Longe, lá longe onde moram marinheiros e
onde pipilam as gaivotas,
onde se avista a imensidão do mar do cimo da ponte,
longe, lá longe onde remendam as redes rotas,
marinheiros que perspetivam
todos os dias o horizonte.
Perdeu-se um marinheiro na imediação
ouve apenas o marulhar das águas do mar e
tão longe, lá longe, com a preocupação
do cais alcançar.
Lá longe, muito longe avança lentamente
no abismo da espessa neblina
perdeu a noção inteiramente
do trajeto da sua rotina.
Longe, lá longe e tão perto distanciado
do cais que o viu partir
o marinheiro desanimado
entre a bruma, não sabe por onde ir.
A distancia é curta mas longe,
longe até de mais (…)
Lá longe, muito longe, destemido,
longe e tão perto do cais,
o marinheiro ficou perdido.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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