Traz o aroma a rosmaninho
vem das colinas com o vento
escolheu o seu caminho
na clausura dum retirado convento.
Tem um hálito fresco e agradável
cheira a doce de marmelo
é reverente e muito afável
usa véu a cobrir o cabelo.
É bonita como o sol de verão
com tal requintada maneira
espalha o amor do coração
e é tão jovem a bonita freira.
Adoro o seu comportamento
a sua voz melodiosa de carriça
é a mais bonita freira do convento
tão jovem, bonita e ainda noviça.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Compreender e saber desenredar
cautelosamente saber discernir
é como saber tolerar
a razão do existir.
Tudo acontece naturalmente
como certas coisas sem previsão
ser auspicioso é ser crente
é ter amor no coração.
Cai nos escombros a incompreensão
como pequenos pedaços de nada
por fraqueza ou frustração
incrédula e determinada.
O peso na consciência
de rivalidades desmesuradas
lamentavelmente com existência
são pequenos pedaços de nada.
O lobo quando ataca é o primeiro
espera a presa distraída da manada
quando enfastiado é derradeiro
entre frágeis pedaços de nada.
Crer no “disse que disse” é idiotice
como acreditar em alma penada
é leviano comportamento de sandice
como nada são os pedaços de nada.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
É inevitável uma revolta
para quem tem sede de justiça
prolifera tanta maldade à solta
de quem instiga e atiça.
Liberta as asas do pensamento
voa mais alto do que o silêncio
diz não ao sofrimento
para saíres deste suplício.
Pela noção da realidade
tal como da discórdia
por causa de tanta maldade
a justiça vira misericórdia.
São impunes os perversos
por comportamentos de iniquidade
são vários os pretextos diversos
por falta de justiça à maldade.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria."Aquele que não pune a maldade, apoia a sua acção" - (Leonardo da Vinci).
Tocam sinos nos presbitérios
de pesar e de saudade
lembram os entes queridos nos cemitérios
enterrados na terra da verdade.
Os que já partiram de entre nós
a jazer na última morada
tantos e tantos não estão sós
o cemitério outros mais aguarda.
Não compreendo a morte
quem já partiu não volta mais
a morte não precisa de passaporte
nem tampouco de gestos tais.
Só por respeito à tradição
e para que não haja dúvida
as lágrimas do coração
são as do bem fazer em vida.
Hoje é um dia triste
mais triste é o da partida
chorar por quem já não existe
é em casa, na casa da vida.
Dia de todos os santos
o chorar em sociedade
com tantas lamentações e prantos
Hoje! Resta apenas a saudade.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Hoje é dia de todos os santos! O dia dos mortos. Poema de minha autoria dedicado com saudade aos que já partiram para a terra da verdade).
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