“Flor dos meus afectos”
Cresce angélica uma flor
no jardim dos meus afectos
delicada e multicolor
dos meus amores predilectos.
Todos os dias a vejo crescer
mimosa de aroma delicado
tão frágil ao amanhecer
à noite fico encantado.
Tem um aroma diferente
de todas as outras flores
está sempre com alegria.
É uma estrela cadente
de pétalas multicolores
parece que tem magia.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado às flores angélicas).
“Bela mulher trigueira….”
Vai caindo a noite tranquilamente
a chuva continua persistente e teimosa
e a temperatura está amena,
bate no meu peito uma saudade e de repente
lembro-me duma mulher que conheci, formosa,
tem corpo esbelto e estrutura pequena.
De trato fino e bem comportada
trigueira e de delicada abordagem
o meu olhar ficou preso a ela,
educada, requintada e socializada
três predicados em sua homenagem
àquela que é tão formosa e bela.
Lamentavelmente, jamais a voltei a ver
desde aquela manhã derradeira
sentada no chão do cais, junto ao mar,
se a ver, creio que a não irei conhecer
procurei-a por aí de qualquer maneira
e só dela assim, a consigo recordar.
Trocamos umas palavras, dissemos adeus!
pode um dia duma maneira casual e certeira,
quiçá, até calhar de a encontrar,
num jardim, num café, num dos passeios meus,
aquela mulher linda, bela e trigueira!
que conheci, sentada no cais junto ao mar.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado muito carinhosamente ao amor).
“Minha Cidade Tranquila….“
Cidade dos encontros e dos desencontros
das ruelas com velhas tasquinhas antigas
onde ainda prevalecem o vinho e as iscas,
velhinhos cantinhos e lugares de encontros
Porto, velha cidade que a todos abrigas
és nobre burgo de raparigas belas e ariscas.
És a minha eleita cidade de encantar
a mais encantadora do mundo inteiro
tudo dás! ofereces amor e tranquilidade,
tens tanta beleza minha pérola do mar
onde o teu enlevo é real e verdadeiro
na tua intimidade e afabilidade.
Porto, és a minha cidade que tanto amo!
és mãe, rainha e aprazível benemerente
Sua Alteza, por simpatia e por amizade,
para mim, és consolação e meu bálsamo
benevolente para quem vive descontente
cidade de prosperidade e tranquilidade.
ArtCar
(Poema de minha autoria, dedicado com muito amor e carinho à minha Cidade, (PORTO).
Sinto!
Partiste! fiquei perdido no meu espaço,
não raciocino, não consigo dormir,
sinto medo, como um menino desamparado.
Angustiado, sinto a derrota pelo cansaço
sinto-me sozinho, não sei para onde ir,
sinto tristeza, estou só e abandonado.
Sinto que o mundo desabou!
sinto revolta nas minhas entranhas
pareço um passarinho fora do ninho,
abandonou-me quem nunca me amou
sinto desprezo, as minhas ideias estranhas,
sinto nostalgia, sinto-me mesquinho.
Sinto a vida desmoronar-se, o relógio parou.
Apenas e só, sinto o bater do meu coração
sinto como que uma trovoada medonha,
sinto a falta daquela que me arrebatou
e um dia, partiu para sempre por ingratidão,
sinto em mim, repulsa e vergonha.
Sinto a perturbação dum acontecimento
a fúria da rudeza violenta e destruidora
sinto todos os males que são os meus,
sinto o nada, sinto um ai e um lamento,
sinto a falta daquela que saiu porta fora
e sinto tumultos cavernosos vindos dos céus.
ArtCar
(Poema de minha autoria).
“As cores do outono”
Nota-se um cheiro a fruta madura
jazem folhas às cores caídas no chão
juntam-se delicadamente com as flores
o sol, lá bem no alto, já pouco dura
são mais pequenos os dias nesta estação
e ficam mais apagadas as cores.
O musgo verde, a caruma dos pinheiros,
marmelos doirados e folhas acastanhadas
a tonalidade das cores das montanhas,
já se notam os frios, são os primeiros..
as aves voam tristonhas e enfadadas
abrem os ouriços com doces castanhas.
É deveras misteriosa esta estação outonal
é nostálgica e ficam os campos sem vida,
uma a uma, as folhas vão caindo de antemão,
nas paisagens com cores de ar angelical
fica a natureza mais tristonha e esmorecida
embora colorida, com as folhas caídas no chão.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao outono).
(foto extraída da Internet)
Velhinhas panelas de ferro!
A tarde está a cair, eu estou melancólico!
a noite está a aproximar-se devagarinho
avivam-se tantas saudades com inércia,
em outro tempo, campestre e bucólico
quando eu era ainda muito rapazinho,
era tudo tão simples e havia muita alegria.
Na aldeia, povoação que me viu nascer!
quase todo o sustento se extraía da terra
do árduo trabalho dos campos ou do cerro,
era mais que suficiente para se poder viver
felizmente, nos vales e no sopé da serra
ainda o comer se fazia em panelas de ferro.
Tempos idos, quando o trabalho fazia lei!
hoje porém, resta a saudade e tudo acabou,
vida dura, em terras castigadas e fartas….
Ainda me lembro do tempo em que me criei
humildemente e na mesa onde nunca faltou
a divina comida feita na panela de três patas.
Comida com paladar apetitoso e especial!
incansavelmente cozinhada pela minha mãe
em panelas velhinhas com três patas e de ferro,
tinha algo de tão sublime e perfeição divinal
ainda guardo com saudade no palato e porém
saudosamente, com muita tristeza e desespero.
Estou melancólico e cheio duma imensa saudade,
até a tarde está tristemente comigo comovida!
traz-me um ror de lembranças à minha mente,
estou a recordar veemente com tanta intensidade
momentos afectuosos duma tradição já perdida
ao lembrar-me dos tempos de antigamente.
ArtCar
(Poema de minha autoria escrito com muito amor e carinho, fazendo lembrar tempos de outrora).
É só para ti este meu poema!
Esta noite vou escrever para ti um poema!
um poema que fale de amor e paixão
e de saudade das tuas margens deleitosas,
têm cheiro a hortelã e alfazema
onde existe o prazer e a sedução
e suavidade nas correntezas vagarosas.
Meu rio douro, imponente e majestoso!
aliado ao céu, às nuvens, ao sol,
e aos montes que amparam as tuas águas,
até o arco iris de sete cores está radioso
com tanta graciosidade em teu prol
segreda para ti, algumas das suas mágoas.
E teus vales! têm caminhos que enfim,
veredas onde o precipício mora….
Sinto imensas saudades ao recordar,
tens porte fino de tal nobreza sem fim
guardo nas minhas memórias de outrora
o quanto me fazem pensar.
Se douro tu és, de ouro mereces ser!
em cada lembrança, guardas um segredo
e tantas recordações do teu domínio,
nas tuas águas quantas vezes fui beber
e pescar do cimo dum penedo
onde a tua beleza é meu fascínio.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao rio douro, com muito amor e carinho).
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