Domingo, 28 de Agosto de 2016

Adoro-te!

 

 

Chega a horas como no encontro marcado

de cigarro na boca e com ar de empáfia

dá-lhe um beijo muito repenicado

cheio de afeto e simpatia.

 

O encontro é no café ao lado

ela chega primeiro toda aperaltada

ele chega a seguir todo perfumado

elogia-a duma só assentada.

 

Ele diz-lhe!

“Adoro-te” (…)

Adoro-te como se fosses uma flor

ainda mais quando estou ansioso

adoro a tua vergonha de rubor

e o teu hálito gostoso.

 

Adoro o teu sol que me alumia

o luar do teu olhar

adoro o feitiço da tua magia

e o teu sorriso de encantar.

 

Adoro tudo o que é teu

mesmo o teu mau feitio

adoro-te desde o tempo de liceu

até mesmo o teu jeito gentio.

Perco-me em ti sem cessar

se soubesses o quanto te adoro

o segredo está no amar

como no princípio do nosso namoro.

 

    ArtCar (Artur Cardoso)

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 22:28
link do post | comentar | favorito

Andorinhas!

 

 

 

Espairecem as andorinhas

felizes, cheias de alegria

nos dias amenos e soalheiros,

cobrem-se de parras as vinhas

os campos de magia

e nos bosques piam mochos agoireiros.

 

Andorinhas de encantos meus

sol deslumbrante a cintilar

de tamanha beleza,

andorinhas que se cruzam nos céus

com tanta graciosidade pelo ar

a empolgar toda a natureza.

 

Já não me lembro de as ver

quando ainda era pequenino

nos ninhos do beiral da casa onde nasci,

entravam ao escurecer

e toda a noite num silêncio divino

dormiam sossegadas até ao amanhecer.

 

      ArtCar (Artur Cardoso)

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 22:25
link do post | comentar | favorito

Ai, se eu fosse poeta!

 

 

 

Se eu fosse um poeta

haveria de fazer inveja

aos outros poetas pela certa

como o meu espírito o deseja.

 

Não sou poeta mas sou um sonhador!

Sonho acordado a todas as horas do dia

ninguém imagina a minha dor

e o quanto padeço de ansiedade e agonia.

 

Se eu fosse um poeta de verdade

haveria de escrever poemas de amor!

Tantos, tantos e lindos poemas (…)

Milhares de versos à liberdade,

outros tantos ao alvor,

poemas, sonetos, muitos versos,

sem preconceitos e sem vaidade.

 

 Mas não sou um poeta!

Não sou um poeta mas gostaria de o ser (…)

Se eu fosse um poeta

voaria mais alto do que a borboleta

e beijava todas as flores ao amanhecer.

 

Todos me dizem que eu sou um poeta,

mas não! Não sou poeta algum!

Embora o ensejo em mim desperta,

mas não sou poeta,

não sou poeta nenhum.

 

Não sou um poeta!

Ai, se eu fosse um poeta,

se fosse um poeta

como aqueles que o são (…)

Atingiria a minha meta,

mas não sou um poeta!

Embora escreva com alma e coração.

 

       ArtCar (Artur Cardoso)

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 22:20
link do post | comentar | favorito

Inesgotável saudade!

 

 

Parti um dia em busca da prosperidade

e deixei as minhas origens de Trás-Os-Montes

onde cresci em liberdade

e bebi nos montes água fresca das fontes.

 

Encontrei o progresso mas não a mesma liberdade

tropecei nas pedras que me atiraram para o caminho

andei errante pelo mundo cheio de inesgotável saudade

do meu singelo mas bonito cantinho.

 

Deambulei como um nómada de terra em terra

por terras onde me senti deslocado

e lá nos confins do mundo andei na guerra

até que um dia voltei ao meu lar amado.

 

 Ó! Minha terra,

terra de encanto irresistível (…)

Freixo de Espada à cinta, terra onde eu nasci,

deixei-te novamente o que é compreensível

mas com imensa saudade de ti.

 

         ArtCar (Artur Cardoso)

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 22:18
link do post | comentar | favorito

Acontecimento!

 

 

 

Perdi a noção do tempo e adormeci!

Adormeci debaixo da minha laranjeira preferida,

quanta tranquilidade eu senti,

quanta ternura e emoção cândida.

 

O zumbir das abelhas ao redor dum zangão

um melro a trinar ao fim da tarde

senti dentro de mim tamanha emoção

que adormeci cheio de felicidade.

 

Adormeci extasiado de encantamento

no meu jardim de felicidade

se pudesse, parava o relógio por um momento

e que esse momento fosse uma eternidade.

 

Se pudesse, dormia para sempre extasiado

debaixo da laranjeira a permanecer,

tranquilamente, feliz e desenfadado!

No acontecimento, (…)

Gostaria de assim viver.

 

     ArtCar (Artur Cardoso)

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 22:15
link do post | comentar | favorito

Meninas chiques de antigamente!

Meninas chiques de antigamente!

 

 

Bordavam em relevo a lua, passarinhos e uma flor

as meninas chiques de antigamente

meninas que davam suspiros de amor

e tocavam piano com compostura devidamente.

 

Meninas recatadas de boas maneiras

falavam francês com certa vaidade

não diziam palavrões nem faziam asneiras

meninas donzelas ainda de pouca idade.

 

Eram o orgulho do papá e da mamã

da vovó e da ama que sorriam enternecidas

meninas de outrora que não bocejavam pela manhã

ao levantar da cama ainda meio adormecidas.

 

Saíam à rua só para ir à missa e pouco mais

comungavam e só falavam com o senhor prior

sempre acompanhadas dos seus pais

meninas privadas com recato e pudor.

 

 

        ArtCar (Artur Cardoso)

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 22:08
link do post | comentar | favorito

O teu olhar é tão belo!

 

 

Um olhar alegre, um olhar de riso,

um olhar envergonhado e fugaz,

o envergonhado para mim é o mais conciso

e o alegre o mais sagaz.

 

Um olhar sarcástico é ofensivo

tão ofensivo como pedras em arremesso

é arrogante, indesejável e invasivo,

extremamente maldoso e travesso.

 

Das voltas que dou à minha imaginação

todos os olhares são apenas atitudes

uns de afeto, outros de indignação

e outros porém, muito agressivos e rudes.

 

Mas o teu olhar é tão belo da cor da prata

transparente como a água do rio a correr,

à luz da lua é como uma serenata

e no quarto, como o meu endoidecer.

 

      ArtCar (Artur Cardoso)

(Poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 22:05
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Agosto 2019

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
26
27
28
29
30
31

.posts recentes

. Nesta Noite de Luar!

. Um corre-corre!

. Como os poetas que cantam...

. Misterioso Tocante!

. Recordando... Inocentes s...

. Do meu jardim!

. Gosto do teu sorriso!

. Algo me dizia!

. Cada vez que olho a lua!

. A Poesia e a Alma do Poet...

.arquivos

. Agosto 2019

. Março 2019

. Novembro 2018

. Outubro 2018

. Agosto 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Maio 2017

. Abril 2017

. Fevereiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Agosto 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Agosto 2015

. Julho 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Abril 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Janeiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Julho 2014

. Junho 2014

. Maio 2014

. Abril 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Maio 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Setembro 2012

. Agosto 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub