Segunda-feira, 22 de Junho de 2015

Quero viver!

 

 

Escondo-me no mais recôndito lugar

entre urzes de flores duma só cor

espaireço o meu olhar sobre o mar

e chamo por ti, meu amor.

 

Lá longe, muito longe, baloiça um barco ancorado

acariciado pelas cristas das ondas branqueadas

vêm-me à lembrança coisas do passado

coisas belas! Coisas por mim, por ti, acreditadas.

 

Murmuro preocupado de olhar atento

e mãos seguras para te amparar

de alma e coração em todos e qualquer momento

com mel e ternura para te dar.

 

Já se não vê o sol no horizonte

e a lua está prestes a nascer

espaireço o meu olhar sobre o mar defronte

chamo por ti meu amor! Quero viver.

 

   ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 21:29
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Quarta-feira, 17 de Junho de 2015

Que saudade!

 

 

 

Que saudade eu tenho de ver trigais doirados

alegres raparigas trigueiras

que saudade de ver os pardais a chilrear nos telhados

como dantes, entre as portas abertas, costureiras.

 

Tenho saudade de rir à gargalhada

despreocupado e quantas vezes imprudente

de ver a tua cara de zangada

que te fazia ainda mais atraente.

 

Tudo passou com o decorrer dos anos

e com algumas circunstâncias que me contrariaram,

que saudade de te ver frenética e cheia de flexibilidade (….)

Que saudade eu tenho até dos desenganos

que me aborreceram e me marcaram,

que saudade eu tenho! Que saudade.

 

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").

publicado por Artur Cardoso às 23:05
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Domingo, 14 de Junho de 2015

Água da Ribeira!

 

 

Ladeada de salgueiros, silvados e junquilhos

corre cristalina e apressada a água da ribeira

denotam-se marcas riscadas nos trilhos

dos pedregulhos que se desprendem da ladeira.

 

Matam a sede rebanhos que por ali andam a pastar

sequiosos pela força escaldante do calor

os pastores que também ali se vão dessedentar

apascentam os seus rebanhos com carinho e amor.

 

De repente ribombam trovões por entre um rebanho

sibilam ventos agrestes desabridos

causam medo e tormentos tamanhos

aos humildes pastores desprotegidos.

 

Entre a verdejante folhagem do arvoredo

ouve-se um passarinho tristonho a piar

parece que está cheio de medo

da súbita trovoada que o está a apavorar.

 

E a água da ribeira não para de correr

irrequieta no seu leito sem se cansar

ao fim de tanto correr ao rio vai ter

com pressa de cedo chegar.

 

       ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 21:52
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Quinta-feira, 11 de Junho de 2015

A essência do teu amor!

A essência do teu amor!

 

 

Cai no chão arremessada e ofendida

a pétala duma linda flor

depois de desprendida e no chão caída

a flor deixa de ter o mesmo valor.

 

As flores são lindas e delicadas

tal como tu és entusiasmada

as flores são por toda a gente admiradas

e tu, por mim entusiasticamente amada.

 

Sorri com aquele teu sorriso de amor

como só tu o sabes fazer

não esmoreças como a pétala da flor

mostra-me o teu sorriso de prazer.

 

Não te desprendas porém

como a pétala se desprendeu da flor

porque a tua beleza advém

da essência do teu amor.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").

Rosa Vermelha.jpg

 

 

 

 

publicado por Artur Cardoso às 20:24
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Quarta-feira, 10 de Junho de 2015

O último sol da tarde!

 

 

Apanhas o último sol do entardecer

a teu lado eu rabisco palavras insignificantes

apetece-me para sempre a teu lado permanecer

e contemplar-te com o mesmo entusiasmo como dantes.

 

Aproxima-se ligeira a hora do jantar

vejo-te tranquila, serena, defronte,

com um olhar ternurento a apreciar

o sol quase desbotado no horizonte.

 

Solto as rédeas à minha imaginação

tento escrever para ti o mais bonito poema

com palavras meigas, doces e de exatidão

com finíssimo aroma a alfazema.

 

Como me sabe bem ver-te serena ao entardecer

com ar angelical e feliz de serenidade

ver-te agarrada à vida com vontade de viver

a apanhar o último sol da tarde.

 

       ArtCar (Artur Cardoso)

 

(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").

publicado por Artur Cardoso às 15:06
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