“O prazer da pesca”
Aqui está um bom exemplo de viver
sem seus próprios meios de locomoção
roda lesto pelo cais em busca do peixe,
a pesca lúdica é um desporto de lazer
calmante do stresse e alivia o coração
mas para trás que ninguém o deixe.
De cana na mão e anzol iscado ao mar
sente felicidade pelos seus desígnios
e fica à espera pela sua própria sorte,
aprendeu tal como os outros a pescar
embora restringido aos seus domínios
é exímio pescador desportivo e forte.
Dá gosto e é perfeito líder a pescar
embora de sua notada deficiência
e animado pelo prazer desportivo,
corajoso e efectivamente de louvar
pela sua calma e virtuosa paciência
o prazer da pesca é o seu motivo.
Cada um pescador é como cada qual
uns mais limitados e outros normais
este porém em cadeira de locomoção,
sereno pescador simpático e normal
um grande exemplo para outros tais
que se encontram na mesma situação.
Favorável desporto para uma vida salutar
ao ar livre e em comunhão de liberdade
ser-se pescador assim! são muito poucos,
entre os mais e outros tantos feliz a reinar
é certamente pescador com veracidade
e porém pesca tal e qual como os outros.
Admirável homem de cortesia entre todos
corajoso e destemido pescador valente,
de bom trato, afável e de boas maneiras,
extremamente educado e com bons modos
verdade que pesca por limite e deficiência
mas é um exímio pescador das palmeiras.
As frondosas palmeiras da foz do douro
no cais de convívio aprazível e acolhedor
lugar feiticeiro e mágico de rara beleza,
pelos pescadores é eterno e duradouro
é de toda a gente e de qualquer pescador
que tenha prazer dentro de sua natureza.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com muito respeito e carinho a todos os deficientes do mundo e em especial a todos os pescadores
lúdicos e desportivos).
“A benevolência alheia”
Procuram entre vertentes o seu destino
esgravatam divididos pelos seus ideais
lamentam pela sua triste desventura,
só mesmo por um milagre divino
serão alcançados seus esforços aos quais
como recompensa de sua procura.
Ficam desamparados na encruzilhada
pelos muitos receios que se lamentam
pela desmedida regra da preocupação,
a lei da força e da sorte na sina traçada
pelos propósitos que não os contentam
nos dissimulados caminhos da ambição.
Fogem amofinados desta difícil aflição
como o indefeso das garras da rapina
são tantas criaturas e pobres mortais,
esperam um sinal para casual solução
e qualquer coisa sob regra e disciplina
prósperos acontecimentos eventuais.
E aos poucos vão partindo indefesos
entregues aos seus próprios destinos
os filhos da terra que lhes deu o ser,
na benevolência alheia ficam presos
ainda muito jovens e quase meninos
sempre aparece quem lhes dá afazer.
Já tenho o meu olhar muito cansado
a fonte das lágrimas também secou
vejo o mundo a definir-se combalido,
pobrezinho aquele que não é amado
como flor abandonada que definhou
num canteiro ao desprezo esquecido.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com muito amor e carinho a todos quantos procuram a sua sorte pelos caminhos do desconhecido).
“Fosse eu Poeta”
Por favor meu amor, não me chames poeta!
apenas brinco com as palavras convenientes
e com a simplicidade da minha existência,
acredita porém numa coisa bem certa
são sentidas e com tanta singeleza inocentes
ao alcance de toda a minha influência.
Fosse eu um nobre e verdadeiro poeta!
teria a pertença do mundo na minha mão
ouviria os ecos constantes do teu falar,
serias tu a minha musa e deusa secreta
o pulsar romântico dentro do coração
minha boca falava do teu pensamento.
Não sou poeta nem tampouco escritor
sou um modesto e humilde escravo teu
que deambula constante no imaginário,
escrevo afectuosas palavras de amor
emprego o dom que Deus me deu
e tiro-as existentes do dicionário.
Um poeta é um pobre sonhador sábio
desmedido povoador de ideias valiosas
que fertiliza e engrandece a imaginação,
usa palavras sábias de velho alfarrábio
não necessariamente muito pomposas
mas consideráveis com explicação.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado a todos os poetas/poetisas de todo o mundo).
“O competidor”
Competição, para mim é emulação!
hostilizar para alcançar,
eu, definitivamente não.
Merecimento de valorização
dá ânimo e aceitação
faz feliz o coração.
Para mim…. Falo por mim!
assusta-me a competição
tenho medo da hostilidade.
Eu, penso assim!
sinto o cheiro da hostilização
fico-me pela simplicidade.
A modéstia hostiliza a competição
tal como o evidente competidor
no clamor do contentamento,
só por uma singela emulação
apavora-me de hostil temor
faz suster o meu alento.
Desculpe o gigante competidor
faça o valor de sua opinião
profira seu ideal constantemente,
mas não compita por favor
dê por mérito alguma aceitação
ao dotado e modesto inteligente.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao competidor ganhador (ou não), sem vaidade).
“Memórias da minha terra”
Velhas ruas empedradas
do meu burgo ditoso
gastas no passar das temporadas,
tal como memórias castigadas
deste teu filho saudoso
por meu direito reportadas.
A deambular num só itinerário
à noite a tomar a sua aragem
bebia água fresca da fonte
onde saciava as securas,
aprazível passeio diário
enchia de amor e coragem
ao nascer da lua no horizonte
segredava minhas amarguras.
Velhas ruas que não mais pisei
de calçadas em paralelos gastos
fonte de água pura e fresca,
faz tempo que por lá andei
meu deleite de tantos repastos
minha terra amada e pitoresca.
Terra que tenho na memória
lembra-me meus pais e amigos
embalo da minha juventude,
meu berço de encanto e gloria
foste defesa de tantos perigos
amo-te em toda a plenitude.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com muito amor e carinho à terra que me viu nascer (Freixo de Espada à Cinta).
“A revolta da simplicidade”
Hoje ouvi um certo galo
a cantar de muito alto
proferir ideias de poleiro,
ouvi-lo até é um regalo
mas fico em sobressalto
por não ser verdadeiro.
O senhor galo da maldade
que fala de barriga cheia
sem escrúpulos e malicioso,
engana toda a simplicidade
tal como lobo de alcateia
que é astuto e impiedoso.
Menospreza a singeleza
zomba vil da inocência
caçoa acervo da realidade,
vaia com tal agudeza
e com certa demência
ridiculariza a sua banalidade.
Os humildes não sabem lidar
com a rude maldade alheia
como com demente estrénuo,
só uma revolta de aniquilar
a maldade que ele ateia
se ignora a quem é ingénuo.
Revolta-me a arrogância
revolta-me a mentira
revolta-me a maldade,
quem age com petulância
bebe o veneno de sua ira
com a revolta da simplicidade.
ArtCar
(Poema de minha autoria).
“Menino Rebelde”
Não gosta de estudar
diz que é pequenino
engana sua mãe,
passa o tempo a brincar
é esperto e ladino
maroto também.
Mente como saco roto
diz asneiras sem pensar
o rebelde franzino,
chamam-lhe maroto
não quer atinar
diz ser pequenino.
A mãe leva-o à escola
só para ter a certeza
de caminho vai embora,
logo pousa a sacola
e de sua natureza
arremeda a professora.
Rebelde e mentiroso
não gosta de estudar
é terno e brincalhão,
lesto e buliçoso
só gosta de brincar
e tem bom coração.
Insulta a professora
pede perdão à mãe
humilde e medroso,
sua escola ignora
estudar também
é menino famoso.
Tem ar de inocente
olhar de meiguice
adora as brincadeiras,
está sempre impaciente
é próprio da meninice
a rebeldia e as asneiras.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado a todos os meninos rebeldes, mas de bom coração).
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