Quinta-feira, 30 de Outubro de 2014

Reminiscências!

Flor de Amendoeira.jpg

 

 

 

Lembro-me muito vagamente

de alguns momentos de criança

menino franzino e inocente

é noção que guardo na lembrança.

 

Há muitos anos no passado

já não me lembro muito bem

tempo de outrora sagrado

quando rezava com a minha mãe.

 

Minhas lembranças desvanecidas

que lembro de minha memória

reminiscências perdidas

que de mim não rezam história.

 

Quantas lembranças fracassadas

do meu tempo de petiz

na minha memória abafadas

dum menino que foi feliz.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado às lembranças quase apagadas da memória).

 

publicado por Artur Cardoso às 18:08
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Água da fonte!

 

A água da fonte mata a secura

corre da bica para o chão

é água de tanta frescura

até mata a sede do coração.

 

Quem beber naquela fonte

fica com mais vigor

água que vem do monte

refresca quem tem calor.

 

A água da fonte não se cala

como música que entra no coração

quem lá passa deleita e embala

com prazer a bater no chão.

 

Bate que bate a tilintar

bate no chão a correr

água que corre sem parar

a todos dá de beber.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado à água cristalina e pura das fontes). 

publicado por Artur Cardoso às 18:04
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Os meninos do meu tempo!

 

 

Meninos que dantes brincavam nas ruas poeirentas

felizes, davam-se todos como se fossem irmãos

nas rudes e frenéticas brincadeiras turbulentas

os seus maiores atributos eram as suas mãos.

 

Pelas ruas corriam em debandada

dispersavam como um exércitos derrotado

os meninos do meu tempo jogavam à porrada

nas brincadeiras ninguém saía magoado.

 

E o jogo truculento e divertido do eixo

não havia qualquer regra nem contratempo

jogo tradicional dos meninos de Freixo

dos meninos traquinas do meu tempo.

 

Os meninos do meu tempo e da minha geração

noutra época, à muito, muitos anos passada

eram rebeldes e não tinham qualquer ambição

trepavam às arvores atrás da passarada.

 

Os meninos do meu tempo tinham alegria

felizes e de calções rompidos e remendados

embora muito pobres, pobres na sua maioria

eram muito felizes e bem educados.

 

De seus costumes bucólicos e banais

eram humildes para os seus pais e professores

os meninos do meu tempo eram rurais

mas muito ricos nas suas doutrinas e valores.

       

       ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 17:57
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Palavras simples! Recatadas....

 

 

 Procuro palavras simples de afeto

para te escrever um simples poema

um poema que dê um certo ímpeto

e para mim, de importância extrema.

 

Procuro as mais simples do planeta

para entrarem no teu coração

palavras escritas com a minha caneta

ditadas pela minha alma e imaginação.

 

Procuro também palavras entusiasmado

palavras simples que cheguem ao céu

no meu velho dicionário tão usado

de tão usado já está gasto tal como eu.

 

Meu velho dicionário carcomido

com palavras riscadas e com emendas

quantas e quantas vezes é remexido

para ver palavras simples que tu entendas.

 

Procuro palavras de amor e de amar

talvez banais mas de afeto e de confiança

palavras simples de fazer sonhar

palavras simples, simples e de esperança.

 

E para quê palavras caras e requintadas

não as entendo por minha convicção

deixa-me escrever-te palavras simples recatadas

palavras simples, tão simples mas de coração.

 

         ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 17:48
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Viver à lauta (à grande)!

 

 

 Dar sinais de riqueza

parecer rico e não o ser

causa uma certa estranheza

quem à lauta anda a viver.

 

O supérfluo não é necessário

de quem vive na singeleza

quem vive do seu salário

não é rico com certeza.

 

Ostenta coisas dispendiosas e raras

casas de luxo, carros topo de gama

exibe-se presunçoso às claras

ainda goza e ganha fama.

 

Ainda por cima é descarado

desperdiça para além da sua posse

sem nenhum valor declarado

vive em lauta sobreposse.

 

  

Lá diz o velho aldeão!

 

 

Quem cabritos não vende

e cabras não tem

algo estranho rende

ou de algum lado lhe vem.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 17:43
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Patachim!

007.JPG

Quem sabe o que é um patachim?

Para quem não sabe! O seu verdadeiro nome é “Mejengra”. Confesso que também não sabia que se chamava mejengra. Ao ouvi-lo cantar no meu jardim, lembrei-me dos meus tempos de rapaz quando o ouvia no arvoredo a anunciar os primeiros raios de sol depois da chuva. É um pequeno pássaro espalhado por todo o globo muito útil para a agricultura pelos insetos que destrói.

 

Patachim!

 

 

Encanta-me ouvir cantar o patachim!

Quando chove só canta assim,

patachim.. patachim…patachim,

assim canta o patachim no meu jardim.

 

Adoro ouvi-lo cantar para mim,

o solitário e alegre patachim!

quando chove só canta assim

patachim.. patachim… patachim.

 

Oiço o seu cantar no meu jardim!

Espreito, mas não vejo o patachim….

Canta, canta só para mim!

Patachim.. Patachim… Patachim.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado à natureza e pequenas aves canoras).

publicado por Artur Cardoso às 17:28
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Domingo, 26 de Outubro de 2014

Essência de Mulher!

001.JPG

 

 

Respira a frescura da madrugada

delimita o doce encanto de mulher

tem mente aberta e iluminada

traz consigo o fascínio do entardecer.

 

É irresistível ao êxtase do amor

a todos encanta com sua alegria

surge radiosa ao primeiro alvor

transporta seu resplendor todo dia.

 

Tem na natureza o condão da fertilidade

o propósito natural de fazer nascer

mulher absoluta de plena sublimidade

tem o prazer e a alacridade de ser mulher.

 

Mil palavras não chegam para a descrever

um poema sentido ainda é muito pouco

a essência divina de mulher

a nada se pode comparar tampouco.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado a todas as "Mulheres"....)

 

publicado por Artur Cardoso às 18:17
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