Foi espiga de trigo doirado,
doce néctar de uva madura,
papoila atrativa do prado,
sublime (…), mas insegura.
Brisa aprazível que passou,
flor selvagem do escarpado monte,
loiro trigo que o sol doirou,
foi o rumorejar de água da fonte.
Há quanto tempo a não via,
de olhos a cintilar como
estrelas siderais,
hoje por acaso ou por magia,
vi-a no velho cais.
Amável de tanta simpatia,
com ternura e um afável gesto,
nunca esperei um dia
ficar como hoje, perplexo.
Desde o tempo que eu a queria,
não a voltei a ver mais,
os meus olhos de melancolia,
fixaram-se no chão do velho cais.
A maré ainda descia e pensei
no momento casual,
se calhar, quiçá, eu direi (…),
que diva (…), que sensacional.
Tudo refloresceu em mim,
sem saber o que dizer,
a saudade recomeçou ali,
no cais, ao entardecer.
O sol apareceu mais tarde
e algo me dizia que a via,
por imprevista casualidade,
voltei a vê-la (…), algo me dizia.
(ARTCAR) Artur Cardoso
Poema de minha autoria.
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