Sinto saudades da minha juventude
das minhas lembranças não minto
sinto responsabilidade e inquietude
de todo este meu caminhar sucinto.
A vida é breve e deixa mazelas
ao longo do tempo da nossa vivência
é uma curta passagem de férias
desde o tempo da nossa infância.
Quem me dera voltar aos vinte e três anos
voltar a passar por tudo o que já passei
viver de novo as mesmas certezas e enganos
e voltar a lutar por tudo o que lutei.
Já passei por tantas primaveras
algumas de fardos bem pesados
entre a realidade e quimeras
quem me dera voltar deveras
a todos estes anos passados.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Atrevida passa por mim a sorrir
exibe o seu vestido aos folhos
parece uma rosa a florir
enfeitiça de propósito os meus olhos.
Ei-de com ela insistir
no jogo trocado da sedução
se por acaso me permitir
roubar-lhe-ei o seu coração.
Que olhos verdes da cor da esperança
mas que ancas delineadas amaneiradas
não usa anel nem tampouco aliança
tem pernas roliças bem torneadas.
E os seios! Ai os seios rijos e hirtos
por de baixo daquela extroversão
os meus olhos luzentes afoitos
declaram desejo de sofreguidão.
Então aí, ainda sorri mais atrevida
por ver o meu êxtase de excitação
fica porém surpreendida
e entrega-me o seu coração.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
As horas vão passando tardias
o sol desbotado já dá a despedida
embora com algumas manias
a tarde cai serena e límpida.
A saudade bate no peito
eis que surge um sorriso acolhedor
a entre noite começa a nosso jeito
e todavia! Finalmente (….)
Acontece o aconchego do amor.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").
Uma abelha caiu descuidada
na teia da ardilosa aranha
e a abelha fica aprisionada
logo que a aranha a apanha.
Como um jovem passarinho
que ainda não sabe voar
se se descuida e cai do ninho
o seu destino é no chão ficar.
Cai nos gadanhos da vida
como a abelha na teia porém
cada um tem a sua sina definida
desde o ventre de sua mãe.
Escusado será correr ou saltar
gostar da cor azul ou da vermelha
se a sorte o não bafejar
terá a sorte da pobre abelha.
Para tudo é preciso sorte
nesta real vida que nos enleia
quem cai nos meandros da morte
poderá cair como a abelha na teia.
É tão efémera e tormentosa a vida
que se esvai como fumaça ao vento
sucumbindo para a partida
como sucumbiu a abelha em desalento.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Sofrida e carente de amor
mulher como qualquer outra mulher
sofrida por tanto desamor
que sofre por falta de amor e prazer.
Ao contrário da desejada lua
todos a querem e ninguém lhe chega
quando ela, mulher, passa na rua
nenhum a quer e a todos ela se entrega.
Quanto ela sofre por não ter amor
e sofre também por tanto desdém
a sua vida é um verdadeiro horror
por com ela não ficar ninguém.
Não há para uma mulher pior maldade
do que ser por todos enjeitada
mulher que também tem necessidade
de dar amor e ser amada.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado a todas as mulheres sofredoras).
Bate humildemente à porta do seu coração
a sua porta abre-se-lhe de par em par
sorri-lhe subtilmente e dá-lhe a sua mão
pede-lhe humildemente para entrar.
Nasce porém o resplendor da amizade
entre um coração bondoso e sorridente
e a cândida e ternurenta humildade
que os engrandece dignamente.
Andam as pessoas cada vez mais agastadas
com o coração empedernido e truculento
a tudo e a todos lhes é indiferente,
como pétalas de flores pelo chão calcadas
porquê o seu coração não anda mais atento
se a humildade é um bem tão importante.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
A poesia é o elo que nos une
embora haja muito mais do que isso
à amizade não se fica imune
assim como a qualquer compromisso.
É tão bom saber confraternizar
dar de nós tudo o que pudemos
sabe tão bem e é tão bom dar,
a brincar!
E porque não, o que sabemos.
A confraternizar vamos brincando
também a chorar e porque não
na poesia só de vez em quando
a mando do nosso coração.
Quem a mim me dera
que assim fosse o decorrer do dia a dia
fazer da poesia a alegria da primavera
porque a poesia é também uma romaria
que é bela, mas efémera.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado à "Poesia", aos Dizedores. Poetas e seus Leitores).
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