Flagelo calamitoso….
Vêm-se cada vez mais crianças desamparadas
entregues à sua própria sorte e sem um ideal
mal tratadas, mal amadas, ofendidas e injustiçadas,
vão para a escola com fome, andam mal alimentadas
peca brutalmente quem lhes faz tanto, tanto mal
por não terem pão e andarem tristes e magras.
São tão frágeis as inocentes e pobres crianças
sem agasalhos e malnutridas pela fome traiçoeira
é triste vê-las padecer neste flagelo vil e vergonhoso,
é urgente, muito urgente, impreterível haver mudança
muito firme e radical, bem alicerçada e verdadeira
para acabar com este flagelo tão calamitoso.
Hoje! só vejo gente vaidosa enganadora e ardil
por onde andais vós! Homens valiosos de outrora?
Ó! Homens de carácter lusitanos e real patriotismo,
por onde andam os corajosos Homens de Abril?
são agora precisos! são precisos e já e sem demora,
para não cairmos num profundo e colossal abismo.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado com muito amor e carinho a todas sa crianças desfavorecidas e que tanto precisão de pão, amor e carinho).
Gosto tanto de ti….
Gosto do teu olhar de mel
do teu cabelo encaracolado
e dos teus lábios cor de fogo,
gosto da tua cortesia fiel
do teu sorriso encantado
e de entre nós! do diálogo.
Gosto da delicadeza dos teus gestos
do deslumbre do teu sorriso
também da macieza da tua pele,
gosto dos teus ais e protestos
gosto imenso do teu riso
perco-me também a rir nele.
Gosto da tua forma de andar
do teu vestido cor de lilás
da tua maneira de estar,
gosto de ti como gosto do mar
e do prazer que tu me dás
de nele eu poder navegar.
Gosto tanto de ti
descreve-lo eu não consigo
no sonho de minha ilusão,
por ti de amores me perdi
tenho-te sempre comigo
dentro do coração.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado com muito carinho ao "Amor" e à "Natureza").
“Trovoadas e ventos agrestes”
Silvam fortes os primeiros ventos de outono!
começam a agitar todo o sossego marítimo
e o mar tal como um leão levanta-se em fúria,
vejo as praias despidas e desertas ao abandono
embora seja tudo isto tão natural e legítimo,
tenho pena das gaivotas que ficam na penúria.
Até elas sofrem tanto com a ausência do verão!
as pobres aves que vivem do sustento do mar
assim não têm literalmente nada para comer,
tal como os mendigos pobrezinhos sem pão
que andam pelas ruas tristes a mendigar,
para desgraçadamente poderem sobreviver.
Silvam desenfreados os ventos, rugem os mares!
levantam-se estrondosas ondas na tempestade
e ouvem-se medonhos rugidos cavernosos,
fica na pobreza gente humilde sem os seus lares,
pela força brutal e violenta de tal severidade
dos ventos colossais, agrestes e tenebrosos.
Ouvem-se os trovões a estremecer a natureza!
faíscam assustadores os raios descomedidos
sobre a fragilidade da natureza desamparada,
são tenebrosos e determinados pela sua destreza
bem como os revoltos ventos dos mares enfurecidos,
que sopram violentos, agrestes e determinados.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado à natureza).
“A BELA FLOR À JANELA”
Pinto o nome dela multicolor
pinto-o a cores na minha tela
por ela padeço de amor
quanto está airosa à janela.
É tão bela a bela flor
tão bela quando sorri
tudo brilha ao seu redor
sempre que olha para mim.
Hoje passei à rua dela
lá estava ela à janela
a bela flor tão bela
que pintei na minha tela.
Que bela seja sempre ela
a bela flor da janela
é formosa e donzela
pintada na minha tela.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado com muito amor e carinho às "FLORES").
Crianças.. Flores… Outono…. Nostalgia!
São lindas as flores do Outono!
como as gritarias das crianças têm beleza
e casto contentamento dentro do coração,
parecem passarinhos a chilrear….
O Outono para mim é mais monótono
mas gosto tanto da sua natureza,
das folhas caídas no chão,
que realçam no chão e fazem sonhar.
O sorriso duma criança
é alegria, é paz e amor
é futuro, é esperança
como a beleza duma flor.
Gosto das paisagens bucólicas!
adoro ver as ondas suaves do mar
e de ouvir gritarias de crianças,
gosto das nuvens de algodão….
O voar lento de aves melancólicas,
paira o cheiro das flores no ar,
adoro fazer pactos e alianças,
amo o bater do meu coração.
Gosto da estação do Outono
adoro a beleza das suas cores
em boa verdade e em seu abono
são as flores, os meus amores.
A mim o Outono transmite-me paz!
um sentimento profundo de saudade
e dá-me um bem estar de espírito,
adoro a profunda nostalgia outonal….
Lembra-me o meu tempo de rapaz,
as vindimas, os que já partiram e a mocidade,
penso no infinito e no incógnito
porque o Outono é nostálgico e sentimental.
Gosto dos cheiros suaves do Outono!
do cheiro característico a castanhas assadas,
do cheiro suave dos marmelos e da marmelada,
gosto do Outono porque me faz reflectir….
As árvores despidas que parecem ao abandono,
as folhas do chão castanhas e avermelhadas
e os pássaros estonteados em debandada,
gosto da minha loucura e da vontade de resistir.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao Outono e a toda a natureza).
“Cortesia de verão”
Já não oiço os melros na madrugada
nem o serzino a cantar com espiritualidade
oiço apenas o chilrear dos pardais,
as aves fugiram em debandada
partiram ontem e já tenho saudade
de os ouvir cantar nos quintais.
Porém, o outono já chegou!
o verão fez a última cortesia
e com ele levou os pássaros preocupados,
o ciclo das quatro estações nunca parou
o verão deu a despedida com alegria
ainda deixando alguns dias ensolarados.
Até as gaivotas parece que emudeceram
se calhar também partiram para o mar
as árvores ficaram vazias,
os dias monótonos ainda não vieram
estão por perto, vêm aí a chegar
as manhãs e noites que já são frias.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao outono e despedida do verão).
“A história dum vagabundo pedante”
Caminha nas ruas da cidade deserta
repara num qualquer bar; quer entrar!
tem fome como a dum cão errante,
não tem lar nem morada certa
nem tampouco onde se abrigar
e tem vastos conhecimentos de pedante.
Anda sem descanso por aí a vagabundear
desprotegido, infeliz e sem abrigo
nas horas mortas e avançadas da noite,
não encontra lugar para ficar
sinto revolta, peço-lhe para vir comigo!
mas não tem força moral que o afoite.
Então eu entro imediatamente no tal bar
compro uma cerveja e um pão com queijo
dou-lhe para matar a sua fome,
ele agradece com os olhos a marejar
sacia a sua fome com tanto desejo
e diz-me que à dois dias que não come.
Agora! pergunto eu onde está a caridade?
onde estão os corações caridosos e benevolentes?
duma sociedade super carregada de insolência,
porquê, um destrambelhado pedante sem felicidade?
será por causa duma sociedade descrente,
ou será; por não haver grande abundância.
Estas são as minhas perguntas de indignado
é um caso existente e carecido tão profundo
dum pobre pedante sem juízo e entristecido,
é uma história comovente dum desgraçado
que anda errante e faminto no mundo
porque o mundo, pare-me já estar perdido.
Pobre de quem tanto precisa e não tem pão
pobre dos sem juízo que caem nas teias da miséria
sem um tecto, sem um abrigo, sem alimento!
o mundo está oco e já não tem coração
são tantos os mendigos já em demasia
que nada têm; nem dinheiro, nem sustento.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico muito carinhosamente a todos os "pedantes" do mundo).
. Como os poetas que cantam...
. Recordando... Inocentes s...
. A Poesia e a Alma do Poet...