Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015

O Belo!

neve.jpg

 

 

Como pode ser tão belo

uma casa ao abandono

um caminho singelo

tão belo e cônsono.

 

Belo sítio melancólico

onde as aves fazem ninho

belo e bucólico

em terras de pão e vinho.

 

Nasce o sol atrás da serrania

bate nos pinheiros ao de leve

tanta beleza num só dia

num amanhecer com neve.

 

Quanta saudade eu tenho

quanto me apraz ver neviscar

creio que não me contenho

sem um dia lá voltar.

 

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado à natureza).

publicado por Artur Cardoso às 15:04
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Sábado, 17 de Janeiro de 2015

Nada!

Pegadas.JPG

 

 

 

Confundo-me entre três castas diferentes,

o Povo, o Clero e a Nobreza!

Em outros tempos, as minhas gentes

eram diferentes uns dos outros de certeza.

 

Sou filho do sol e da lua e do mar,

a minha Avó paterna falava francês!

Tocava piano de cauda depois de cear

e o meu Avô era descendente de burgalês.

 

Eu, sou dum tempo bem mais novo!

A minha Avó materna não tinha fortuna,

era uma Senhora muito modesta, do Povo,

o meu Avô não era orador, nem tinha tribuna.

 

Pela parte do Senhor meu saudoso Pai!

Porém, também pertenço ao Clero (….)

Faz muito tempo, tempo ido que já lá vai,

dois tios V. Eminências Monsenhores,

de temperamento respeitável e sincero.

 

Eu, já ouvi uivar o lobo no monte

colhi figos maduros pela madrugada

já bebi água fresca a correr da fonte

quem eu sou afinal!.. Nada.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 09:31
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Pegadas!

 

 

Marulhosas ondas do mar

fustigam a areia descuidada

ondas em turbilhão a enrolar

machucam-na emocionada.

 

Murmuram as rochas molhadas

a lacrimejarem saudosas

efémeras são as pegadas

apagadas pelas ondas ruidosas.

 

Pegadas entre os rochedos expostas

na areia molhada do mar

gravadas em hora matinal,

ondas determinadas pressupostas

apagam-nas para mostrar

que o mar também é emocional.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 09:24
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À beira da fonte!

 

 

  

Lá longe, vai-se pondo o sol no horizonte!

Lentamente, cai o crepúsculo da tarde,

sinto nostalgia à medida que a noite se avizinha.

Sinto tantas saudades daquela fonte

quando delicadamente me sorrias com docilidade

e saciavas com ternura a minha sede à tardinha.

 

Ainda fico mais nostálgico ao fim de tantos anos!

Recordo coisas maravilhosas do passado

quando nos silvados gorjeava a passarada.

Pormenorizadamente fantasiávamos os nossos planos

e sonhávamos com o mais íntimo do sagrado,

naquela fonte, bebia água fresca por ti dada.

 

Ainda me lembro quando a primeira vez

sorrimos um para o outro envergonhados

e eu sequioso, de sede íntima do desejo.

Sempre com o devido respeito e certa altivez

à beira da fonte lado a lado sentados,

a medo, discretamente deite um beijo.

  

Sentados à beira da fonte, tudo ali começou!

Imediatamente percebi que eras tu o meu sol,

o sol radioso que me aquece todos os dias de frio.

O amor que sempre por ti esperancei e te dou,

tudo começou onde ainda trina o rouxinol,

à beira da fonte, com uma carícia e um desafio.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 09:18
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Amor aos seus Amores!

 

 

Os meus olhos procuram os seus

por um motivo qualquer

os seus são iguais aos meus

são os seus os da mais linda mulher.

 

Os seus olhos são esverdeados

os meus também o são

ficam os meus aos seus aprisionados

e os seus presos ao meu coração.

 

Lançam-se os meus aos seus

bailam ávidos com tanta sofreguidão

os seus olhos aceitam os meus

e os meus por ela morrem de paixão.

 

Um dia eu ei-de amar

os seus olhos encantadores

por ela os meus ande dar

amor aos seus amores.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").

publicado por Artur Cardoso às 09:14
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Meu Amor!

 

 

Já se passaram tantos anos

quando nos beijamos a primeira vez

ainda éramos dois adolescentes,

com a idade dos enganos e desenganos

ansiosos e cheios de timidez

de olhares envergonhados e reluzentes.

 

Hoje, regredi a esse dia de amor!

Tenho saudade, é inegável,

ainda sinto o cheiro da tua pele,

era de manhã cedo, ao alvor,

trocamos um olhar afável

e num instante nos envolvemos nele.

 

Nele, beijo, obviamente!

Hoje, sinto-me sinceramente carente

e lembrei-me daquele beijo arrebatador,

o meu coração batia veemente

de tal maneira que tão somente

pulsava apressado de amor.

 

 Depois, quantos beijos mais demos!

Quantas carícias sem fim,

tantos carinhos e abraços de ardor (….)

Quando depois amor fizemos

com paixão em ti e em mim,

para hoje, te chamar de meu amor.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").

publicado por Artur Cardoso às 09:06
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Sexta-feira, 2 de Janeiro de 2015

A rosa vermelha do roseiral!

Rosa vermelha.JPG

 

 

De todas, é a mais bonita flor

a vermelha e perfumada rosa

faz inveja a todas ao seu redor

é tão bonita como é preciosa.

 

Como pode ser assim tão bonita

além da sua elegância escultural

é a inspiração para a minha escrita

a vermelha rosa do roseiral.

 

Um dia, creio que a vou roubar

tentar a sorte à minha sorte

essa rosa vermelha especial,

se tiver a sorte de a conquistar

irá ser a minha consorte

a rosa vermelha do roseiral.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 19:05
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