Na minha cidade,
já cheira a festa para a noitada!
Já se compraram os pimentos e
as sardinhas para assar na brasa
e toda a gente bastante animada
está eufórica para sair de casa.
Nos palcos,
estrondam bandas notórias!
Nas barracas,
há fartas comezainas de deleitar!
E em cada rua,
em cada rua divertidas estórias
de gente que se diverte a brincar.
Antigamente,
como o tempo muda (…)
Compravam-se os anhos na ribeira,
as sardinhas eram ao preço da chuva
e o S. João!
Ai o S. João,
era a saltar à fogueira.
Antigamente,
não era menos divertido o S. João,
hoje porém,
de certa maneira é bem diferente,
mas o que importa é a animação
para divertir toda a gente.
Hoje,
é a noite mais longa do ano
na minha cidade de eleição
e todavia sai do quotidiano
porque hoje,
hoje é a festa de S. João.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Naquele recôndito recanto abandonado
onde apenas silvam vendavais
tão longínquo e desinteressado
ali jaz o silêncio dos primórdios mortais.
Do homem ao princípio das suas raízes
há uma incógnita ainda incompreensível
talvez por uma razão divina de forças motrizes
ninguém sabe ao certo como foi possível.
Fazem-se imaginárias conjeturas apenas
de onde veio a humanidade vital
talvez dum recôndito canto em Atenas
ou quiçá, dos mares profundos de Portugal.
Entoam do profundo das entranhas
cavernosas toadas vindas do além
parece o esfregar de metálicas unhas
como que ali estivesse alguém.
O homem tem receio do silêncio
medo dos vermes que o consomem
que eu saiba, nem sequer existe um vestígio
da tumba do primeiro homem.
Demonstra conhecimento de coragem aguerrida
de inúmeras divagações e proezas fundamentais
no mais profundo da terra prometida
silencia o vazio tumular dos mortais.
Uma árvore de grande porte morre por haver
bem enraizada na terra e sem vacilar
todos nós havemos um dia morrer
sem connosco nada levar.
Eu não sei onde as minhas raízes jazem
sei apenas que fui gerado pelos meus pais
e os meus parcos conhecimentos dizem
que pertenço ao silêncio comum dos mortais.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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