Simples na delicadeza,
equilibrado na maneira de proceder,
corre-lhe nas veias a destreza
da poesia que o viu nascer.
É tão subtil como a libelinha que toca
ao de leve na água vagarosa do riacho,
gentilmente a adoçar a boca
como às abelhas o néctar do mais doce cacho.
Quando canta e se levanta o poeta,
canta por seu mérito inerente,
fá-la voar alto como a mais bela borboleta,
numa tarde de verão ao sol poente.
Subiu ao palanque da vida,
degrau a degrau por mérito fidedigno,
atributos à sua poesia merecida,
poeta sonhador e quimérico mas digno.
Medita profundo sobre os acontecimentos
e guarda-os no cerne do coração,
no mais recôndito dos seus sentimentos,
onde existe paz, poesia e a sua condição.
(ARTCAR) Artur Cardoso
(Poema de minha autoria).
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