtualidade honradas
não sentem o que é dor.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado a todas as mãos bondosas e carinhosas que sabem afagar e amar).
“Dia mundial da voz”
Gosto duma voz sonorosa
encanta-me o seu vibrar
tão clara como o cristal,
de suavidade melodiosa
bem tratada e salutar
particularmente sensual.
A tua é como a do rouxinol
cristalina de encantamento
transmite paz e alegria,
brilhante como a luz do sol
sedutora no entendimento
bela, do nascer ao fim do dia.
A voz vem do fundo da alma
alimenta com amor o coração
quando é bem pronunciada,
quanto mais suave e calma
mais transmite sedução
como a tua que é encantada.
Só porque hoje é dia da voz
a minha homenagem à tua
por ser melodiosa quanto boa,
sonorosa de suavidade veloz
que no meu coração actua
delicada, nunca magoa.
ArtCar
Poema de minha autoria. Por ser o dia mundial da voz, esta é a minha pequena homenagem à voz de todos nós.
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