Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017

Ao anoitecer!

 

 

Da minha janela vejo o anoitecer,

sobre os telhados e o arvoredo,

apresso-me desejoso a escrever

o intróito dum modesto enredo.

 

Recolhem as aves aos ninhos,

os insectos voam agitados à volta,

vão para a cama os velhinhos

e os cães latem excitados à solta.

 

Confinado no meu pequeno espaço

observo o anoitecer fascinante,

suscita-me deslumbramento (…),

voa um morcego com desembaraço,

mágico e interessante visitante,

avidamente à procura de alimento.

 

       (ARTCAR) Artur Cardoso

(poema de minha autoria).

 

publicado por Artur Cardoso às 20:21
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Terça-feira, 12 de Setembro de 2017

Vem amor!

 

 

Antes de adormeceres

vem espreitar à janela,

vem amor para veres

esta noite tão bela.

 

Vem de mansinho ao luar,

ver a natureza adormecida,

uma triste rosa a chorar,

vem vê-la sozinha esquecida.

 

Não merece estar sozinha,

ao luar a padecer,

vem à noitinha,

vem amor comigo ter.

 

Queria tanto adivinhar,

como te estás a sentir,

saberes que a rosa está a chorar

e tu certamente a dormir.

 

   (ARTCAR) Artur Cardoso

(poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:57
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O amor é cego!

 

 

Fingem os mentirosos e os hipócritas,

ludibriam sem saberem o que é o amor,

 são verdadeiros invasores parasitas

que causam a desgraça e o horror.

 

Quem ama com autenticidade

sabe verdadeiramente o que é sofrer,

porque o amor é para lá da amizade

e é difícil de se entender.

 

Não conheço nenhuma pessoa feia

e tenho grande apreço por o amor fidedigno,

o amor é dependência cega que enteia,

é um sentimento inexplicável e digno.

 

Quem feio ama e dos seus amores se regozija,

é verdadeira afeição de apego,

quem afirmar o contrário que me corrija,

se é ou não, um profundo sentimento cego.

 

        (ArtCar) Artur Cardoso

(poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:53
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Atrevido fosse eu!

 

A rosa é inocente,

bonita e engraçada,

chega a ser comovente

a maneira como é tratada.

 

O atrevido do costume

fá-la  de vergonha corar,

a rosa sem azedume

anda ansiosa para o beijar.

 

A bela rosa formosa

na veemência do desejo,

de boca ávida e sequiosa,

espera um só beijo.

 

Quantos beijos já lhe deu,

outra que é mais atrevida,

atrevido fosse eu

e seria a rosa da minha vida.

 

    (ArtCar) Artur Cardoso

(poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:49
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De mansinho!

 

 

 

Cai no jardim de levezinho

como à muito a não via,

cai tão leve, de mansinho,

há hora do meio dia.

 

Molha ao de leve o arvoredo

tão suave e tão mansinha,

como quem diz um segredo,

cai levemente chuva miudinha.

 

As gotículas fazem um bailado,

empurradas pela brisa do mar,

surpreso, fico encantado

em vê-la cair a dançar.

 

Fico ainda mais surpreendido

ao ver as gotículas a brilhar,

o sol meio adormecido

entra de mansinho no gotejar.

 

Um enormíssimo arco sobre o mar,

o arco iris das sete cores

e a chuva miudinha a cair do ar,

cai de mansinho, cai nas flores.

 

      ArtCar (Artur Cardoso)

(poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:46
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Matar saudades!

 

 

 

Pétalas desmaiadas de lindas flores,

desprendem-se quando amarelas,

depois de perderem as cores,

já ninguém quer saber delas.

 

A distância pela saudade, magoa,

é tão escura como uma nuvem negra,

toda a gente que é gente, é pessoa

e como toda a gente, não fujo à regra.

 

Quero dar um longo passeio,

voar como uma gaivota em liberdade,

na tua companhia e em recreio

porque a distância não mata a saudade.

 

Quero voar, voar sobre o mar contigo,

voar, voar pelo ar, consolado,

quero ser eternamente teu amigo,

matar saudades a teu lado.

 

      ArtCar (Artur Cardoso)

(poema de minha autoria).

publicado por Artur Cardoso às 15:44
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Fascinação!

 

 

 

Fascina-me a bravura do mar

como me fascina quem tu és,

uma onda intrometida de enrolar

vem divertida a acariciar os teus pés.

 

Quero tanto a tua felicidade,

ver-te rir por tudo e por nada,

fascina-me a tua espontaneidade

mas a postura que por vezes não

me agrada.

 

Chega no entretanto a hora do sol se por,

cruzam-se gaivotas a fazer barulho no ar

e tu sempre a rir, a rir feliz de amor

aos olhares fascinadores do mar.

 

O por do sol no mar, faz magia,

sem condicionamento ou restrição,

o deslumbramento da tua alegria

é a minha predileta fascinação.

 

      ArtCar (Artur Cardoso)

(poema de minha autoria).

 

publicado por Artur Cardoso às 15:41
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