Queria tanto voltar a ser criança,
pedir a bênção a quem tanto me amou,
confraternizar com a vizinhança,
voltar para o colo daquela que me criou.
Lembro-me tanto, tanto dela,
da bondosa senhora minha Mãe,
do arroz-doce com enfeites de canela,
tão bem o fazia como ninguém.
Acabou o poder da minha pujança,
chegou a caminhada do declínio
e nesta ameaçadora mudança,
já começa a falhar o raciocínio.
As faculdades não são as mesmas,
aproxima-se vertiginosamente
a insensibilidade
e as inadvertências são às resmas,
já lá vai a pujança da mocidade.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
Paira o cheiro da saudade no ar,
cheira a açucenas e a rosmaninho,
sopra a brisa suave do mar
a bater nos plátanos do caminho.
Oiço o gargalhar duma criança,
a voz carinhosa dum velhinho,
lembram-me a minha infância,
aconchegos de carinho.
Tenho imensas saudades sem conta,
da minha mãe que me trouxe ao mundo,
repousa na eternidade que remonta,
a muitos e longos anos de amor profundo.
Cheira a açucenas e a rosmaninho,
a rosas brancas do meu jardim,
cheira a mãe, cheira a carinho,
de profunda saudade sem fim.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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