Sempre que me lembro da minha infância, o epírito natalício de menino ressalta-me vivamente à memória.
A saudade dos meus natais passados à lareira, em festa familiar, os amigos de infância, o frio cortante que nesta época é típico do inverno na província. Enfim!.. são tempos idos que nunca, jamais voltam. Tento seguir a tradição e os costumes dos meus antepassados, sobretudo como era em casa dos meus pais.
É de facto no Natal que se revive o passado com mais intensidade, talvêz por ser uma festa religiosa e de família.
As singelas prendas oferecidas com tanto amor pelos meus pais e querendo-me fazer acreditar que tinham sido oferecidas pelo Menino Jesus que descia pela chaminé até ao meu sapatinho.
Queria apenas salientar neste meu post, que em tempos modernos, também se pode viver o Natal com a mesma intensidade, mas de forma diferente. Dar e receber prendas, é tão bom e salutar, mormente por ser a quadra que é. Embora já me pesem uns bons anos sobre os ombros, mas o que interessa é o espíto que lhe queiramos atribuir.
Este ano, além do tradicional ritual desta tão lindíssima quadra natalícia, resolvi, eu mais a minha mulher e meu filho trocarmos de prendas depois da ceia. Então eu, antes de iniciarmos a ceia, a título gracioso, ponho ao lado do fogão de sala uma das minhas botas de uso corrente. Chegadas as doze badaladas, dirigi-me ao meu escritório que é no andar de cima, para a distribuição das respectivas prendas. Desço as escadas, virei-me para a minha mulher e meu filho e entreguei a cada um deles o respectivo presente. Nem sequer me lembrei da bota que estava ao lado do fogão. Bem!.. de costas voltadas para a minha bota, lá estava eu, de pé, à espera dos meus presentes. A minha mulher e filho agradeceram-me abrindo de imediato os presentes deles. Por momentos, achei que uma brincadeira natalícia iria acontecer para ser diferente dos outros anos. Mandaram-me virar para a minha bota e qual foi o meu espanto; lá estavam os meus presentes.
O meu Menino Jesus mandou o seu mensageiro "Pai Natal", colocar os presentes na minha bota. O que mais se salientou foi este lindo computador, presente do meu filho. Pois achou que o meu PC, por sinal uma grande máquina,que tenho no meu escritório não era suficiente cómodo para o poder transportar de lado para lado.
Mais uma vêz, o meu muito obrigado meu filho.
Já agora quero aqui também referir o presente de minha mulher: uma linda camisa e umas calças.
Para ti, minha esposa; o meu muito obrigado mais uma vêz.
ArtCar
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