(Quem acredita na empatia e sensibilidade de uma pequena ave canora de estimação e um ser humano?
A história deste canário é verdadeira! embora muito triste.
Num certo dia tive que me ausentar de casa com a minha família durante três dias. Era suposto levar o canário. Mas, devido ao tamanho da gaiola ocupar muito espaço no carro; três dias depressa passariam.
Achei que com o devido conforto: gaiola sempre limpa como de costume, muita água e alpista, ficaria bem durante a minha ausência.
Pois quem souber interpretar verdadeiramente esta singela história ou quem já passou por uma idêntica; saberá do que estou a falar.)
"Saudades do meu canário"
Tive um dia um canário
que cantava como nenhum
era lindo, extraordinário
e pouco comum.
Amarela a sua cor
na gaiola sobressaía
cantava desde o alvor
até ao fim do dia.
Tinha plumagem aveludada
tão frágil que ele era
cantava por tudo e por nada
ao romper da primavera.
Queria arranjar companheira
a primavera, era altura ideal
em permanente brincadeira
pulava alegre e jovial.
Enchia a casa de alegria
com sonoras melodias
e um tal encanto de magia
cantava todos os dias.
Três dias tive que me ausentar
deixei-o com todo o conforto
fiquei mudo ao regressar
que desgosto!.. estava morto.
Dizem que morrem de saudade
aves canoras de estimação
acredito!.. é a realidade
eis a minha confirmação.
Nunca mais quero um canário
daquele!.. sinto ainda saudade
porque era extraordinário
podia estar em liberdade.
ArtCar
(Poema de minha autoria que dedico com profundo carinho a todas as aves)
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