Viraram os ventos de outros tempos,
mudaram-se as vontades de então,
no mesmo mundo de iguais sentimentos
mas só com um senão.
Quantas canseiras as de uma mãe,
tantos afazeres com tanto amor,
lágrimas que chora e porém,
ninguém lhes dá o verdadeiro valor.
Solta um ai de cansaço, silencioso,
um lamento de preocupação,
um sorriso aberto e amoroso
que se solta de dentro do coração.
Tempos difíceis os de agora,
de nervosismo e de tamanha destreza,
sempre a correr por aí afora,
sem tempo para a sua natureza.
É um correr velozmente,
quase, quase ao limite da sua força,
numa correria de amor constante,
não mata mas faz mossa.
É a canseira do trabalho doméstico,
é o cuidar primoroso dos filhos,
um vai e vem maquinal e frenético,
preocupações e cadilhos.
As mães são como delicadas flores,
deveras preocupadas que enfim,
cuidam por excelência dos seus amores,
no canteiro do seu jardim.
O mundo a correr vertiginoso,
corre sempre a galopar,
só não corre o ocioso,
sentado a ver o tempo passar.
Assim corre uma mãe inteiramente,
de corpo e alma aos seus deveres,
sempre atenta, sempre presente,
na azáfama dos seus afazeres.
(ARTCAR) Artur Cardoso
(Poema de minha autoria).
Um barco navega subtilmente,
Inflam as velas ao sabor da brisa,
ruma ao sol poente,
nas ondas suaves do mar, deslisa.
Para lá das perspetivas pensadas,
o sol é ainda mais deslumbrante,
barco de velas enfunadas,
poeta que ama num instante.
Num sonho, fantasia,
na magia das ondas calmas do mar,
cárcere da minha poesia,
num mar de pranto a navegar.
Se eu fosse esse barco meu amor
e se eu em ti pudesse navegar,
navegar a rumar ao interior,
interior do teu coração a pulsar.
Desenfunava as velas que inflam,
ancorava no teu encanto
e a versejar como os poetas que cantam,
o mar salgado de um pranto.
(ARTCAR) Artur Cardoso
(poema de minha autoria).
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