Vejo a lua em sobressalto
a ver o sol beijar o mar
angustiada lá no alto
mete dó vê-la chorar.
O sol satisfeito, bonacheirão,
acaricia as ondas suavemente
e nem se apercebe da situação,
mergulha no mar contente.
Mas a lua é a culpada
porque o sol anda atrás dela
e sempre acrónica e chateada
nunca lhe dá trela.
Aqui só entre nós!
Ela está de quarto crescente
desconfio que se encontra a sós
lá para os lados do oriente.
Apenas faço uma conjectura
e não sei se será verdade,
mas que a lua é uma ternura,
lá isso é, é uma beldade.
Ai se eu fosse a lua
não haveria mais de chorar
e nunca mais me punha nua
quando ele a fosse visitar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Passa no cais da ribeira
com tanta graciosidade no andar
usa mini-saia e é trigueira
está na idade de namorar.
Ninguém sabe como se chama
sei que lhe chamam trigueira do mar
terá sorte o rapaz que ela ama
se ele a souber namorar.
São tantos os que lhe querem falar
quando ela passa cheia de confiança
compenetrada no seu caminhar,
todos a olham ao passar
mas a nenhum dá confiança
a bonita trigueira do mar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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