Paira o cheiro da saudade no ar,
cheira a açucenas e a rosmaninho,
sopra a brisa suave do mar
a bater nos plátanos do caminho.
Oiço o gargalhar duma criança,
a voz carinhosa dum velhinho,
lembram-me a minha infância,
aconchegos de carinho.
Tenho imensas saudades sem conta,
da minha mãe que me trouxe ao mundo,
repousa na eternidade que remonta,
a muitos e longos anos de amor profundo.
Cheira a açucenas e a rosmaninho,
a rosas brancas do meu jardim,
cheira a mãe, cheira a carinho,
de profunda saudade sem fim.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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