Falsidades e Pombas bravas!
Debandam assustadas as pombas
ao rebentarem foguetes no ar
pelas festas e romarias,
tal como amizades hediondas
afastam-se sem se declarar
e proferem certas infâmias.
São como as pombas bravas
tudo depende do pombal
ou dos tratadores do milho,
com fome, parecem escravas!
são sociáveis lá no beiral
à espera do ritual estribilho.
As pombas! são egoístas e ardis
e o estribilho já cansado
são tratadas com certa manha,
falsos amigos pérfidos e gentis
são como pombas de bico afilado
selvagens lá na montanha.
Amizades são como um jogo
tanto encanta como desencanta
tal como pombas por conveniência,
falsos amigos, são como fogo….
Os verdadeiros; protecção santa
que se ama com eloquência.
Quantos se afirmam de amigos
e são amigos funestos
tal como pombas que vêm e vão,
os falsos ameaçam perigos
mas os leais são mesmo honestos
e os falsos só trazem confusão.
ArtCar
(Poema de minha autoria. Escrevi este poema com a finalidade de equiparar falsas amizades às pombas selvagens. Porém, eu gosto muito de todas as pombas, embora lhes reconheça o seu egoísmo peculiar. É natural! são selvagens. As falsas amizades são como o fogo; ardem até à destruição....).
Meu velho barco!
Sou um feliz e velho marinheiro
do meu velho barco a navegar
meu brinquedo e companheiro
nas ondas tranquilas do alto mar.
Tenho prazer de andar a navegar
e gosto de o ver a irromper
suavemente nas ondas do mar
o meu velho barco de lazer.
Sou um velho e feliz navegador
do meu barco por eleição
em mim tenho coragem e vigor
e pelo meu velho barco paixão.
Velho e dedicado companheiro
meu velhinho barco a baloiçar
sou feliz e alegre marinheiro
por navegar nas ondas do mar.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado com muito amor ao meu velho barco).
“Nenhuma é como tu”
Gaivota que és minha amiga
até vens poisar junto a mim
gaivota de minha eleição,
minha velha amizade antiga
se soubesses o quanto gosto de ti
do fundo do meu coração.
Levas uma lembrança,
trazes um recado!
está longe o meu amor,
em ti tenho confiança
tal como que um aliado,
ou seja, um confessor.
Gaivota que vens e vais
princesa do meu mar
passas o tempo comigo,
sempre que poisas no cais
pões-me feliz a sonhar
com meu porto de abrigo.
Minha amiga; toma nota!
leva por favor esta lembrança,
são flores; é um ramo….
Gentil amiga gaivota
diz-lhe que tenho esperança
e só a ela a amo.
Tantas gaivotas a voar,
outras no cais a comer!
brigam e fazem sururu,
vão e vêm do mar
podem ver-me até sofrer
mas nenhuma é como tu.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado muito carinhosamente às gaivotas).
“A PINTORA”
Pinta em tela determinada
pincela o nu com beleza
marca medidas definida,
exímia pintora interessada
tão bem pinta a natureza
a natureza da vida.
Pincela aguerrida e graciosa
retoca suavemente com languidez
na tela da determinação,
assim como pérola preciosa
pinta com ternura a nudez
e pinta com a beleza do coração.
Pintora livre da natureza
pinta com tintas multicor
a pintura da formosura,
pintora de tamanha nobreza
pinta o nu com tanto amor,
dedicação e ternura.
ArtCar
(Poema de minha autoria escrito com muito amor e carinho para todos os pintores/as do mundo).
Flores….
Se tu bem quiseres,
dar-te-ei uma pequena flor!
de cor da rosa-mármore,
se bem tu a veres!
perceberás que é com amor
que a colho desta árvore.
Flores! São como jóias preciosas,
são amor, dedicação, afeição
e afecto por quem se gostar,
tal como jasmins, violetas ou rosas,
quando dadas com o coração
e amadas por quem as beijar.
Por favor, aceita uma pequena flor
deste pobre solitário e mendigo!
que implora a tua benevolência,
morre de amores com dor,
porque morrer eu não consigo!
se não aceitares por conveniência.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado com muito amor e carinho a todas as flores).
“Nuvem triste e passageira”
Nuvem triste e passageira
anda tão triste e tão sozinha
lá do alto! está-me a acenar,
vem devagarinho e sorrateira
delicada, para mim se encaminha
e em meus braços vem chorar.
Tem os olhos vermelhos de chorar
o mar do seu próprio pranto,
a nuvem triste e emocionada….
O sol lá longe a espreitar
até perde o seu belo encanto
ao vê-la tão triste e abalada.
Fica a nuvem triste e angustiada
só porque o sol a beijou
e assoberbou com tanta lágrima,
ficou infeliz e até zangada,
a sua tristeza não aguentou
e desce até mim perturbada.
Se nuvem eu quisesse ser,
e o sol me viesse beijar!
não seria nuvem passageira….
Então ele haveria de ver
se ficava triste ao beijar,
beijá-lo! seria eu a primeira.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria, dedicado muito carinhosamente ao sol e às nuvens).
Uma passeata ao luar!
A tarde começa a esmorecer
o sol mergulha no horizonte
e o céu veste-se de vermelho,
começa lentamente o anoitecer
já se notam os contornos do monte
por detrás, a lua parece um espelho.
Reparo em duas borboletas a voar
defronte da minha janela,
parecem movimentos de acrobata!
o sol, esse! Já se foi deitar
e a lua, está mais próxima e bela
até convida a uma breve passeata.
A noite está cálida!
Ela! a noite, com tanta delicadeza
generosamente até me vem beijar,
porém a lua fica invejosa e pálida
por a noite mostrar a sua grandeza
ao seu companheiro luar.
Na calmaria da noite, sinto magia!
um reconfortante fresco nocturno
da aprazível brisa do mar,
na marulhada das águas e maresia
sinto-me sozinho e taciturno,
mas sabe tão bem! uma passeata ao luar.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado a quem gosta de passear à noite, ao luar).
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