Não chores Maria!
Não chores Maria!
tantas lágrimas que vertes
de desamor e angústia
olha as rosas silvestres.
As rosas não choram e florescem
entre espinhos a crescer
olha que elas também padecem
porque as não deixam viver.
Ainda assim sorriem para ti
quando da roseira cortadas
sabendo que vão murchar.
Têm razão para chorar sem fim
embora com amor tratadas
choram e não se fazem notar.
ArtCar
(Poema de minha autoria).
“Sonho de amor….”
Esta noite sonhei contigo
conversamos, beijamo-nos, brincamos,
até fizemos amor,
eras o meu porto de abrigo
o barco de embalar onde nos amamos
meu farol rutilante multicor.
Sei que foi um devaneio
das voltas do pensamento
um imaginário de sonhador,
foi tão enérgico tal anseio
eras tão real naquele momento
acordei em estado de langor.
Ai o amor, o que faz o amor!
ele é tão verdadeiro e real
o amor está dentro de mim,
tu, que és bela, mulher e flor
também uma rainha divinal
sonho de amor, é mesmo assim.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao amor).
Romantismo! Precisa-se….
Estamos a precisar de romantismo
precisamos de sentir o amor
não pode cair no abismo
a força do interior.
O sonho é imaginação
é magia e fantasia
romantismo e paixão
o desejo de te beijar um dia.
Sentado à beira da fonte
o romântico sonha contigo
baixinho diz-te a sussurrar.
Lê versos de amor no horizonte
pede-te um beijo como mendigo
quer um dia contigo casar.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado ao romantismo).
Estrela Boreal!
Hoje, levantei-me cedo,
ainda não era dia!
debruçado na ponte, tive medo,
creiam, o certo é que eu via.
Era da cor da prata,
reflectia na água da ribeira,
condensada, compacta,
eu via, de visão certeira.
O dia, esse, muito lentamente
começa a abrir, a desabrochar!
ainda a via fresca e matinal.
A certo momento plangente,
desaparece. O sol veio testemunhar!
era ela, era a estrela boreal.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado à estrela Boreal ou estrela d'Alva).
Proeminente!
Vem até mim o sol poente!
devagarinho, penetra no meu escritório….
Calmo, meigo e proeminente,
depressa invade o meu território.
Afaga o meu rosto com ternura,
diz-me olá, docemente com delicadeza!
é visitante, embora de pouca dura
e afasta-se com subtileza.
Sigo-o até à linha do horizonte!
distancia-se de mim com lentidão
e esmorece sobre o mar.
Já está longe, muito longe, defronte!
desaparece naquela imensidão
proeminente, até se apagar.
ArtCar
(Poema de minha autoria).
“Sagrada Família”
Sagrada Família infinita,
de mão em mão, de lar em lar!
Assim era a sua bênção Divina….
Crença sagrada e bendita
desde cedo aprendi a amar
pelos exemplos dessa doutrina.
Como era entusiasmante!
Ajoelhado, com fé a rezar
ao lado da minha mãe,
momento tal, tão empolgante!
Ver a lamparina a iluminar
a sagrada Família porém.
Eram outros tempos, já volvidos!
Ainda eu era uma criança,
rezava as minhas orações também….
Momentos esses tão sentidos!
Rezava com fé e esperança
pelo meu pai e minha mãe.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado à "Sagrada Família", que em outros tempos andava religiosamente de lar em lar).
O Burro!
Chamam-lhe lerdo ao burro
mas de lerdo nada tem
sempre que dá um zurro
diz bom dia para alguém.
O senhor seu dono
aquele que o obriga a fazer
ao ilustre senhor sem trono
é o burro que o ajuda a viver.
O Burro lavra, carrega com paciência
é tantas vezes maltratado sem fim
pelo senhor seu dono que é casmurro.
Quantas vezes pede clemência
digam lá se é lerdo ou ruim
esse dócil equídeo, o “Burro”.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado muito carinhosamente a esse dócil e simpático equídeo que é o "Burro").
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