És a mais cintilante estrela que me orienta
que ao princípio eu muito temia
agora és suporte que me sustenta
és a luz da minha alegria.
Ainda que bramam ventos ciclónicos
e o mar de repente der uma volta
nem aos mais sorrisos irónicos
de minha boca nem um ai se solta.
E na escuridão da noite agreste
onde a claridade se reduz
da escuridão nasce um júbilo celeste
que és tu minha luz.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Conhecem-se num sítio qualquer
entre conversas e confidências
o amor entre um homem e uma mulher
não tem barreiras nem faz exigências.
Unem os lábios num beijo húmido
logo os seus corações palpitam
fazem sussurros ao ouvido
e felizes dançam (….) dançam.
Já a dança da noite vai alta
num ritmo benévolo que os conduz
apertam-se e logo se salienta
o amor num raio de luz.
Explodem fortes emoções a dançar
selam o feito com prazer e suor
como é bom amar
como é bom o amor.
E nos braços um do outro de imediato
a explosão pecaminosa produz
um tal efeito naquele momento exato
ela suspira e chama-lhe minha luz.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria dedicado ao "Amor").
Quantas lembranças eu tenho
dos nossos alegres passeios ao luar
quantos ais nostálgicos detenho
e confidências em segredo a murmurar.
Tu sorrias com atenção para mim
eu acariciava as tuas mãos sem parar
e sorria também para ti
sempre com vontade de te abraçar.
Que constantes lembranças do teu suspirar
dos momentos felizes que nos marcaram
hoje meu amor, saudoso a recordar
dei conta dos anos que por nós passaram.
Agora os passeios já não são os mesmos
nem os sorrisos têm a mesma alacridade
quantos passeios felizes nós demos
na flor da nossa idade.
Agora tranquilamente leio o jornal
tu fazes croché ou castelos no ar
passou a nossa mocidade mas não faz mal
porque agora sabe tão bem recordar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Alguns que se dizem amigos
os que nos sabem enganar
são porém tais perigos
como inimigos a odiar.
Fazem-se amigos mas afinal
esperam algo em troca
se sabem que estamos mal
metem a cabeça na toca.
Esses são traiçoeiros
falsos como falso foi Judas
são enganadores e mexeriqueiros
tão letais como armas.
Que caiam mil raios sobre a falsidade
outros tantos sobre esse perigo
amigos de verdade
esses sim, contam sempre comigo.
Alguns são mesmo verdadeiros
os que nos sabem amar
desinteressados são os primeiros
com quem se pode contar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Vem a lua das profundezas das trevas
a iluminar a noite morna e escura
atravessa profundo as entranhas
dum olhar claro e luzente que perdura.
Sorri complacente volta e meia
ao gato negro de olhar diáfano
como que a luz duma candeia
a alumiar na escuridão cor de ébano.
Se a luz da lua fosse o meu olhar
como é do olhar do gato negro
ai de mim se a não iria esperar
à noite no escuro em segredo.
Gato negro de olhar diáfano
no negro ébano onde nasce a lua
um olhar transparente no quotidiano
o do gato negro da minha rua.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Hoje apetece-me escrever algo diferente
escrever sobre a sabedoria dos profetas
e do cheiro peculiar do mar,
hoje quero dizer a toda a gente
que gosto da graciosidade das borboletas
e gosto do mar a triplicar.
E porque não gostar assim de ti!
Afirmar como afirma o profeta,
gostar de ti como gosto tanto de mim
e voar, voar como a borboleta.
Poisar em cada uma das flores
beber sofregamente a sua essência
saber o que sabem os profetas,
ao mar sou de mil amores
às borboletas chamar-lhes eminências
e a ti, a ti fonte inspiradora dos poetas.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria)
Choram o passado e o agora
profundo e sentimental
choram pela vida fora
como é notório e normal.
Na singeleza da vida
sentem o cheiro do jasmim
choram de alma sentida
gostava de chorar assim.
Os poetas choram
com a sensibilidade do coração
choram porque necessitam
de amor por convicção.
Os prezados poetas são sensíveis
à dor e ao sofrimento
ao ilusório são toleráveis
não choram por fingimento.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria)
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