“Dava tudo por….”
Seu olhar sucinto e conciso
é esclarecedor e explicativo
completo de serenidade,
dava tudo por um só sorriso
tal como seu olhar expressivo
afectuoso e cheio de docilidade.
Seus lábios cor de rubi
mãos afáveis de carinho
seu ser meigo e concreto,
tem a graça do colibri
a leveza de tal passarinho
dava tudo decerto.
Eu, dava tudo….
Dava tudo por um sorriso seu
directo ao meu coração,
por um delicado sorriso mudo
que nunca me deu
dava tudo por persuasão.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao amor).
Fases da Lua!
Ai a lua, a lua!
Parece estar perto,
está muito distante,
vejo-a da minha rua
sempre de sorriso aberto
bela e radiante.
Entre o escuro do firmamento
vagueia em constante renovação,
o sol! Esse, é um sonhador….
Ela não perde o encantamento
anda feliz pela escuridão
morre sequiosa por amor.
Então ela, vai de quarto em quarto
sempre nova com o seu luar
normalmente! Aparece cheia….
Dela, nunca o sol fica farto
de tanto a admirar e abraçar
dorme com ela volta e meia.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado à Lua e ao Sol).
(foto extraida da Net)
Sou pastor!
A minha cama é sobre a palha
passo as noites ao relento
durmo aonde calha
o gado é o meu sustento.
Acordo pela madrugada
ainda com a estrela d’alva
oiço cantar a passarada
vejo a solitária papalva.
Levanto-me com as galinhas
pastoreio pelos montes
minhas ovelhas são rainhas
bebo água pura das fontes.
Sou filho do sol e da lua
pastor de profissão
não tenho tecto nem rua
sirvo o gado com prontidão.
Nasci no meio do monte
uso alforge e cajado
os montes são o meu horizonte
vivo contente com o gado.
Sou feliz e saudável
voo mais alto que o condor
para as ovelhas sou indispensável
o meu condão é ser pastor.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado aos pastores de antigamente).
Velho barco sem destino!
Passa inquieto e instintivo
o vento apressado a sibilar
parece chamar aflitivo
alguém perdido no mar.
Um barco flutua sem destino
na agitação buliçosa das ondas
ao lusco-fusco matutino
tenebrosas e hediondas.
Quantas tempestades enfrentou
foram tantas as idas ao mar
quanta fome o velho barco matou
com pescadores a laborar.
Uma onda fatal a aumentar
afunda o velho barco sem destino
foi para o fundo do mar a descansar
naquele alvorecer matutino.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado muito carinhosamente aos velhos barcos de pesca que já navegaram e laboraram muito em águas profundas do mar e alguns repousam no fundo).
Meu Sol Poente!
És deleite admirável e refulgente
a beleza que me satisfaz
o contentamento do sol poente
a tranquilidade que me apraz.
Ai de mim se te não mereço
por ciúme ou por amor
quando te não vejo enlouqueço
meu sol poente, meu inspirador.
Meu sol poente sobre o mar
de águas azuis cor do céu
doce ternura carinhosa.
Meu sol poente que me faz sonhar
és a nostalgia do deleite meu
a rosa mais pura e formosa.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao por do Sol).
O Caçador!
É audacioso e age sorrateiro
anda sempre à espreita
de presa fácil é vulnerável,
é quase sempre certeiro
mormente quando se deleita
é sempre meigo e afável.
Depois de satisfeito o seu intento
num ápice esquece o afecto
qual carácter, que ternura, mas que amor,
logo vira como o vento
anda agitado e inquieto
é próprio de caçador.
Está em constante alerta
em ataque de simpatia
para a pombinha agarrar,
atinge a sua meta
faz de novo pontaria
o caçador, volta a caçar.
ArtCar
(Poema de minha autoria).
AS TRÊS MANAS! A mais Velha e o Marinheiro….
Viviam três manas junto ao mar, numa certa aldeia
em outros tempos, tempos idos de outrora
a mais velha era a Maria, a do meio chamava-se Doroteia
a mais nova dava pelo seu nome, Aurora
que por sinal era a mais feia.
Recatadas, muito bem formadas, eram meninas de bem
a mais velha até estudou para doutora
a do meio, era dona de casa como a senhora sua mãe
e a mais nova, a que se chamava Aurora
era licenciada e doutora também.
Num bonito dia, num quentinho dia de verão
pegam no farnel e foram apanhar sol para a praia
ao mesmo tempo, as três, sentaram-se no chão
por azar da mais velha, rasgou a saia
por ter dado um grande trambolhão.
As três manas entraram em alvoroço, desatinadas
mas que maçada, precisam urgentemente dum costureiro
antigamente, usavam-se saias longas e muito travadas
naquele momento, por ali passava um garboso marinheiro
que por via dele, ficaram todas envergonhadas.
O marinheiro era um sábio! Muito astuto
num repente, baixa os olhos e cobre-os com o chapéu
por uma frincha, por baixo e de soslaio, olhava, arguto
mirava, mirava a mais velha, de joelhos ao léu
sem dar muito nas vistas, ele, não era nada bruto.
Encantado e atraído por sua beleza, defronte ao mar
gentilmente, oferece-lhe os seus preciosos cuidados
porém, ela, pelo marinheiro fica a suspirar
olham-se nos olhos, e ambos ficam apaixonados
então aí, os quatro, foram todos passear.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao amor espontâneo).
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