Lá longe, vai-se pondo o sol no horizonte!
Lentamente, cai o crepúsculo da tarde,
sinto nostalgia à medida que a noite se avizinha.
Sinto tantas saudades daquela fonte
quando delicadamente me sorrias com docilidade
e saciavas com ternura a minha sede à tardinha.
Ainda fico mais nostálgico ao fim de tantos anos!
Recordo coisas maravilhosas do passado
quando nos silvados gorjeava a passarada.
Pormenorizadamente fantasiávamos os nossos planos
e sonhávamos com o mais íntimo do sagrado,
naquela fonte, bebia água fresca por ti dada.
Ainda me lembro quando a primeira vez
sorrimos um para o outro envergonhados
e eu sequioso, de sede íntima do desejo.
Sempre com o devido respeito e certa altivez
à beira da fonte lado a lado sentados,
a medo, discretamente deite um beijo.
Sentados à beira da fonte, tudo ali começou!
Imediatamente percebi que eras tu o meu sol,
o sol radioso que me aquece todos os dias de frio.
O amor que sempre por ti esperancei e te dou,
tudo começou onde ainda trina o rouxinol,
à beira da fonte, com uma carícia e um desafio.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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