É tão mulher e ainda menina
traz dentro de si a força do amor
sabe brilhar ainda que mesmo na neblina
como todos os dias o sol nasce ao alvor.
Ainda tem a inquietude da juventude
e na sua natureza o saber vencer
a sua maior virtude
é saber comportar-se como mulher.
Mulher menina fagueira
que a todos encanta ao passar
mulher de corpo e alma inteira
só com um ela quer namorar.
E ainda tem sorriso de princesa
de cândido coração a arder
a todos suscita surpresa
por saber ser mulher.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Garboso homem da Maria do Mar
pai de três filhos ainda menores
é no mar que ganha a vida a trabalhar
e é respeitado no seu meio e arredores.
É no mar que grangeia o seu pão
para com a família repartir
e a família que o tem no coração
fica no cais a vê-lo partir.
Carrega o mar sobre os ombros
de responsabilidade e devoção
à mulher e filhos que são a sua vida,
como que a emergir dos escombros
a pesca é a sua profissão
e tem como sina a pobreza definida.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Naquele dia
os nossos corações transbordavam alegria
e embebedámo-nos com o elixir do amor!
Naquele dia
por devaneio ou feitiçaria
tudo parou estaticamente ao nosso redor.
Naquele dia,
foi um dia de avidez irresistível (…)
Naquele dia de louco amor insaciável
jogamos fora todo o nosso amor e
cheios de ilusões e fantasia
acabamos com o néctar do doce licor.
O sol para mim deixou de brilhar,
naquele dia
apagou-se a chama do meu coração
e foi naquele dia que me enfeitiças-te de amor e de amar (…)
Naquele dia
tu foste a minha maior decepção.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Não tenho ilusões nem já mesmo destreza
nem tampouco a vitalidade de antigamente
já perdi toda a minha beleza
de quando era jovem e atraente.
O que seria de mim sem ti meu amor
talvez fosse como a noite sem as estrelas
padeceria de tédio e de dor
mesmo que entre as flores mais belas.
Fui perdendo os meus dotes ao longo da vida
também a rapidez no caminhar
a memória já está um pouco esquecida
e o cabelo cada vez mais a branquear.
O que seria de mim sem ti
perder-me-ia como um cão sem dono
por tudo ou quase tudo o que já vivi
sem ti, hoje estaria ao abandono.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Se tu soubesses o quanto eu gosto de ti
ainda mais do que da minha própria vida
todo este amor que à em mim
é desmedido, sem peso, conta e medida.
É muito maior do que a imensidão do universo
onde existem tantos e tantos amores no mundo
é por ti que eu vivo e me engrandeço
por amor desmesurado e profundo.
Tão pequenina, tão inocente candura
saudavelmente a crescer
doce ternura de criança,
mais doce do que a própria doçura
botão de rosa a florescer
pura essência que me encanta.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Um dia contar-lhe-ei
mas hoje não!
Dir-lhe-ei com toda a destreza
que me apaixonei
e palpitou de amor o meu coração!
Um dia,
quiçá um dia,
contar-lhe-ei com certeza.
Era a mais bonita da minha idade
quando por ela fiquei enfeitiçado
embora já tivesse passado a mocidade
sou ainda mais feliz a seu lado.
Um dia, contar-lhe-ei,
contar-lhe-ei, mas, hoje não,
contar-lhe-ei que a ela todo me dei,
contar-lhe-ei coisas do meu coração.
Cresci na vida como quem se faz
passei por tudo o que me fez viver
e hoje é ela que tanto me apraz
para com ela continuar a crescer.
Não a trocaria por outra na vida
nem que fosse bem-sucedido
e por certo que à partida
não seria todavia mais engrandecido.
Contar-lhe-ei mas hoje não,
contar-lhe-ei sem dúvida
os segredos do meu coração (…)
Um dia conhecia com precisão
e confiei a minha vida
na palma da sua mão.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Quanta beleza existe num sorriso doce e terno
com tanta meiguice nas carícias
a toda a hora seja de verão ou de inverno
renovam-se vitalidades e perícias.
Depois de tantas tempestades e bonanças passadas
como é belo ser avô e ser avó
ainda que com artroses e por vezes pontadas
até mesmo a doer o joelho, o dente e a mó.
É tão bom acarinhar docemente os netos
como os nossos avós também a nós nos fizeram
mima-los com beijos e múltiplos afetos
faze-los entender quanto amor eles nos deram.
A idade de ser avós volta ao tempo da ilusão
como por magia, docilidade e paciência
com tanto amor e afetos dentro do coração
e na alma uma constante benevolência.
Regredir até à idade de ser pai e ser mãe
é redobrar os laços de amor e de paternidade
é uma das melhores fazes que se tem
com sapiência e afetividade.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
. Como os poetas que cantam...
. Recordando... Inocentes s...
. A Poesia e a Alma do Poet...