Ladeada de salgueiros, silvados e junquilhos
corre cristalina e apressada a água da ribeira
denotam-se marcas riscadas nos trilhos
dos pedregulhos que se desprendem da ladeira.
Matam a sede rebanhos que por ali andam a pastar
sequiosos pela força escaldante do calor
os pastores que também ali se vão dessedentar
apascentam os seus rebanhos com carinho e amor.
De repente ribombam trovões por entre um rebanho
sibilam ventos agrestes desabridos
causam medo e tormentos tamanhos
aos humildes pastores desprotegidos.
Entre a verdejante folhagem do arvoredo
ouve-se um passarinho tristonho a piar
parece que está cheio de medo
da súbita trovoada que o está a apavorar.
E a água da ribeira não para de correr
irrequieta no seu leito sem se cansar
ao fim de tanto correr ao rio vai ter
com pressa de cedo chegar.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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