Escondo-me no mais recôndito lugar
entre urzes de flores duma só cor
espaireço o meu olhar sobre o mar
e chamo por ti, meu amor.
Lá longe, muito longe, baloiça um barco ancorado
acariciado pelas cristas das ondas branqueadas
vêm-me à lembrança coisas do passado
coisas belas! Coisas por mim, por ti, acreditadas.
Murmuro preocupado de olhar atento
e mãos seguras para te amparar
de alma e coração em todos e qualquer momento
com mel e ternura para te dar.
Já se não vê o sol no horizonte
e a lua está prestes a nascer
espaireço o meu olhar sobre o mar defronte
chamo por ti meu amor! Quero viver.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Que saudade eu tenho de ver trigais doirados
alegres raparigas trigueiras
que saudade de ver os pardais a chilrear nos telhados
como dantes, entre as portas abertas, costureiras.
Tenho saudade de rir à gargalhada
despreocupado e quantas vezes imprudente
de ver a tua cara de zangada
que te fazia ainda mais atraente.
Tudo passou com o decorrer dos anos
e com algumas circunstâncias que me contrariaram,
que saudade de te ver frenética e cheia de flexibilidade (….)
Que saudade eu tenho até dos desenganos
que me aborreceram e me marcaram,
que saudade eu tenho! Que saudade.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").
Ladeada de salgueiros, silvados e junquilhos
corre cristalina e apressada a água da ribeira
denotam-se marcas riscadas nos trilhos
dos pedregulhos que se desprendem da ladeira.
Matam a sede rebanhos que por ali andam a pastar
sequiosos pela força escaldante do calor
os pastores que também ali se vão dessedentar
apascentam os seus rebanhos com carinho e amor.
De repente ribombam trovões por entre um rebanho
sibilam ventos agrestes desabridos
causam medo e tormentos tamanhos
aos humildes pastores desprotegidos.
Entre a verdejante folhagem do arvoredo
ouve-se um passarinho tristonho a piar
parece que está cheio de medo
da súbita trovoada que o está a apavorar.
E a água da ribeira não para de correr
irrequieta no seu leito sem se cansar
ao fim de tanto correr ao rio vai ter
com pressa de cedo chegar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
A essência do teu amor!
Cai no chão arremessada e ofendida
a pétala duma linda flor
depois de desprendida e no chão caída
a flor deixa de ter o mesmo valor.
As flores são lindas e delicadas
tal como tu és entusiasmada
as flores são por toda a gente admiradas
e tu, por mim entusiasticamente amada.
Sorri com aquele teu sorriso de amor
como só tu o sabes fazer
não esmoreças como a pétala da flor
mostra-me o teu sorriso de prazer.
Não te desprendas porém
como a pétala se desprendeu da flor
porque a tua beleza advém
da essência do teu amor.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").
Apanhas o último sol do entardecer
a teu lado eu rabisco palavras insignificantes
apetece-me para sempre a teu lado permanecer
e contemplar-te com o mesmo entusiasmo como dantes.
Aproxima-se ligeira a hora do jantar
vejo-te tranquila, serena, defronte,
com um olhar ternurento a apreciar
o sol quase desbotado no horizonte.
Solto as rédeas à minha imaginação
tento escrever para ti o mais bonito poema
com palavras meigas, doces e de exatidão
com finíssimo aroma a alfazema.
Como me sabe bem ver-te serena ao entardecer
com ar angelical e feliz de serenidade
ver-te agarrada à vida com vontade de viver
a apanhar o último sol da tarde.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").
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