Como pode ser tão belo
uma casa ao abandono
um caminho singelo
tão belo e cônsono.
Belo sítio melancólico
onde as aves fazem ninho
belo e bucólico
em terras de pão e vinho.
Nasce o sol atrás da serrania
bate nos pinheiros ao de leve
tanta beleza num só dia
num amanhecer com neve.
Quanta saudade eu tenho
quanto me apraz ver neviscar
creio que não me contenho
sem um dia lá voltar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado à natureza).
Confundo-me entre três castas diferentes,
o Povo, o Clero e a Nobreza!
Em outros tempos, as minhas gentes
eram diferentes uns dos outros de certeza.
Sou filho do sol e da lua e do mar,
a minha Avó paterna falava francês!
Tocava piano de cauda depois de cear
e o meu Avô era descendente de burgalês.
Eu, sou dum tempo bem mais novo!
A minha Avó materna não tinha fortuna,
era uma Senhora muito modesta, do Povo,
o meu Avô não era orador, nem tinha tribuna.
Pela parte do Senhor meu saudoso Pai!
Porém, também pertenço ao Clero (….)
Faz muito tempo, tempo ido que já lá vai,
dois tios V. Eminências Monsenhores,
de temperamento respeitável e sincero.
Eu, já ouvi uivar o lobo no monte
colhi figos maduros pela madrugada
já bebi água fresca a correr da fonte
quem eu sou afinal!.. Nada.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Marulhosas ondas do mar
fustigam a areia descuidada
ondas em turbilhão a enrolar
machucam-na emocionada.
Murmuram as rochas molhadas
a lacrimejarem saudosas
efémeras são as pegadas
apagadas pelas ondas ruidosas.
Pegadas entre os rochedos expostas
na areia molhada do mar
gravadas em hora matinal,
ondas determinadas pressupostas
apagam-nas para mostrar
que o mar também é emocional.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Lá longe, vai-se pondo o sol no horizonte!
Lentamente, cai o crepúsculo da tarde,
sinto nostalgia à medida que a noite se avizinha.
Sinto tantas saudades daquela fonte
quando delicadamente me sorrias com docilidade
e saciavas com ternura a minha sede à tardinha.
Ainda fico mais nostálgico ao fim de tantos anos!
Recordo coisas maravilhosas do passado
quando nos silvados gorjeava a passarada.
Pormenorizadamente fantasiávamos os nossos planos
e sonhávamos com o mais íntimo do sagrado,
naquela fonte, bebia água fresca por ti dada.
Ainda me lembro quando a primeira vez
sorrimos um para o outro envergonhados
e eu sequioso, de sede íntima do desejo.
Sempre com o devido respeito e certa altivez
à beira da fonte lado a lado sentados,
a medo, discretamente deite um beijo.
Sentados à beira da fonte, tudo ali começou!
Imediatamente percebi que eras tu o meu sol,
o sol radioso que me aquece todos os dias de frio.
O amor que sempre por ti esperancei e te dou,
tudo começou onde ainda trina o rouxinol,
à beira da fonte, com uma carícia e um desafio.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Os meus olhos procuram os seus
por um motivo qualquer
os seus são iguais aos meus
são os seus os da mais linda mulher.
Os seus olhos são esverdeados
os meus também o são
ficam os meus aos seus aprisionados
e os seus presos ao meu coração.
Lançam-se os meus aos seus
bailam ávidos com tanta sofreguidão
os seus olhos aceitam os meus
e os meus por ela morrem de paixão.
Um dia eu ei-de amar
os seus olhos encantadores
por ela os meus ande dar
amor aos seus amores.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").
Já se passaram tantos anos
quando nos beijamos a primeira vez
ainda éramos dois adolescentes,
com a idade dos enganos e desenganos
ansiosos e cheios de timidez
de olhares envergonhados e reluzentes.
Hoje, regredi a esse dia de amor!
Tenho saudade, é inegável,
ainda sinto o cheiro da tua pele,
era de manhã cedo, ao alvor,
trocamos um olhar afável
e num instante nos envolvemos nele.
Nele, beijo, obviamente!
Hoje, sinto-me sinceramente carente
e lembrei-me daquele beijo arrebatador,
o meu coração batia veemente
de tal maneira que tão somente
pulsava apressado de amor.
Depois, quantos beijos mais demos!
Quantas carícias sem fim,
tantos carinhos e abraços de ardor (….)
Quando depois amor fizemos
com paixão em ti e em mim,
para hoje, te chamar de meu amor.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").
De todas, é a mais bonita flor
a vermelha e perfumada rosa
faz inveja a todas ao seu redor
é tão bonita como é preciosa.
Como pode ser assim tão bonita
além da sua elegância escultural
é a inspiração para a minha escrita
a vermelha rosa do roseiral.
Um dia, creio que a vou roubar
tentar a sorte à minha sorte
essa rosa vermelha especial,
se tiver a sorte de a conquistar
irá ser a minha consorte
a rosa vermelha do roseiral.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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