Arrefeceu esta madrugada,
senti arrepios de frio,
sintomas da próxima invernada,
de velhice e de tempo sombrio.
Aproximam-se frio e ventos agrestes,
embora de não preocupar,
os horizontes ficam mais tristes,
com vento frio a sibilar.
Recorre-se a quentes agasalhos,
acendem-se aquecedores ou a lareira,
fazem-se projetos para novos trabalhos
e passa-se o tempo da melhor maneira.
O tempo de frio gélido,
faz-me lembrar o de antigamente,
todo o sensível é ávido,
ao quentinho do lume quente.
Há volta do lume a arder,
em conversas de família animadas,
havia licores, vinho novo para beber,
frutas da época, castanhas assadas.
Vai-se perdendo a tradição,
em noites frias de bruma,
de aquecer o coração,
assar castanhas na caruma.
Vai longe o meu sonhar,
de candura e de esperança,
com saudade a recordar,
pressupostos sonhos de criança.
Ainda estamos no outono
e o inverno já está para chegar,
umas horas de sono
e eis um novo dia a despertar.
(ARTCAR) Artur Cardoso
Poema de minha autoria,
O céu visto do meu jardim
tem mais fascinação,
é um pedacinho de mim
ao alcance da minha imaginação.
É mais azul celeste,
as nuvens mais encantadoras,
o vento menos agreste,
do meu jardim não dou conta de
passarem as horas.
Tudo é sossego, tudo é paz,
calmaria tal como eu gosto,
esqueço-me das coisas más
e é do meu jardim que me apraz
admirar o sol posto.
Do meu jardim
partem os meus pensamentos
em busca de um sonho hilariante,
soltam-se aprazíveis momentos
ao sorrir de um instante.
O instante de considerar
esta paixão dentro de mim,
a vida, o sol, a lua, o mar,
o céu do meu jardim.
(ARTCAR) Artur Cardoso
Poema de minha autoria.
Gosto dum sorriso franco mas
sem exagero,
um sorriso contagiante,
aberto e aprazível, vero,
que me faça lembrar o instante.
Um sorriso harmonioso
como um botão de rosa a
desabrochar,
um sorriso decoroso
que me faça de felicidade sonhar.
O teu sorriso é tão delicado,
suave como o algodão,
um sorriso afetuoso e apaixonado
que me entra direto no coração.
Perco-me no teu sorriso,
sorriso espontâneo de enfeitiçar,
tenho vontade mas fico indeciso,
se o hei de ou não invejar.
Gosto do teu sorriso,
como do sol ao entardecer,
agradável e preciso,
gosto do teu sorriso de prazer.
(ARTCAR) Artur Cardoso
Poema de minha autoria.
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