Lembro-me quando era adolescente
perdia-me de amores por todas as que gostava
mimoseava-as e afagava-as docemente
pensando eu que na realidade as amava.
Aos poucos a idade foi passando,
à medida que ia amadurecendo,
apaixonado, de todas ia gostando,
aprendendo e seriamente transparecendo.
Porém, começaram as decepções!
Comecei a ter necessidade do amor verdadeiro,
continuei a palpitar por alguns corações
e aprendi que o amor é traiçoeiro.
Quando todo me dava a sério!
Pensava que elas sentiam por mim amor (….)
Nunca cheguei a entender tal critério,
até que um dia, soube o que é o desamor.
Na realidade o amor tem duas facetas!
O amor e o desamor (….)
O amor é natural como naturais são os poetas
e o desamor! O desamor é simplesmente dissabor.
Quem sabe amar verdadeiramente
como deveras sabem amar os poetas,
sabe o que é o amor contente e desconte
a versejar com as suas cançonetas.
Os desamores são o que ensinam o ingénuo
a saber amar como quem de verdade ama,
o resto é simplesmente supérfluo (….)
Porque o amor! O amor não é só na cama.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Perturbou-me, causou-me tristeza
aquela tarde tão triste e sombria
parecia que em toda a natureza
chovia lágrimas de dor e angústia.
Chovia! Chovia tanto, chovia sem parar,
porque não vieste ao meu encontro!
Porém, cansado e farto de te esperar
andava dum lado para o outro como um tonto.
Pois, era tão forte a minha razão
digo-o com tanta pena e amargura
lacrimejava tanto, tanto o meu pobre coração
sem remédio e sem cura.
Cada vez se fazia mais tarde e
chovia tal como o meu coração enegrecia!
Já ao lusco-fusco, na sobretarde,
ainda por ti esperava e chovia! Chovia (….)
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Diz que está cansada
cansada de tanta injustiça
afadigada
afadigada de lavar a loiça.
A loiça, a roupa, o chão
cansada de perdoar
sente angústia no coração
que sina de lamentar.
Não sabe dizer não
não o diz com receio
é seu condão
ser escrava do asseio.
Chora lágrimas de amargura
quantas já chorou na vida
não sabe o que é ternura
nem sabe o que é ser querida.
“Diz!
Que mal faria a eu
para ter tamanha sina
perdoa-me Deus meu
este desabafo de menina.
Tão submissa que sou
de alguém a quem não pertenço
a alguém que toda me dou
por um amor imenso.
Não sei o que é ser amada
só sei o que é amar
na verdade estou cansada
de tal sina de escusar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Dois namorados encantados
uma rosa vermelha sobre a mesa
dois corações apaixonados
ele magricela e ela obesa.
Como é lindo o amor
não importa idade nem etnia
não o depreciem por favor
pode ser louco, mas tem magia.
É doçura, loucura, virtude!
É desamor, malquerer, bem querer!
É desalinho, velhice, juventude!
Chame-lhe o que quiser.
O “Amor” é mesmo assim, lindo!
Que é lindo, lá isso é (….)
Inconstante mas infindo,
ama consoante a maré.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Não sei o seu nome completo
só sei que se chama Maria
tem um jeito garboso e discreto
e como sabe tão bem dizer poesia.
Profere melodia nas palavras que pronuncia
como o trinar dum rouxinol ao nascer da aurora
cativa com o seu sorriso e simpatia
pela sua dicção melodiosa e canora.
Dá deveras prazer ouvi-la declamar
com o seu modo tão sentido de magia
a sua maneira graciosa de gesticular
emociona-me quando diz poesia.
Tem encanto no seu dizer brioso,
ternura no feitiço das suas fantasias,
Maria, seu nome ditoso!
É a mais doce de todas as Marias.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
É tão bom vê-la no palco da vida
iluminada pelas luzes de ribalta
apreciar a sua beleza indefinida
sempre que ela está em alta.
Tem a leveza duma minúscula pluma
leve como a sua própria consciência
doce Diva ternurenta e em suma
tão pura como pura é a sua existência.
Tem a magia da lua e aquece como o sol
no seu jeito de poesia e madrigal
encanta como o canoro rouxinol
como é notável a bela Diva virginal.
Quem me dera a mim ser o rouxinol
cantar trovas de amor para ela
aquecer-me todo o dia ao sol
voar para o parapeito da sua janela.
A todos ela agrada sem excepção
sem duvida e sem alternativas
a todos encanta o coração
a mais deusa de todas as Divas.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Não tinha nenhuma pressa
embora se fizesse tarde
a tarde caía de mansinho,
a maré corria sem pressa
o sol despreocupado sem vaidade
ia-se pondo devagarinho.
Tocava meigo a ofuscar
tão deleitoso e ameno
reflectia nas ondas do mar,
valeu a pena esperar
apreciar o sol sereno
nele deleitado a mergulhar.
Que lindo entardecer
o sol a pôr-se atrás do mar
parecia que o estava a beijar,
sem o vento a interromper
e o sol radioso a encantar
valeu a pena esperar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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