Sábado, 28 de Fevereiro de 2015

Amor!

 

 

 

Lembro-me quando era adolescente

perdia-me de amores por todas as que gostava

mimoseava-as e afagava-as docemente

pensando eu que na realidade as amava.

 

Aos poucos a idade foi passando,

à medida que ia amadurecendo,

apaixonado, de todas ia gostando,

aprendendo e seriamente transparecendo.

 

Porém, começaram as decepções!

Comecei a ter necessidade do amor verdadeiro,

continuei a palpitar por alguns corações

e aprendi que o amor é traiçoeiro.

 

Quando todo me dava a sério!

Pensava que elas sentiam por mim amor (….)

Nunca cheguei a entender tal critério,

até que um dia, soube o que é o desamor.

 

Na realidade o amor tem duas facetas!

O amor e o desamor (….)

O amor é natural como naturais são os poetas

e o desamor! O desamor é simplesmente dissabor.

 

Quem sabe amar verdadeiramente

como deveras sabem amar os poetas,

sabe o que é o amor contente e desconte

a versejar com as suas cançonetas.

 

Os desamores são o que ensinam o ingénuo

a saber amar como quem de verdade ama,

o resto é simplesmente supérfluo (….)

Porque o amor! O amor não é só na cama.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:36
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Chovia! Chovia (....)

 

 

Perturbou-me, causou-me tristeza

aquela tarde tão triste e sombria

parecia que em toda a natureza

chovia lágrimas de dor e angústia.

 

Chovia! Chovia tanto, chovia sem parar,

porque não vieste ao meu encontro!

Porém, cansado e farto de te esperar

andava dum lado para o outro como um tonto.

 

Pois, era tão forte a minha razão

digo-o com tanta pena e amargura

lacrimejava tanto, tanto o meu pobre coração

sem remédio e sem cura.

 

Cada vez se fazia mais tarde e

chovia tal como o meu coração enegrecia!

Já ao lusco-fusco, na sobretarde,

ainda por ti esperava e chovia! Chovia (….)

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:32
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Sina!

 

 

 

Diz que está cansada

cansada de tanta injustiça

afadigada

afadigada de lavar a loiça.

 

A loiça, a roupa, o chão

cansada de perdoar

sente angústia no coração

que sina de lamentar.

 

Não sabe dizer não

não o diz com receio

é seu condão

ser escrava do asseio.

 

Chora lágrimas de amargura

quantas já chorou na vida

não sabe o que é ternura

nem sabe o que é ser querida.

 

“Diz!

Que mal faria a eu

para ter tamanha sina

perdoa-me Deus meu

este desabafo de menina.

 

Tão submissa que sou

de alguém a quem não pertenço

a alguém que toda me dou

por um amor imenso.

 

Não sei o que é ser amada

só sei o que é amar

na verdade estou cansada

de tal sina de escusar.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:28
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Consoante a maré!

 

 

Dois namorados encantados

uma rosa vermelha sobre a mesa

dois corações apaixonados

ele magricela e ela obesa.

 

Como é lindo o amor

não importa idade nem etnia

não o depreciem por favor

pode ser louco, mas tem magia.

 

É doçura, loucura, virtude!

É desamor, malquerer, bem querer!

É desalinho, velhice, juventude!

Chame-lhe o que quiser.

 

O “Amor” é mesmo assim, lindo!

Que é lindo, lá isso é (….)

Inconstante mas infindo,

ama consoante a maré.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:25
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A mais doce!

 

 

Não sei o seu nome completo

só sei que se chama Maria

tem um jeito garboso e discreto

e como sabe tão bem dizer poesia.

 

Profere melodia nas palavras que pronuncia

como o trinar dum rouxinol ao nascer da aurora

cativa com o seu sorriso e simpatia

pela sua dicção melodiosa e canora.

 

Dá deveras prazer ouvi-la declamar

com o seu modo tão sentido de magia

a sua maneira graciosa de gesticular

emociona-me quando diz poesia.

 

Tem encanto no seu dizer brioso,

ternura no feitiço das suas fantasias,

Maria, seu nome ditoso!

É a mais doce de todas as Marias.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:22
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A Diva!

 

 

 

É tão bom vê-la no palco da vida

iluminada pelas luzes de ribalta

apreciar a sua beleza indefinida

sempre que ela está em alta.

 

Tem a leveza duma minúscula pluma

leve como a sua própria consciência

doce Diva ternurenta e em suma

tão pura como pura é a sua existência.

 

Tem a magia da lua e aquece como o sol

no seu jeito de poesia e madrigal

encanta como o canoro rouxinol

como é notável a bela Diva virginal.

 

Quem me dera a mim ser o rouxinol

cantar trovas de amor para ela

aquecer-me todo o dia ao sol

voar para o parapeito da sua janela. 

 

A todos ela agrada sem excepção

sem duvida e sem alternativas

a todos encanta o coração

a mais deusa de todas as Divas.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:18
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Valeu a pena!

 

 

Não tinha nenhuma pressa

embora se fizesse tarde

a tarde caía de mansinho,

a maré corria sem pressa

o sol despreocupado sem vaidade

ia-se pondo devagarinho.

 

Tocava meigo a ofuscar

tão deleitoso e ameno

reflectia nas ondas do mar,

valeu a pena esperar

apreciar o sol sereno

nele deleitado a mergulhar.

 

Que lindo entardecer

o sol a pôr-se atrás do mar

parecia que o estava a beijar,

sem o vento a interromper

e o sol radioso a encantar

valeu a pena esperar.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:14
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